Capítulo Dez

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Fui mostrando os lugares mais próximos do apartamento, como: mercados, lojinhas de roupas, farmácias, cafeterias e entre outros locais necessários.

Enquanto Regina, sempre encontrava algum motivo para colocar defeito, não importa aonde nós íamos.

— Olha lá, Regina, aquela doceria vende bolos incríveis e deliciosos. — Aponto. — Qualquer dia desses eu te convido pra tomar um café comigo. Esse é o meu lugar favorito do Brookyn.

— Ah, então você está dizendo que vai me chamar pra sair? — Regina sorri.

Sinto minhas bochechas corarem.

— Sim, se você quiser.

— Senhorita Salvatore, seria uma honra! Mas vou logo avisando que sou muito exigente.

— Disso eu não tenho dúvidas, senhora Johansson.

Regina sorri e entreabre a boca para dizer algo, mas é impedida, como se tivesse visto uma assombração. Ela pega na minha mão e me puxa, fazendo com que nós nos escondessemos atrás do carro. Nos abaixamos e ficamos assim. Franzi a testa espantada.

— O que aconteceu, Regina?

— O que elas fazem aqui? Ô céus elas não podem me ver aqui nesse bairro.

— Quem!?

Assim que Regina vai dizer, uma voz é emitida.

Regina Johansson McCarthy! O que faz por aqui?

Nos levantamos no mesmo instante. Uma senhora pergunta ao lado de mais outras duas. Apesar de serem três quarentonas, elas não deixavam de ser bonitas e atraentes.

A frase: As vezes nem é pelo iPhone, nunca fez tanto sentido.

E como assim McCarthy? Esse seria seu sobrenome de "casada?"

— Senhoras, Bayle, Montgomery e Smith! Que prazer em vê-las por aqui. — A mesma cumprimenta cada uma com um beijo no rosto.

Confesso que agora eu estava me sentindo deslocada.

— O prazer é todo nosso, Regina. — A do meio diz sorridente. — Mas ainda não respondeu a pergunta de Katharine, o que faz por aqui?

— É... eu, vim...  — Pensa um pouco. — Eu vim para fazer caridade!

— Caridade. — A senhora da direita repete.

— Isso, caridade.

— Que coincidência, nós também viemos para fazer o mesmo. Em falar nisso, MaryBay surpreendeu a todas hoje com uma doação de quinze mil para o centro de reabilitação.

Arregalei os olhos e coloquei a mão na boca surpresa.

— Quinze mil dólares? Olha dona, eu não sou de falar palavrão, mas... porra!

Assim que proferi, Regina colocou a mão na cara incrédula, confesso que não entendi o motivo. Eu só estava sendo sincera. Enquanto isso as três senhoras voltaram sua atenção para mim e me analisaram dos pés a cabeça.

Se eu soubesse que isso aconteceria, eu teria tomado banho hoje de manhã.

— E quem é você? — A do meio pergunta.

— Eu sou a...

— Hope Salvatore! Ela é uma das garotas que eu ajudo. — Regina não permite que eu responda.

— É isso mesmo. Regina é muito caridosa. A pessoa mais caridosa que eu já conheci em toda minha vida.

Regina me cutuca sem que as "madame" perceba. Eu olho pra ela que sorri forçadamente, com isso eu percebo que estou falando de mais, então tento maneirar.

Na verdade eu só estava tentando ajudar.

— Eu achei a sua protegida encantadora. — A última senhora falou me olhando dos pés a cabeça e com um sorriso largo. — Uma jovem muito linda e carismática.

Sorrio colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Obrigada.

— Imagina, não tem porque agradecer.

— Então tá, Addison! Fico feliz em saber que gostou da MINHA protegida. — Regina diz educadamente porém ríspida. — Mas agora nós temos mais o que fazer, temos um dia e tanto pela frente.

Eu olho para Regina com estranheza.

— Eu entendo, então até mais. — Ela se aproxima abraçando Regina e depois eu. — Ah e só para avisar, eu darei um jantar de gala amanhã a noite e seria uma honra tê-las comigo. E você também está convidada, senhorita Salvatore.

— Obrigada e por favor me chame apenas de Hope.

— Como quiser então. — Sorri. — E leva o Preston também com você, Regina, de repente vocês se divertem.

Regina assente de cara fechada.

As outras mulheres se despedem de Regina, enquanto fingem que não me viram. Eu não dou importância alguma, essas senhoras eram todas umas mal amadas.

Tirando a Addison é claro.

Após isso as três se vão me deixando aliviada. Eu olho para Regina e pergunto se vamos continuar conhecendo o Brookyn melhor. Ela diz que sim e nós vamos. Porém todo o resto do trajetória foi feito em silêncio.

Regina não abria a boca para dizer mais nada, enquanto eu só falava o necessário. Uma hora depois nós resolvemos ir embora para o apartamento.

Assim que chegamos eu perguntei antes da ruiva entrar.

— Nós vamos aquele jantar?

— De jeito nenhum.

— Então tá bom. — Respondo simplesmente indo até a minha porta. — Pelo visto eu terei que ir so-zi-nha.

Dito isso eu abro a porta e entro no meu ap sem esperar uma resposta sua.

Querida, Johansson Onde histórias criam vida. Descubra agora