the end of adelaide

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Adelaide (esposa de David)Estava mexendo nas prateleiras do armário guardando algumas louças quando ouvi a porta sendo aberta, pelo horário era Sarah, continuei com a atenção nas coisas que eu estava fazendo, depois de um bom tempo percebi que ela...

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Adelaide (esposa de David)
Estava mexendo nas prateleiras do armário guardando algumas louças quando ouvi a porta sendo aberta, pelo horário era Sarah, continuei com a atenção nas coisas que eu estava fazendo, depois de um bom tempo percebi que ela não veio me cumprimentar então estranhei isso e me levantei

Olhei ao redor e em seguida para corredor, escutava apenas o som do rádio e nada mais, subi pelas escadas e fui até a porta do quarto de Sarah, com um certo medo abri a porta rapidamente e tive visão de Sarah seminua na frente do espelho com o celular em mãos, ela imediatamente se assustou e se cobriu ficando com o rosto completamente corado

— O que diabos você está fazendo?! — gritei enquanto ela se cobria com um cobertor qualquer

— O que VOCÊ está fazendo aqui? Esse é meu quarto! — ela respondeu aos gritos

— Desde quando você fala dessa forma comigo?! Desde quando você anda tirando fotos de si mesma escondida? Você perdeu o juízo? — perguntei furiosa enquanto ela respirava fundo olhando para o teto

— Desde que eu comecei a mandar na minha própria vida! — ela respondeu me fazendo ficar boquiaberta

— Você acha que autonomia é expôr seu corpo por aí? Você não viveu absolutamente nada! Você não sabe o que é mandar na própria vida! Você se acha adulta por fazer isso? Isso só mostra o quão dependente dos outros e ingênua você é! — a repreendi aos berros e gesticulando vendo Sarah me olhar com uma expressão raivosa

De repente ela se levantou da cama e veio até mim com a mão levantava, segurei no braço dela forçando para baixo enquanto nossos rostos ficaram frente a frente

— O que você pensa que está fazendo? Você quer perder sua casa e sua família igual o seu pai? Você quer seguir os passos dele? Vá em frente! A porta sempre esteve aberta, você tem quase 20 anos não é uma criança que não sabe o que faz! — falei soltando o braço dela em seguida e a empurrando para longe

— Talvez eu queira ir embora também, ele deve estar muito feliz longe daqui e de você! — disse ela cuspindo no chão e voltando os olhos para mim

Me senti ofendida com às ações mas principalmente com as palavras de Sarah, inconscientemente fui até ela e dei um tapa no rosto da mesma fazendo ela cair ao lado da cama.

Ela me olhava surpresa passando a mão no local do tapa com os olhos cheios de lágrimas, senti arrependimento na hora mas não iria aceitar tamanho desrespeito, as palavras dela feriram a mim e ao meu ego, não queria chorar na frente dela então sai do quarto rapidamente em direção ao meu, assim que me sentei na minha cama ouvi o barulho da porta do quarto dela sendo trancado, ali na cama me deitei em posição fetal começando a chorar

Timothy Ray White
Eu iria entrar na casa, mas Sarah chegou quase que no mesmo momento, então deixei que ela entrasse e esperei um momento propício.

Enquanto as duas estavam discutindo entrei na casa e fui até o quarto de Adelaide, lá me escondi e esperei o momento perfeito para sair, porém não foi preciso já que ela mesma veio ao meu encontro, tudo estava bem mais fácil agora.

Escutei o choro dela, ela se mexia na cama e todo aquele emocionalismo me deixava enojado, pensei em atacar ela de qualquer maneira e ir embora, porém isso não iria se comparar ao o que ela fez comigo na infância, nem 200 facadas iriam compensar o que ela e a família dela fizeram aqui, aqui em minha mente.

De repente escutei uma música alta vinda do segundo andar, do quarto de Sarah, estava tão alto que o choro de Adelaide foi abafado, no mesmo momento em que a música começou eu me aproveitei disso

Saí de baixo da cama e lentamente tranquei a porta, parei em frente a porta e fiquei observando Adelaide de frente para a parede esperando o momento em que ela fosse virar para a minha direção, depois de alguns minutos ela se virou e gritando de susto se levantou da cama correndo para o canto do parede mais próximo a ela

Por mais alto que ele gritasse ninguém iria ouvir, o som estava extremamente alto.

— Quem é você?! — pude ler os lábios dela e sorri como resposta

Ela estava apavorada, escorada na parede olhando para o redor buscando algo para se defender, tentava gritar por ajuda mas a voz dela não passava das paredes do quarto, ela estava em minhas mãos.

Tirei uma arma da minha cintura e os olhos dela se arregalaram ainda mais, ela respirou fundo e segurou o ar, por um minuto pensei que ela fosse desmaiar, ela estava pálida e eu podia ver de longe as pernas dela batendo uma na outra, foi então que fiz sinal de silêncio e ela engoliu seco afirmando com a cabeça.

Me aproximei e carreguei a arma frente a frente com ela, ela olhava atentamente cada movimento que eu fazia com as mãos, pela feição de espanto deduzi que ela nunca tinha visto uma arma tão de perto, ela não iria fazer nada que eu não mandasse eu podia ver isso nos olhos dela.

Segurei no braço dela fazendo ela se sentar no chão com as pernas cruzadas, peguei um pequeno banco que estava ao lado da cama e deixei a arma parada apontada para ela e me sentei ao lado desse mesmo banco, na frente dela.

Ela me olhava e olhava para a arma repetidamente, percebi suor na testa dela, em questão de minutos ela entrou em completo pânico, foi nesse espaço de tempo que o som abaixou bruscamente, a música ainda tocava porém agora mais baixa.

Tornei a fazer sinal de silêncio para ela e ela confirmou com a cabeça derramando uma única lágrima de desespero, ver ela chorando mais uma vez me deu raiva, não aguentava mais ver tantas lágrimas.

Adelaide
Eu nunca tinha visto aquele homem estranho que apareceu no meu quarto, ele tirou uma arma de baixo das roupas e eu temi ainda mais pela minha vida, quantas pessoas morrem dessa forma pelo mundo, o que ele queria comigo? Por que eu?

Eu estava em completo pânico desde o primeiro momento em que parei meus olhos nesse homem, ele me olhava com um certo... Ódio? Ele tinha um olhar caído e morto, ele era alto e forte, poderia me matar sem esforço, mas o que mais me assustava nele não era o físico, e sim o rosto, um rosto pavoroso e sombrio, estava com tanto medo que não conseguia evitar olhar naqueles olhos verdes e sem vida, tinha medo de vacilar e morrer de forma inesperada.

O que eu vou fazer?

O Monstro Que Eu CrieiOnde histórias criam vida. Descubra agora