Quarenta e Três

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Regina e eu nos abaixamos no mesmo instante para desviar de qualquer bala perdida. Olhei para o lado e vi, Adelaide, completamente travada. Ele não se movia e não esboçava reação nenhuma, ela estava em estado de choque. Havia pessoas correndo por toda a parte e a gritaria era ensurdecedor.

— Nós temos que ajudá-la, Regina! — Afirmei em completo desespero.

— Não, você não vai dar uma passo, me ouviu?

— A gente não pode deixar ela daquele jeito, por favor... — Pedia entre lágrimas. — A Holly e a Lizzy também estão lá, eu tenho que sair para procurar elas.

— Eu disse que não, Hope! É perigoso demais, eu não posso permitir que você coloque a sua vida em risco.

Balanço a cabeça em negação, fechando os olhos com força para não ter que encarar o desastre ao redor. Sinto Regina segurar a minha mão com força. Me recordo dos seguranças.

— Os seguranças, Regina! Cadê eles? — Pergunto ainda de olhos fechados.

— Tem razão... Eu vou dar uma olhada.

Assinto.

Se passam segundos o suficiente para que ela dê uma olhada, mas, um silêncio se forma me deixando cada vez mais nervosa.

— O quê foi, Regina?

— Nada... só tenta ficar calma.

Ficar calma? Como ela me pede uma coisa dessas? Sou obrigada a abrir os olhos lentamente, me viro bem devagar olhando para baixo. Sinto meu coração errar uma batida ao dar de cara com os meus três "seguranças" armado e caçando a gente com o olhar.

Volto a me abaixar.

— Eu nunca tive seguranças ao meu dispor e não sei muito bem como funciona mas... não era para eles estarem fazendo o oposto?

Regina confirma com a cabeça.

— Nós temos que dar um fora daqui, eles estão atrás da gente, eu tenho certeza.

— De onde você tirou esses homens?

— Eles trabalhavam para o... — Engole em seco antes de continuar. — Preston à alguns anos atrás...

Arregalo os olhos.

De repente começamos a escutar uma voz familiar.

— Não se preocupem, pessoal! Porque há só duas pessoas que me interessam... A nossa querida Johansson e a nossa garotinha! — Preston exclama.

Eu sabia.

Sabia que tudo isso se tratava do Preston McCarthy. Filho da puta! Essas coisas que eu vinha sentindo, todos esses pesadelo, as coisas estranhas que estavam acontecendo... Eu sabia que era um sinal de que algo ruim aconteceria. Eu só não imaginava que esse seria a hora.

— Calma, antes dele aparecer aqui a gente já vai ter dado um fora.

Assim que Regina profere, Adelaide aponta para nós duas e começa a gesticular com a mão.

— AQUI EM CIMA! ELAS ESTÃO AQUI EM CIMA! — Berra.

— Filha da puta! — Nós duas falamos em uníssono.

Quando nós nos levantamos para sair correndo, senti braços fortes me agarrarei fazendo com que eu solte da mão de Regina. A Ruiva se vira. Me debato tentando me soltar e falhando miseravelmente.

— Soltei ela! — A mesma esbraveja com os olhos inundados pelas lágrimas.

Noto um dos seguranças irem em sua direção.

Querida, Johansson Onde histórias criam vida. Descubra agora