bad surprise

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Hillary Ray WhiteNunca é fácil superar a partida de alguém, eu demorei muito para superar a partida do meu marido, e agora parece que tudo está se repetindo não para mim, mas para o meu filho Bruce

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Hillary Ray White
Nunca é fácil superar a partida de alguém, eu demorei muito para superar a partida do meu marido, e agora parece que tudo está se repetindo não para mim, mas para o meu filho Bruce.

Ele não consegue esquecer a falecida ex-namorada, ele está sem sair de casa há dias, da última vez que o vimos ele estava agarrado ao distintivo da Janice, ele não consegue deixá-la partir, nós já conversamos com ele várias vezes porém é inútil, ele sempre volta para a estaca zero, no final das noites é lembrando dela que ele chora como uma criança, não preciso ver para saber que é assim pois é exatamente como eu me sentia e fazia.

Por mais difícil que seja ele precisa viver e nós da família estamos incomodados com o estado dele, nós o amamos e nunca iríamos deixar que ele morresse assim, então eu decidi ir até a casa dele para tentar dar um pouco de ânimo ou tentar distrair ele de alguma forma, eu senti em meu coração de fazer isso repentinamente, então para que perder tempo se posso fazer isso agora?

Liguei para Hanna e ela aceitou me ajudar, rapidamente ela chegou de carro até a minha casa e fomos para a casa de Bruce

— Como você acha que ele está? — ela perguntou trancando o carro assim que chegamos no local onde Bruce morava

— Não faço ideia, mas sei que não está bem.  — andamos em direção a casa completamente fechada

Assim que chegamos batemos à porta uma vez e não escutamos nenhum barulho dentro da casa, tentamos bater pela segunda vez e sem sucesso, já preocupada tentei ligar para o celular dele e só chamava, me preocupei ainda mais e antes que pudesse ficar em pânico Hanna arrombou a porta da casa de Bruce que para a nossa surpresa estava na sala, mas não como esperávamos.

Hanna Ray White
A primeira imagem que tivemos foi de Bruce se debatendo no chão espumando pela boca, corri até ele enquanto minha mãe estava paralisada na porta, segurei a cabeça de Bruce e tentei olhar nos olhos dele mas estavam esbranquiçados e virados, gritei minha mãe várias vezes e depois de um certo tempo ela me olhou com um olhar assustado, a essa altura ela já estava em um estado de pânico incomensurável

— Mãe, eu preciso que você me ajude a salvar o Bruce, ligue para a emergência agora! — ordenei tentando conter o nervosismo, minha mãe mesmo trêmula e ainda em silêncio pegou o celular e atendeu ao meu pedido

— Eu preciso de ajuda — ela disse pausadamente, estava travada pelo susto que levou com toda a cena

Ela não disse mais nada e eu sabia que não diria, me levantei rápido e peguei o celular da mão dela

—  Precisamos de ajuda, meu irmão está desacordado no chão e está com espuma na boca, precisamos de uma ambulância agora! — quase gritei para o atendente— ... O que? Como assim agulhas por perto? Ele não causou isso... — antes que pudesse terminar de falar olhei para o chão e perto dele tinham algumas agulhas vazias, fiquei em silêncio olhando para a cena... Ele causou isso sim.

A voz do atendente me fez voltar para a realidade, ouvi as instruções dele e depois de dizer o local em que estávamos desliguei esperando que eles viessem

Ele causou isso nele mesmo por causa da Janice, ele tentou se matar...

Timothy Ray White
Estava andando pelas ruas quando vi uma ambulância passar em alta velocidade na direção contrária a que eu estava andando, imaginei que alguém já tinha descoberto os corpos na casa da esposa do David então pensei em voltar para acompanhar tudo de perto, porém Rose não permitiu que eu me arriscasse assim então mudei de idéia e continuei caminhando em direção ao meu "esconderijo", já tinha me aventurado demais por hoje.

Hanna Ray White
Passou-se muito tempo e já estávamos dentro da ambulância, o telefone não parava de tocar no meu bolso porém eu não podia atender e deixar de dar amparo para minha mãe que ainda estava em choque e para o meu irmão que estava desacordado sendo cuidado pelos médicos a todo momento, em poucos minutos fizeram uma reanimação e os batimentos foram restabelecidos, eu não podia acreditar que tudo o que estava acontecendo com ele foi proposital, ele mesmo causou...

— Ele está estável, ele será melhor cuidado por um médico específico — disse um dos socorristas e eu o olhei com dúvida

— O que você quer dizer com específico? — o socorrista olhou para os outros que estavam na ambulância e não tornou a falar, antes que pudesse questionar o silêncio do mesmo as portas da ambulância foram abertas e outros médicos de dentro do hospital tiraram meu irmão da maca levando ele para dentro do hospital, abracei minha mãe e nós duas saímos da ambulância juntas em direção ao interior do centro médico

— Ele tentou tirar a própria vida Hanna... — minha mãe disse de repente enquanto andávamos, suas únicas palavras

— Ele vai ficar bem, não pense nisso agora — respondi tentando tirar o foco do que estava realmente acontecendo, não era o momento para processar o que tinha acontecido com Bruce, se ele ficasse bem teríamos todo tempo do mundo para tentar entender o que aconteceu, mas agora não era o momento para tirar conclusões.

O Monstro Que Eu CrieiOnde histórias criam vida. Descubra agora