41-Solução

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Victor e eu estamos ajudando a tia dele a fazer o almoço, e a mina mente está focada somente na aproximação do Marcos e da Isabel, isso não pode resultar em algo bom.

— Vou arrumar a mesa com a Nandinha. — Avisa a tia tagarela dele, nem sei como ela consegue não perder o fôlego falando tanto.

Ficamos só nós dois, eu descascando as batatas e ele responsável por salgar a batata frita, como óleo quente é perigoso, eu estou tirando e ele apenas pondo o sal.

Victor insistiu em ajuda, porque gosta de cozinhar, eu acabei cedendo depois de alguns beijos e carícias dele.

— Eu não consigo esquecer o que aconteceu ontem à noite, não paro de pensar nisso. — Me refiro à carona que Marcos deu para Bel, pego o pano no ombro dele e enxugo minhas mãos úmidas, Victor fica em silêncio, detesto essa mania dele, sério.

— Você não vai dizer nada? — Pergunto impaciente já, ele apenas suspira e continua ajeitando o papel toalha dentro da tigela que está a batata frita.

— Poderia me ajudar a tentar a achar uma solução, não é mesmo? — Acrescento.

Victor se aproxima, lambendo a ponta do indicador para tirar os vestígios de sal nele.

— Hm... Já sei! — Diz ele parecendo interessado em me ajudar a solucionar.

Victor me junta a ele, trazendo minha cintura para si com suas mãos grandes.

— Vamos resolver transando. — Sugere com um sorriso indecente nos belos lábios.

— Estou falando sério, Victor. — Digo em tom baixo, recebendo seus beijos em um trilha por meu pescoço, enquanto suas mãos permanecem apalpando minha bunda. Universo me dê paciência, porque se der força... Eu vou agredir viu!

— E quem disse que eu estou brincando? — Fala ele, afastando os lábios da minha pele.

— Victor Avelar. Pronuncio sílaba por sílaba, brava por ele levar isso na gaiata.

Victor suspira frustrado e me dá um selinho, não contente com isso.

— Você não pode proteger a sua irmã do mundo todo Leila, infelizmente ela vai conhecer várias pessoas e nem sempre, elas serão boas. — Acrescenta ele, sério.

— Mas eu posso protegê-la do cafajeste do Marcos, e dizer que ele não presta pouco, perto da índole dele. — Victor volta a cozinha e eu pego meu celular no bolso da calça jeans azul. Verifico se tem mensagens da Bel, hoje ela tem atividade na universidade. Acredito que vai se sair bem.

— Marcos não tem um por cento do QI da sua irmã, Le, tampouco a mentalidade dele se pode comparar, é um estúpido e desprovido de qualquer caráter. — Fala ele como se fosse um velho filósofo, menosprezando o sem vergonha do Marcos. Ainda não esqueci o que ele fez comigo, não que eu guarde rancor, mas...

— A Bel é uma boa garota Victor, não quero sei irmão arrastando asa para ela. — Acrescento, sabendo que ele concordo comigo, pelo menos isso temos em comum.

Não que não tenhamos gostos em comum.

Porém, este é mais complexo.

— Fica tranquila, vou falar com ele. — Nossa, que milagre é esse? Vai chover.

— Você vai falar com seu irmão mesmo? Faria isso por mim? — Realmente, estou surpresa, Victor tira o pano do ombro e vem até mim, entrelaçando sua mão na minha, nós sorrimos um para o outro.

— Eu faria qualquer coisa por você, Leila Tavares. — Responde meigo, me dando um beijo intenso logo em seguida, correspondo.

Talvez este assunto deva ser tratado somente entre os dois agora, e eu vou falar com a Isabel, não a quero de jeito nenhum com amizade ou caindo nas graças do Avelar dos olhos azuis.

Carlota mandou mensagens pela manhã, estou cogitando contar ao Victor, o segredo que ela me pediu para guardar, ele merece saber e seu eu não disser, isso pode fazer com que não tenha mais confiança entre nós —, se minha mãe estivesse morrendo, gostaria que me dissessem, principalmente alguém que eu amo tanto. É justo.

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Ligação para Bel:

— Leila? Aconteceu algo? — Pergunta ela em tom de preocupação.

— Não, estou querendo saber como você está e sobre aquele assunto... — Falo a ela.

— Olha Le, eu não quero discutir, ele só me deu um carona, poxa... Relaxa aí. — Diz Bel, com preguiça do que eu direi logo mais.

Eu não quero você perto do Marcos, ele não tem o mínimo de consideração por ninguém, acha mesmo que é uma boa companhia para uma garota tão nova como você? — Insisto na proteção dela.

— Cansei, Leila! Cansei de você me tratando feito criança! Me deixa, ok? Você não é minha mãe! Não tem direito de mandar nas minhas escolhas, de amizade ou o que for! Cuida da sua vida e eu da minha, valeu? Eu sei que você não teve uma boa experiência com ele, mas não é por isso que eu também não vou ter! — Não acredito que ela falou nesse tom comigo, com essa grosseria...

— Isabel, eu sei que eu não sou sua mãe e muito menos que devo te pôr em um casulo, mas entenda que... — Ela desligou.

Off

Ela desligou antes que eu terminasse, bufando de ódio, eu tentei falar numa boa.

Quero apenas o bem dela.

— Le, vem aqui. — Solto o celular, o deixando na mesa quando ele chama de forma carinhosa, estou pasmada até agora.

Isabel nunca falou assim comigo. Nunca.

— Ela me tratou tão mal. — Digo quase não escutando a própria voz, Victor me abraça, encontro refúgio em seu largo peito.

— Ela está nervosa, tente não dar importância, depois vai te pedir desculpas, fica tranquila, Le. — Recebo um beijo no topo da cabeça, onde estão meus cabelos crespos e castanhos. Estou muito chateada.

— Não fica assim, você é a pessoa mais amorosa e protetora que eu conheço, levanta a cabeça, minha princesa. — Victor ergue meu queixo com o indicador dobrado, me fazendo erguer o olhar e conectá-lo ao dele, ainda colada ao seu corpo que me mantém no abraço.

— Eu estou com dor de cabeça, melhor terminar aqui e depois ir deitar. — Falo baixinho, em seguida dou um selinho nele, minha menstruação vai descer e estou começando a ficar enjoada. Tpm.

Victor murmura concordando e sorri sutilmente, me dando um beijo carinhoso  na testa, voltamos aos afazeres na cozinha.

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Sério, não imaginei que chegaria até aqui 🖤

Perdoem os erros ortográficos, depois irei corrigi-los quando tiver tempo.

Se cuidem 🖤

𝘾𝙤𝙢𝙤 𝙚𝙪 𝙩𝙚 𝙫𝙚𝙟𝙤 [Finalizada] Onde histórias criam vida. Descubra agora