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February 22nd

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February 22nd

Hillary Ray White
Desde o primeiro corpo descoberto vivemos esperando o momento em que mais um assassinato vai ser relatado, as coisas andam complicadas ultimamente

As pessoas andam desconfiadas pelas ruas, mesmo com as autoridades pedindo para permanecer em casa para nossa própria segurança vários jovens que não se importam com a situação atual saem pela rua sem se preocupar com as próprias vidas, eu ando preocupada com Jane, converso com ela todos os dias que posso para saber se ela está bem, não gosto de pensar na possibilidade do Tim fazer mal a alguém mas infelizmente é uma possibilidade, quase irrealista mas ainda assim é uma possibilidade.

"Atenção, notícia urgente de última hora: mais pessoas foram encontradas sem vidas expostas em uma praça local da cidade.
Quatro jovens foram encontrados mortos com ferimentos no pescoço e no tórax, os jovens tinham entre 18 e 19 anos de idade.
Madeline, Erick, Josh & Rowan vão ser enterrados hoje sem velório no cemitério memorial da cidade.
Hoje na semana chegamos a marca de 6 vítimas do serial killer clandestino."

— As pessoas não param de morrer, o que está acontecendo com a cidade? — um dos meus filhos questionou ao longe

— Alguém de fora resolveu fazer a limpa... — disse sem prestar muito atenção em minhas palavras, talvez se prestasse poderia ter entendido muito antes o que estava acontecendo...

Hector
Estava no auditório da secretaria do estado juntamente com várias equipes de policiais de outros lugares, todos estávamos sentados enfileirados esperando o momento em que o prefeito e o comandante de cada departamento começassem a falar, de repente o prefeito tomou a frente quebrando o silêncio

— É notório que não estamos bem, algo de anormal está acontecendo em nossa cidade a alguns dias e todos aqui sabem disso, estão noticiando em todos os lugares e aos poucos os casos vão tomando mais visibilidade, muitos estados próximos já sabem do que está ocorrendo, mais um assassinato em massa e a nossa situação vai virar notícia nacional, tudo parece normal mas por de baixo dos panos tudo está em colapso.
Por conta disso convidamos todos vocês que estão trabalhando nesses casos e no departamento de polícia para conversar e estabelecer metas para capturar o mais rápido possível esse serial killer.
Infelizmente perdemos dois de nossos polícias e uma recepcionista que trabalhava no departamento local, vários jovens e outras pessoas também foram assassinadas de formas cruéis e não podemos deixar que essas mortes sejam esquecidas, espero que todos vocês se doem o máximo pois precisamos de 100% de esforço de todos para capturar esse assassino. — ele então olhou para um comandante que tomou a frente e nos olhou com certa superioridade

— Sou comandante do departamento da cidade vizinha, nós nos disponibilizamos para ajudar pois as coisas que acontecem aqui nos afetam diretamente em vários aspectos, além do mais nossa missão é proteger e assegurar a segurança das pessoas independente da localidade, infelizmente esse assassino desconhecido está tirando a vida de vários inocentes e não podemos deixar que isso continue, hoje vamos discutir protocolos de segurança mais rígidos e discutir o que nós vamos fazer daqui para frente em relação ao mesmo assunto. — ele então pegou uma prancheta com uma caneta e depois de riscar algo voltou a falar — Primeiramente vamos falar do policial que foi assassinado — ele falou e eu olhei para baixo involuntariamente

— Conhecia ele rapaz? — ouvi e olhei para o comandante, vi que todos estavam me encarando então respondi rapidamente

— Sim, trabalhávamos juntos a muito tempo, éramos mais que simples amigos de trabalho, éramos como irmãos... Eu o conhecia como ninguém

— Então você poderá nos ajudar com esse primeiro tópico, já que vocês trabalhavam juntos você sabe de alguém que poderia ter algo contra ele? Ou alguém com motivos para fazer o que foi feito? — eu neguei com a cabeça pensando apenas em Jeffrey

Por algum motivo ele me veio a cabeça no mesmo instante, mas não faz sentido, ele desapareceu e ele não seria capaz de matar os próprios amigos, ele tem uma família nessa cidade, ele nunca faria algo contra nós sabendo que poderia correr o risco de ser preso e não poder mais ver a filha

— Não sabemos nada sobre o assassino, não temos filmagens, testemunhas, descrições, absolutamente nada, o homem é um fantasma, um indigente noturno.
Aliás, seria impossível ter filmagens já que as câmeras de todos os comércios e departamentos desta cidade não funcionam — disse o comandante olhando discretamente para o prefeito

— Nós não temos muita verba para conseguir por câmeras em todos os lugares, só os de mais necessidade — falou o prefeito extremamente envergonhado

— A prefeitura e sua casa são de muita necessidade? Se tivesse uma câmera funcionando naquele dia nós poderíamos ver quem foi que matou Joseph — pensei alto e vi que todos tornaram a me olhar em seguida olhando para o prefeito que me olhava furioso, evitei contato visual com ele abaixando a cabeça

Não queria ter falado isso, foi involuntário porém não há o que fazer, era a verdade.

O Monstro Que Eu CrieiOnde histórias criam vida. Descubra agora