51-Balinha

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Lᴇɪʟᴀ.

Cheguei correndo na casa, estava atrasada. Teria que levar Victor comigo, iria fazer meus exames e talvez, pudéssemos aproveitar para fazer os exames pré-nupciais. Procurei por Carlota, não a encontrei. O corredor que dava no quarto dele, estava lotado de diversos arranjos de flores diferentes, mal dava para pisar pelo piso. Eles iam abrir uma floricultura ou o que? Porque tinha mais flores ali, do que na própria Amazônia. Tentei achar Victor no meio daquela casa, estava ficando preocupada, pelas várias ligações...

— Você demorou para me atender. — Uma rosa foi estendida na frente dos meus olhos.

Victor não estava muito paciente.

— Sua mãe está bem? Vocês conversaram? Estou preocupada, você ligou várias vezes. — Falo virando para ficar de frente com ele. Victor está com a pele bem avermelhada, isso acontece quando ele está muito agitado, deve ser reação do organismo dele, a pele branca feito mármore, não costuma ter alteração de cor.

— Conversamos, inclusive, estou com raiva, vocês mentiram para mim. — Fala ele, desviando do beijo que ia lhe dar nos lábios. Vai ficar com raiva de mim? Não é justo! Será que Carlota disse algo sobre?

— Você me ligou mais de treze vezes, por que está com raiva de mim? — É algo que não consigo deixar passar, inacreditável. Eu fiquei preocupada atos, ele podia ter me chamado para conversar, quando eu chegasse aqui. Victor franzi o cenho, como se estivesse sendo ofendido por mim.

— Não, eu te liguei, porque queria conversar com você. — Retruca, passando por mim, indo na direção oposta, todo irritado. Cheiro a rosa vermelha e brilhante, é tão linda que me deixa apaixonada. Pena que o clima está pesado.

Sigo Victor, tomando cuidado para não pisar nos arranjos de flores espalhados.

— Então fala, por que está tão irritado? Eu não estou aqui? Victor! Estou falando com você! — Insisto para ele me dar atenção.

Vi me ignora, continua andando em passos largos, até a cozinha. O impeço de continuar, puxando seu braço e o fazendo virar para mim, sem tanta grosseria, até porque ele é maior que eu, não tenho força suficiente para testar. Meu noivo bufa, furioso e impaciente. Parando para ouvir.

— Quer parar de gritar? — Pede se fazendo de desentendido, cruzando os braços e ficando em pose de macho alfa.

— Se você parar de agir com imaturidade e não me der as costas de novo, porque vai ser a última vez ok? — Digo calmamente.

Se ele for agir deste modo, farei pior. Comigo é assim, 8 ou 80.

— Agora me diz, o que você tem de tão importante para conversar comigo? Sabe que te escuto, sabe o quanto somos abertos um compromisso o outro, mas..., não me faz perder a paciência, não me dá as costas. — Estou falando e será a única vez. Victor desvia o rosto, mantendo à direita, onde está a janela que está trazendo luz para o corredor. Respira fundo Leila, bem fundo.

Tenta entender, hoje o dia pode não estar sendo muito bom para o queijo-coalho.

— Está me tratando diferente ultimamente, tem me evitado, não me responde às mensagens, não fala sobre seu dia... — Agora entendi, é carência. Parece criança.

Pego nas mãos geladas dele e acaricio seu ombro largo, coberto pela blusa lilás.

— Amor, você tem que entender que meu mundo não gira em torno de tu. — Digo da maneira mais carinhosa o possível.

Victor balança a cabeça em negação, e se afasta de mim. Ah pronto!

— Vai me tratar assim? Tem certeza de que vai ficar emburrado comigo? — Perdi a paciência que eu tinha, agora vou ser ruim.

𝘾𝙤𝙢𝙤 𝙚𝙪 𝙩𝙚 𝙫𝙚𝙟𝙤 [Finalizada] Onde histórias criam vida. Descubra agora