13-Verdades

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Primeiro eu separei tudo que era necessário e ajudei Victor a saber onde ficava cada tempero, para da próxima vez que ele for fazer, já saber onde está tudo com uma melhor percepção (tendo ajuda é óbvio) fizemos uma carne com vinho que ele diz ser o prato favorito dele, ainda está cozinhando, mas o cheiro já está maravilhoso.

— Prova, está fantástico. — Victor eleva a colher ao alto para mim, assegurando o que diz.

Hesito por alguns segundos, não quero a barbie enchendo minha paciência se vir isto, apesar de não ter nada demais, ela é ciumenta demais com Victor.

— Não tem veneno Leila, pode confiar. — Brinca Victor usando o bom humor.

Abro a boca e experimento o pedacinho de carne com molho, o sabor é divino.

Não é que ele sabe cozinhar mesmo? Nada mal.

— Se você sabe cozinhar, por que não faz mais refeições? — O questiono após tampar a panela.

Victor deixa a colher sobre a pia com um ar satisfeito.

— Preguiça. — Confessa o homem de olhos verdes num tom preguiçoso.

— Oi amor, oi Leila. — Cumprimenta Júlia chegando na cozinha e quebrando o silêncio.

— Oi. — Respondo sem muito ânimo virando o rosto para não ver ela dando um beijo nele.

Coço a nuca por baixo das tranças roxas que vão até mais para baixo da bunda.

— Gostei do novo cabelo. — Júlia aponta sorridente minhas tranças.

— Valeu. — Nem sei por que agradeci, acho que por costume... Enfim.

— É seu novo perfume? Tem um cheiro delicioso. — A loira inspira o pescoço dele o fazendo ter um leve espasmo arrepiado.

— Eu já tinha ele antes, só não usava... Leila, tem alergia ao outro, então preferi não atiçar o problema dela. — Explica Victor em tom sério. Quer dizer que ele fez isso por mim? É uma forma de pedir desculpas? Por que se for, não colou... quero ouvir com sinceridade.

Júlia fecha a expressão.

— Marcos vai trazer um amigo dele para almoçar conosco, tudo bem por você? — Ela muda de assunto envolvendo a cintura dele com a mão esquerda.

— Claro, não tenho nada contra os amigos dele, só contra ele mesmo. — Diz num tom sarcástico e Júlia suspira extasiada.

— Leila, pode pedir a Lúcia para arrumar a mesa? Vamos esperar na sala. — Pergunta a mim sem nenhum contentamento e antes que Victor ou eu proteste algo, ela sai levando ele quase em um puxão agressivo para sala.

Poucos minutos depois.

Sinto alguém tampar minha visão com as mãos quentes.

— Adivinha quem é. — A voz charmosa e divertida diz.

— Marcos. — Sorrio ao ver que pelo menos o almoço será suportável hoje... em parte.

Ele tira os dedos das minhas pálpebras.

— Poxa, foi muito fácil né. — Ele faz biquinho simulando frustração.

Percebo que ele está muito próximo, até demais...

— Você é inconfundível Marcos, acho que sabe disso. — Decido brincar com ele, afinal sou livre para fazer o que bem entender.

Marcos sorri concordando comigo.

— Ainda não esqueci do convite que te fiz, a senhorita não me respondeu ainda. — Comenta gesticulando com o indicador.

Droga... o convite.

𝘾𝙤𝙢𝙤 𝙚𝙪 𝙩𝙚 𝙫𝙚𝙟𝙤 [Finalizada] Onde histórias criam vida. Descubra agora