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February 18th

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February 18th

Timothy Ray White
Ninguém descobriu nenhum corpo, ainda estão procurando pelo policial, acionaram a polícia oficialmente hoje, várias pessoas estão atrás dele, os amigos dele estão a procura de uma senhora, querem conversar com ela, pelo visto o que eu disse fez efeito neles...

Joseph (o primeiro policial)
O que vocês acham que aconteceu? — perguntei para os outros policiais e eles não falaram uma palavra

Kevin tinha desaparecido, ele era dedicado e nunca faltava no trabalho, mesmo doente se fazia presente, o que pode ter acontecido de tão grave para que ele faltasse? Falamos com a esposa dele e ela disse que nem para casa ele voltou, não sabemos ao certo em que dia ele desapareceu, mas temos pistas, poucas mas temos.

Uma mulher atrás dele para resolver um problema, um amigo invadindo propriedades, o que houve?

A única que tem pistas plausíveis é a Gina, que não está na recepção, ela não apareceu para trabalhar, será que ela sabe algo a mais e está se escondendo?

— Algum de vocês viu a Gina por aqui? — perguntei e todos voltaram a balançar a cabeça negando

— Por que a pergunta? — questionou Mark

— Ela não está na recepção, foi a única pessoa que viu Kevin pela última vez, não acham isso estranho?

— Você acha que ela tem algo a ver com isso? A recepcionista e o  sumiço do Kevin? — Hector perguntou de uma maneira que me fez parecer um idiota

—  Não, mas e se ela souber quem fez e estiver acobertando? Se a pessoa que estava na tal propriedade era amigo de Kevin poderia muito bem ser amigo dela também — Hector concordou em silêncio

— E o que você sugere? Não podemos ficar aqui de braços cruzados — observei Mark

— Ela não veio até nós na primeira vez, vamos atrás dela agora. — disse e eles olharam um para o outro aceitando a proposta

— Então okay, vamos atrás dela. — falou Mark com pouco entusiasmo

Saímos todos juntos da delegacia dando uma última olhada para a recepção e vendo o local vazio, entramos em uma viatura e fomos até a casa de Gina.

Ao chegar, notamos logo na porta uma poça com um líquido vermelho escuro escorrendo por toda frente de casa até chegar na calçada.
Deduzimos que era sangue e não nos aproximamos, chamamos reforço e rapidamente uma equipe especializada abriu a casa vendo o corpo degolado de Gina no chão.

Aquilo foi um choque para todos nós, Gina não fazia nada de errado, falava demais mas não era uma pessoa ruim, não merecia morrer daquela forma, agonizando no chão sem ajuda e sem ninguém.

Quem poderia ter feito isso com ela? Qual foi o motivo para isso ter acontecido com ela?

— Isso está mais que estranho, primeiro o Kevin, depois ela, me digam, e se ele estiver morto igual a ela?! — perguntou Mark assustado

— E se por um acaso ele estivesse morto onde ele estaria? Em casa? Porque nós já fomos lá e a esposa dele disse que ele não pisou em casa! — falei nervoso

— Podemos olhar as câmeras — Hector sugeriu de forma inocente

— Quais? As que não funcionam e estão de enfeite na delegacia? Essa cidade está aos pedaços, nada funciona! A única câmera que funciona é a do comitê do prefeito e eu tenho certeza que Kevin não foi para lá, é extremamente longe e se existe um assassino com certeza ele não seria idiota de matar na frente das únicas câmeras que funcionam nessa cidade! — disse irritado

Toda essa situação me irritou, pessoas morrendo, pessoas desaparecidas, tudo estava estressante e aquela velha mulher não saia dos meus pensamentos

Hector (o segundo policial)
Era visível para todos que Joseph estava descontrolado com a situação, ele estava esbravejando por todos os lados então eu o puxei para o canto e comecei a falar

— Qual é o problema? Por que você me puxou assim?! — ele perguntou com uma expressão raivosa limpando a roupa

— Qual é o problema? Você não sabe disfarçar que algo está errado! Você está preocupado com Kevin, tudo bem, eu entendo! Está triste pela morte da Gina? Tudo bem, eu também entendo, mas se controle! Eu tenho certeza que não é só isso — ele desviou o olhar — O que mais está te preocupando? — ele cruzou os braços olhando para o redor novamente antes de começar a falar

— Aquela velha Hector, ela falou como se nos conhecesse, ela me deixou assustado, era isso que você queria ouvir? Pronto! — ele confessou

— Do que você tem medo?

— Eu não sei! Ela falou de um jeito diferente, eu não sei explicar...

— Não temos muito o que fazer agora, a única coisa que podemos fazer é analisar a cena do crime do caso da Gina e tentar descobrir algo, em relação aquela mulher, pare de pensar nisso, talvez não fosse nada demais. — dei dois tapinhas no ombro dele e ele me olhou confuso

De repente Mark de longe fez um sinal nos chamando e nós fomos até onde ele estava, dentro da cena do crime.

Um legista que estava por lá veio até nós começando a falar

— Eu estava falando com o policial Mark, a pessoa que fez isso foi muito cuidadosa, não há pegadas e nem digitais em lugar nenhum, nem mesmo no corpo, não há sinal de arrombamento em nenhuma porta e janela, só a marca da faca, pelo corte preciso e limpo parece ser uma faca profissional, não de cozinha mas algo mais para o lado militar. — todos fizemos uma expressão de surpresa — No corpo não achamos hematomas nem substâncias anormais.

— E o que temos para usar como prova para fechar o caso e ir atrás do assassino? — o legista sorriu ironicamente negando com a cabeça

— Nada! Absolutamente nada. — ele respondeu — Provavelmente vão fechar o caso e arquivar, vão deixar como inconclusivo, não se pode ir atrás desse assassino através das provas porque nesse caso não existem provas, e consequentemente não existe um culpado. — nos olhamos sem saber o que dizer

— Como vão "arquivar" isso? — Joseph apontou para a poça de sangue no chão — Alguém morreu e vamos simplesmente esquecer isso?

— Não temos o que fazer oficial, e sejamos sinceros, não seria a primeira vez — o legista se afastou lentamente

Um tempo depois saímos da casa de Gina e voltamos para a viatura ficando em completo silêncio assimilando o que tínhamos acabado de ver

O Monstro Que Eu CrieiOnde histórias criam vida. Descubra agora