"...Tudo que eu sei, tudo que eu sei
Amar você é um jogo perdido..."Arcade-Duncan Laurence.
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Movida por adrenalina até o último fio de cabelo do corpo, chego ao corredor onde o confessionário corrosivo começa.
Solta a mão do homem confuso ao meu lado, mal sabendo o porquê de eu estar agindo assim com ele.
Marcos e Júlia ficam pasmos ao ver o ato de coragem audacioso que acabo de pôr em ação.
— Conte a ele. — Ordeno fixando os olhos nela, agora já perfeitamente nítidos.
Júlia movimenta os lábios tentando falar algo, porém não sai.
Marcos paralisado, os olhos arregalados.
— Que diabos está acontecendo aqui Leila? Alguém pode me dizer porra! — Victor braveja ficando enraivecido.
Suspiro risonha com sarcasmo.
Bato palmas no ar, admirando a expressão de injustiçada da vítima teatral em minha frente, coitadinha dela...
— Eu te chamei aqui, para te contar o porquê estou estranha com você estes dias Victor... — Num puxão, arranco com selvageria a correntinha do pescoço dela, quase fazendo a loira cair no chão.
— SÃO DOIS FARSANTES, ESCROTOS, TRAIDORES. — Esbravejo sentindo tudo em mim queimar, quero derrubar a máscara deles — Marcos agarra meu pulso violentamente.
— CALA A BOCA, LEILA. — O resultado disto é um ardido tapa na cara enjoativo dele, atrevido o filho da puta.
Marcos cambaleia para trás e tromba no vaso de cerâmica branco acima da mureta e o faz cair, quebrando com tudo.
Júlia trinca os dentes revoltada, querendo me fuzilar.
Victor põe as mãos em meu quadril e eu o afasto de forma grosseira.
— Me larga! Porque eu vou falar o que estes dois carniceiros estão fazendo debaixo do seu nariz sabe se lá quando tempo! — Cravo as unhas nas palmas ao gritar para Victor que fica horrorizado com minha atitude agressiva que não está acostumado a ver.
— EU VI, NINGUÉM ME MOSTROU NÃO, EU MESMA PRESENCIEI, ESSA VADIA DISSIMULADA TRANSANDO COM ESSE FILHO DA PUTA CANALHA, PEGUEI OS DOIS UM EM CIMA DO OUTRO NO QUARTO DE HÓSPEDES. — Grito gesticulando acima do ombro, quero que todo mundo saiba.
Victor mal pisca, está paralisado digerindo a nojeira descabida.
— É mentira! Acha que eu seria capaz de fazer isto com você Victor? SOU EU, A SUA JÚLIA. — Simula a vagabunda do nariz arrebitado, assim que se aproxima de Victor, dou um puxão em seu cabelo e a faço cair sentada para trás.
Marcos age em prol da defesa de sua amante e vem para cima de mim afim de agarrar meu pulso, um estalo, nem sei como tirei forças para isto.
— SUA LOUCA, QUAL O SEU PROBLEMA? — Grita Marcos caído no chão, sangue escorre do seu nariz agora, consequência do soco que dei nele.
Júlia levanta e agarra a camisa de Victor, tentando justificar ou inventar outra baboseira inconsistente.
— NÃO TOCA EM MIM, SUA MAL CARÁTER. — Victor a empurra para longe bruscamente.
Marcos levanta ainda meio abalado e se aproxima de Victor.
— Irmão, não pode acreditar nela! Eu sou sangue do seu sangue! Volta a si por favor! — A punhalada nas costas foi dolorida que Victor mal consegue expressar algo além da decepção chorosa.
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𝘾𝙤𝙢𝙤 𝙚𝙪 𝙩𝙚 𝙫𝙚𝙟𝙤 [Finalizada]
RomanceLeila, ou Le como costumam chamar, é uma mulher que tem que lutar contra problemas diários assim como todo brasileiro, porém entre tantas questões da sua vida, a maior é: o desemprego. Por mais que seja necessário, estudo não garante emprego após se...