40-Obrigada

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Acordar com ele do meu lado foi tão lindo, adorei a sensação de estar nos braços dele.

— Bom dia. — Falo baixinho, acariciando os cabelos escuros e lisos do meu namorado. Victor se mexe na cama e resmunga ainda com muita preguiça.

— Sua mãe ligou, disse que está com saudades. — Sussurro dando um selinho na bochecha pálida do Avelar que conquistei.

— Obrigada, pelo carinho e pela compreensão que teve comigo, ontem. — Agradeço entrelaçando a mão na dele.

Victor sorri perfeitamente, me juntando a si logo em seguida, nós sorrimos felizes.

— Aposto que está linda, como em todas as manhãs, eu que devo agradecer, por me dar a chance de viver isso, de ter você. —
Victor acaricia meus cachinhos castanhos.

Sorrio me perdendo em seus olhos verdes.

— Vamos tomar café da manhã, logo a viagem vai acabar e vamos voltar. - Meu grandão se levanta da cama fazendo biquinho de descontentamento, dou risada.

Arrumo a cama com ajuda dele e o mando três vezes seguidas, pôr o cacete do chinelo, que mania ele tem! Dá até raiva!

— Se eu mandar você pôr esse chinelo mais uma vez, vai ser da forma agressiva, Victor. — Aviso antecipadamente, sou pega de surpresa pelo abraço dele que me tira do chão, que branquelo traiçoeiro!

— Vai jogar baixo? Então me deixa te mostrar uma coisa fofinho! — Ameaço e começo o ataque de cócegas que faz ele gargalhar e ficar se mexendo incomodado.

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♥︎𝐈𝐬𝐚𝐛𝐞𝐥♥︎

Leila acaba de me ligar e dizer que estou contratada como nova recepcionista da empresa dos Avelar, e disse também que Carlota concordou, foi meu cunhado que conversou com ela e a convencer a me dar esta oportunidade, parece que a ricaça é gente fina, como dizem os pobres, né.

Como o horário de lá é diferente, acabo de sair de casa, para chegar com antecedência, a papelada toda já está organizada em uma pasta que guardei na minha mochila.

— Bom dia, sou Isabel Tavares, vim pelo cargo de recepcionista. — Informo a mulher de blazer e saia preta, atrás do balcão, parada e me esperando chegar, eu suponho, ela sorri simpática para mim.

— Seus documentos, por favor... — Pede a mulher de lábios pingados de vermelho.

Abro o zíper da mochila preta e tiro todos os documentos pedidos, entrego a ela.

Não parece uma empresa muito pequena, quero dizer, os funcionários não são poucos... apoio no balcão e espero a mulher de óculos quadrados básicos me responder.

— Então, você é a nova recepcionista? — Ouço uma voz masculina dizer. Me viro.

O olhar dessa criatura quase me desmancha... não vem não, branquelo.

— Avelar, não é? — Tento lembrar dele, no dia da festa, é alguma coisa do Victor.

— Sim, sou irmão do Victor, filho mais novo da Carlota. — Ele se apresenta com um sorrisinho cafajeste no rosto, estende a mão para que eu o cumprimente, hm...

— Isabel, irmã da Leila, você já me conhece, da festa. — Aperto a mão do branquelo, ele parece satisfeito por isso.

Ele me olha de cima a baixo e ajeita o terno cinza que veste, deve custar o olho da cara.

Marcos dá um passo para frente e espera algo de mim, sei lá o que se passa nessa mente estranha dele, mas vou tentar ignorar. Afinal, não é boa bisca.

𝘾𝙤𝙢𝙤 𝙚𝙪 𝙩𝙚 𝙫𝙚𝙟𝙤 [Finalizada] Onde histórias criam vida. Descubra agora