Dias depois.
Lᴇɪʟᴀ.ᴘᴏᴠ
As festas juninas já começaram, então, resolvi trazer a Bel, para nós aproveitarmos um arraial, tem várias barraquinhas aqui e podemos aproveitar bastante, comida, bebida e até brincadeiras valendo prêmios muito simples, mas bonitinhos.
— Desculpa ter agido tão mal contigo, fui muito vacilona. — Diz Isabel, antes de morder um pedaço da maçã do amor dela.
— Eu deveria ter prestado atenção no quanto nos afastamos, desculpa de novo, tudo que eu faço Bel, é por você, pagar sua faculdade e te garantir um futuro promissor. — Digo para ela, distraída com as diversas atrações compondo a rua.
— Você tem sua vida agora, está noiva, já cuidou muito de mim, tenho que entender que você não pode se sujeitar, a ficar de babá de mim, da mãe ou do pai, a vida toda Leila. Você merece aproveitar sua vida... Eu só não queria que ficássemos tão distantes, porém, entendo que Victor exige mais do seu tempo, e vamos dividir a sua atenção entre nós, entendo que ele precise mais de você às vezes, do que eu preciso. — Fala Bel, usando de um tom reflexivo e maduro.
Puxo ela para o abraço de lado, essa garota é motivo do meu orgulho ir às alturas.
Reconhecemos nossos erros. Minha mãe e meu pai ficaram felizes em saber dessa reconciliação.
— Sou sua irmã mais nova, sempre vou querer você o mais perto possível, você é minha figura exemplo, te admiro e quero ser iguais a você, em muitos aspectos Le. — Isso arranca sorrisos largos de Isabel, acaricio seus cabelos e dou um beijo estalado na sua bochecha quente.
— Sempre vou ter tempo para você Bel, é minha pitica, onde eu for, você vai junto. — Faço cócegas nela, arrancando gargalhadas da garota mais baixa de macacão listrado.
— Isso não inclui a lua de mel né? Seria muito esquisito. — Responde em tom engraçado, isso me faz rir até ficar com dor nas bochechas. Tem algumas exceções né...
— Com exceção dos momentos íntimos entre Vi e eu, mas, um passeio de jet-ski, ou uma caminhada na orla da praia... o que você quiser fazer, vou topar. — Entrego meu saco de pipoca para ela pegar um pouco, enquanto caminhamos a procura de uma barraca interativa com gincana.
— Não conheço bem elyyye, podíamos marcar um dia e tentar se entrosar, que tal? Só nós três. — Enfatiza a de franja, querendo se referir a Marcos. Não quero a presença dele também, então estamos de acordo nisso. Tampouco, Vi vai querer aquele babaca conosco, em qualquer ocasião.
— Beleza, vamos combinar. Agora, o que acha de darmos um passeio na praia amanhã? — Ofereço como um passo novo em nossa reaproximação. Bel murmura pensativa, enquanto come pipoca salgada.
— E à noite, vamos levar a mãe e o pai no cinema? Eles quase nunca saem de casa, estão começando a ficar muito pálidos. — Bel faz uma careta engraçada, em desaprovação pelo confinamento dos nossos pais. Agora que saímos de casa, a rotina deles ficou mais leve, dando assim para aproveitarem o resto da juventude.
— Como anda seu desempenho na faculdade? — Pergunto porque me preocupo com os estudos dela, e com tudo que ocorreu, isso pode ter atrapalhado a concentração dela, nas aulas. Quando eu fiz minha formação, não tinha nada que importasse mais, do que meu foco nas aulas e atividades passadas. Exceto a saúde e bem-estar dos meus pais e da Bel. Trabalhava em um hospital nessa época, então equilibrava os dois na rotina, para poder pagar as despesas da casa, minha faculdade e ficar despreocupada.
— Estou indo bem, acabei ficando fraquinha em algumas matérias, mas, já consegui recuperar e estou seguindo. A psicologia é muito complexa, se você não prestar atenção, acaba ficando muito atrasado e isso te faz retroceder a visão que você já tinha. Acredito que em todas os ensinos é assim, abrange assuntos difíceis. — Explica ela, com uma boa visão sobre o que gosta de fazer. O mais importante, é você gostar do que faz, gostar de exercer sua profissão, gostar de estar aprendendo sobre ela. Desde pequena, sempre amei hospitais, não os doentes, mas, o ambiente em si. Quando vi pela primeira vez, um maqueiro correndo na adrenalina da emergência de uma UTI, fiquei fascinada, fui me apaixonando cada vez mais e decidi que, aquilo era o que desejava para minha carreira profissional, para minha vida.
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𝘾𝙤𝙢𝙤 𝙚𝙪 𝙩𝙚 𝙫𝙚𝙟𝙤 [Finalizada]
Roman d'amourLeila, ou Le como costumam chamar, é uma mulher que tem que lutar contra problemas diários assim como todo brasileiro, porém entre tantas questões da sua vida, a maior é: o desemprego. Por mais que seja necessário, estudo não garante emprego após se...