February 21
Hanna Ray White
Estávamos na casa de minha mãe sentados no sofá quando de repente o jornal regional começou e todos prestamos atenção na notícia repentina"No dia 19 Catherine Williams foi encontrada morta no jardim de casa e hoje dia 21 o esposo dela Joseph Williams foi assassinado na frente da delegacia onde o mesmo trabalhava.
Com essa morte, Joseph se torna a quarta vítima a morrer de forma brutal na cidade, todos foram mortos em um curto período de tempo. O último assassinato brutal na cidade ocorreu há 17 anos atrás em um assalto a mão armada.
Reforços de outras cidades agora trabalham também no caso de Catherine e Joseph Williams, um dos delegados vindos de outra cidade fez um comunicado público após essas duas mortes recentes.
Ele disse: "Nós estamos trabalhando unidos para descobrir quem é a pessoa por trás desses crimes, acreditamos que o autor é o mesmo e que ele tem ligação com a delegacia visto que todos os mortos tinham ligação indireta ou trabalhavam no departamento, ou seja, essa pessoa é portanto um serial killer que tem vítimas específicas.
Todo cuidado é pouco, estamos lidando com uma pessoa implacável e brutal, infelizmente não temos imagens da delegacia, mas em breve vamos resolver todos os problemas relacionados à segurança dessa cidade."
O sepultamento das vítimas do possível serial killer ainda anônimo será amanhã às 15:00h.Escutamos essas notícias e todos não sabíamos como reagir, era algo novo para nós, vivíamos ali desde que nascemos e nunca escutamos falar de tantas pessoas morrendo simultaneamente.
Claro, assassinatos infelizmente acontecem, mas sempre aconteceu longe de nós, nunca tivemos notícias de crimes acontecendo tão perto.E tantos policiais de outras localidades vindo para nos ajudar, parece que a situação está mais precária do que parece
— Mais dois mortos, será que isso vai continuar? — perguntei e minha mãe me olhou coçando o queixo
— Não sei, mas sei que a pessoa por trás disso tudo é inteligente, eu tenho certeza que é a mesma pessoa
— Por que diz isso?
— Porque a forma como as pessoas foram mortas tem certa semelhança, não soube muitos detalhes mas ouvi que todos os casos tiveram alto grau de crueldade, sem rastros e sem pistas. — a ouvi atentamente — O policial que morreu hoje foi assassinado com dois tiros na frente da delegacia, esse assassino é audacioso e corajoso, ele matou um policial literalmente na frente do departamento e conseguiu fugir. — Bruce se aproximou cruzando os braços
— E o que te faz pensar que é um homem? — perguntou ele e eu fiz sinal de correto, foi uma ótima pergunta
— Bom, duas mulheres morreram, a última foi agredida, morreu por conta dos hematomas, o assassino bateu com muita força — ela pontuou nos dedos — Os homens eram polícias fortes e robustos, uma mulher conseguiria prender e torturar um homem com quatro vezes o corpo dela? — ela respondeu olhando para Bruce — É questão de lógica, se não for isso quatro assassinos resolveram matar pessoas ao mesmo tempo — meu irmão sorriu de lado com a resposta — Muito provavelmente esse único assassino quer vingança, e nós não sabemos se ele já conseguiu, o melhor a se fazer é ficar em casa seguros. — ela finalizou
— Acho que estou fora de risco, não fiz nada para ninguém, não que eu me lembre — brinquei
— Aí que está o perigo — ela falou gesticulando — Quem bate nunca lembra...
— ...Mas quem apanha lembra. — completou Bruce e um silêncio se instalou na sala
Hector (o segundo policial)
Na madrugada de hoje eu vi ele pela última vez, ele me olhou furioso com lágrimas nos olhos, ele queria vingança pela morte da esposa, eu podia ter impedido ele de sair, se ele não saísse ele talvez pudesse estar vivo agora. — me confessei para Mark encostado na porta do necrotérioDois amigos meus, mortos de repente, tão rapidamente... O que foi que eles fizeram para que isso acontecesse com eles?
— Eu estou com medo, Hector — falou Mark e eu olhei para ele confuso — E se isso for nosso karma por ter matado aquele garoto? — ele completou e eu olhei para os lados me certificando de que ninguém ouviu
Irritado segurei ele pela gola e o coloquei contra a parede
— Nunca mais fale disso aqui dentro! Nós não fizemos nada, entendeu? Se eu for preso por culpa sua você vai se arrepender! — o ameacei falando baixo e Mark me olhou tenso e assustado — Parece que nunca viu pessoas morrendo! Não se esqueça que você também participou disso — soltei ele enquanto ele permanecia em silêncio
— Eu não vou fazer nada — ele me certificou visivelmente asustado
— É melhor mesmo. — respondi e percebi que alguém estava vindo então me afastei arrumando minhas roupas e Mark disfarçava da mesma forma
Eu também estava assustado, mas não podia deixar transparecer, agora a única coisa que eu podia fazer era tentar ajudar nas investigações para achar o desgraçado que matou meus colegas.
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O Monstro Que Eu Criei
HororTimothy foi um homem que na infância presenciou coisas que nenhuma criança deveria presenciar e cresceu com as consequências dos traumas causados principalmente por sua própria mãe. Ele então se torna um adulto cheios de conflitos internos e uma dup...