Callahan
É isso o que me impulsiona, eu consigo sentir que eu sou o dono do mundo, que em minhas mãos está o controle, eu dou as sentenças, eu faço como eu quero e essa sensação é incrível, eu não a trocaria por nada.Esse poder ilimitado é tentador e eu me deixei cair nessa tentação.
Eu sempre quis isso, eu sempre quis fazer tudo o que eu estou fazendo, era esse o nível em que eu queria estar, o nível mais alto.Tudo gira ao meu redor, a cidade está um caos, cidades próximas estão com medo do assassino anônimo, todos querem descobrir quem sou eu e isso é maravilhoso.
É maravilhoso ver que eu estou recebendo o destaque que eu mereço, é excitante ver minhas presas fugindo de mim sem mesmo saber quem eu sou.
Trucidar aqueles garotos que perturbavam Timothy no colégio me deixou ainda mais forte, ver no rosto deles o pavor e o temor me fez sentir ainda mais poderoso, eles me reconheceram eu não era qualquer um.
Mark (o último policial)
Achei a atitude de Hector estranha, ele estava tão abatido e cabisbaixo, estava triste demais com a morte dos nossos amigos, eu não imagino como ele está, eu estou com muito medo mas não posso falar com ninguém que não seja ele ou Jeffrey já que são os únicos vivos que sabem o que eu fiz...Eu quase não tive culpa, eu só tive uma pequena participação, o garoto mereceu, ele não merecia morrer mas, o que ele fez comigo não poderia ser apenas esquecido.
Se ele tivesse forças para bater ele iria aguentar apanhar, eu pensei, mas o resultado da surra foi a morte precoce dele... Eu não queria matar um adolescente, eu não queria ter sangue de um jovem nas minhas mãos.
Isso não parece tão grave mas, eu matei um jovem que tinha idade para ser meu filho, eu tirei a vida de um filho que tinha uma mãe que o amava, pelo o que Jeffrey disse o pai dele morreu mas ele tinha uma mãe, sem dúvidas a mãe dele o amava e ela sofreu com a perda do filho...
Nós o jogamos em um lago qualquer sem pensar na família, o próprio tio nos deu permissão para se livrar do corpo do garoto.
Quando fecho meus olhos tenho flashbacks do garoto amarrado pelas mãos, sangrando, ferido e fraco, com queimaduras e cortes enormes por todo o corpo, me olhando de longe com aqueles olhos verdes penetrantes, aqueles olhos não saem da minha mente, aquele olhar intimidador porém rendido, ele não podia fazer nada naquele momento a não ser morrer.
Eu podia ter levado ele para um hospital e ter pedido ajuda, mas eu não fiz isso... Agora ele vive em meus pensamentos e pesadelos.
Resolvi ligar para Hector, ele tinha sumido e não disse onde ia, ele estava muito abatido então pensei em dar algum tipo de apoio a ele, até porque sei o que ele está sentindo.
Liguei várias e várias vezes e o celular apenas chamava, pensei em que lugar ele poderia estar e não tinha ideia.
Não conheço os parentes dele, ele não tem família e se tivesse não iria falar conosco, ele sempre foi fechado.Ele estava fardado e com uma viatura, ele provavelmente iria para algum lugar fazer uma fiscalização, então peguei a folha que nós recebemos e decidi procurá-lo nos lugares listados.
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O Monstro Que Eu Criei
HorrorTimothy foi um homem que na infância presenciou coisas que nenhuma criança deveria presenciar e cresceu com as consequências dos traumas causados principalmente por sua própria mãe. Ele então se torna um adulto cheios de conflitos internos e uma dup...