Quarenta

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Entrei correndo dentro do meu apartamento e andei pelos cômodos, sentindo o meu coração ficar a mil. Voltei para a sala aonde encontrei Regina, ainda no celular, revirei os olhos esperando a madame encerrar a ligação.

— Você quer que eu resolva tudo? Eu não te pago para ficar ai parado! Liga de novo para os fornecedores e remarque as minhas reuniões! — Dito isso ela desliga o celular.

Finalmente!

— Você não me ouviu? Alguém entrou no meu apartamento!

— Como assim?

— Eu não sei, Regina, quando eu me dei conta a porta estava destrancada.

— Será que não foi você que se esqueceu da porta ou as suas amigas talvez?

*Seu celular volta a tocar.*

— A Holly e a Lizzy nunca entrariam aqui sem antes me avisar e muito menos com nós brigadas.

— Pensei que estivessem se dando bem. — Ela franze a testa, tento dizer alguma coisa mas ela me interrompe. — Desculpa, amor, mas eu preciso mesmo atender essa ligação é de alguns investidores muito importantes.

E isso não é importante? Penso.

— Ok.

Me viro indo dar uma segunda vistoria no meu ap. Pelo visto eu não poderia contar com a Regina então eu teria que me virar sozinha. Deixei ela sozinha e desci até a portaria para ver se ninguém veio me procurar no tempo em que eu estivesse fora.

Assim que me aproximei do senhorzinho da portaria pude perguntar.

— Boa noite, você poderia me dizer se alguém veio me procurar?

— Hope Salvatore, estou certo?

— Sim, senhor!

O mesmo pega uma prancheta e começa a folhear pois ele costumava anotar os nomes das pessoas que vinham nos visitar.

— Não, não, ninguém passou aqui para te procurar à não ser as mocinhas de sempre.

— Diz se referindo a Holly e a Lizzy.

— Tem certeza? — Ele confirma com a cabeça. — Pode dar uma olhada nas câmeras de segurança?

— Câmeras de segurança? Hope, faz três anos que elas não funcionam. Elas estão ai só de enfeite.

Mas é claro... Aqui nada funcionava direito, pelos céus, esse prédio já deu no que tinha que dar. Algumas horinhas em Manhattan quase me fizeram esquecer sobre isso aqui.

— Está bem, obrigado! — Sorrio me retirando.

Subi novamente e dei de cara com a Ruiva.

Ela ainda estava no celular, brigando com os seus empregados por estarem fazendo um trabalho de merda. Passei na sua frente e nada. Me sentei ao seu lado e comecei a passar a mão pela sua coxa e a beija-la para ver se eu chamava a sua atenção mas também não deu certo. Me levantei e caminhei em passos largos até a minha cozinha, colocando uma chaleira de água no fogo e abrindo a geladeira para ver se eu encontrava algo de bom para comer.

Agora as coisas estavam indo de mal a pior. Primeiro eu perco as minhas amigas, depois a minha segurança porque eu mesma já não me sentia segura nesse ap, devido às minhas sensações estranhas e para completar eu havia perdido a minha namorada.

Namorada?

É sério que eu chamei a Ruiva assim?

Levantei a minha mão olhando para os meus dedos... Já estava mais do que na hora dela colocar uma aliança aqui. Dei uma risadinha devido aos meus pensamentos.

Querida, Johansson Onde histórias criam vida. Descubra agora