Capítulo Dezenove

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Assim que saímos da sua casa, fomos até o seu veículo. A cada passo que Regina dava eu à olhava e sorria feito boba. Se pudesse eu ficaria a noite toda na cama com ela. A ruiva então abriu o carro para que pudéssemos entrar mas antes disso ela me prensou contra o carro, me fazendo olha-la.

— Quero que saiba que a minha vontade era te fuder a noite toda, em todos os lugares daquela casa e de várias formas diferente, mas infelizmente nós temos que ir.

— Eu sei. — Beijo seus lábios com ternura. — E não tem problema, mas por favor, promete pra mim que você não vai agir com indiferença ou fingir que nada aconteceu, porque eu me sentiria horrível.

— Eu prometo. — Passa a mão pelo meu cabelo.

Seu celular toca novamente.

Regina pega o aparelho e após desbloquear, o nome "Preston" aparece na tela. Reviro os olhos e me afasto entrando dentro do carro. A ruiva desliga o aparelho e dá a volta entrando também e se sentando no banco do motorista.

Ela me pede desculpas de novo.

Após isso ela dá partida no carro.

— Eu tenho que voltar para o jantar, se você quiser me acompanhar... — Me olha de relance.

— Não, eu prefiro ir para o meu apartamento. Aquele não é o meu lugar. — Comprimo os lábios.

— Me desculpa, eu não queria ter dito aquilo.

— Tudo bem, Regina, não precisa se desculpar toda hora. Eu não estou mais chateada e querendo ou não você tinha razão. — Olho pela janela entediada. — No meu ap eu vou me sentir mais confortável... — Sorri.

A ruiva concorda me levando até o prédio, antes de voltar para o jantar que pelo visto ainda rolava solto. E eu não menti quando disse que não estava mais chateada, eu só precisava ir para o meu apartamento e descansar, por a cabeça no lugar, até porque seria estranho ficar no mesmo ambiente que Preston McCarthy.

(...)

Chegamos algum tempo depois. Eu havia dito para Regina que ela já poderia ir para o jantar, se não ela se atrasaria mais ainda e poderia ter problemas. Porêm ela se recusou a ir embora sem antes me levar até a minha porta.

Então eu acabei aceitando.

Subiamos as escadas do prédio dando risada de alguns comentários que eu fazia sobre aquele jantar e se pegando vez ou outra.

Assim que paramos enfrente a minha porta, Regina, me beijou novamente. Um beijo mais caloroso e intenso, senti como se sua língua estivesse explorando a minha boca, após nos afastarmos, eu ofereci o meu melhor sorriso.

— Agora é melhor você ir logo, se não pode ter problemas com o...

— Eu já sei, Hope. — Revira os olhos pegando na minha cintura. — Mas se eu pudesse ficaria aqui com você... — Sorri.

— Eu também sei disso.

Ela me dá um selinho.

— Quero que saiba que eu não esqueci do que conversamos... — Passa a mão pelo meu cabelo. — Não importa se o Preston vai achar ruim se eu chegar um pouquinho atrasada, porque é com você que eu quero estar. E mesmo que ele venha comigo para o meu apartamento... é você que eu quero na minha cama e ao meu lado. — Sorri. — E de preferência nua.

Rio pela forma que ela falou.

Sinto minhas bochechas corarem levemente e meu coração aquecer. A pouco tempo nós não éramos nada, não passávamos de duas estranhas que no começo não se davam bem e hoje Regina estava se tornando tudo.

— Até parece mentira. — Sorrio divertidamente. — Faz tão pouco tempo que nós nos conhecemos.

A ruiva balança a cabeça para os lados.

— Sabe, Hope, eu estou casada com o Preston a quinze anos e eu nunca senti isso que eu sinto por você. — Me olha seriamente. — Conexão é sentir na pele e ter a certeza de que nada é capaz de mudar o que o coração já viu.

Tá, isso foi um cala boca.

Entreabro a boca surpresa com as suas palavras e uma lágrima desce sobre o meu rosto, porêm Regina trata de enxugar com o seu polegar.

— Tem razão.

— Viu? Não tem nada haver com tempo. — Sorri.  — Agora pode entrar, eu vou, mas meus pensamentos vão ficar aqui com você.

Assinto depositando um beijo demorado em seus lábios. Eu não sabia que Regina poderia ser tão... romântica.

Assim que ela se foi, eu entrei correndo dentro do meu ap e fui direto para a minha janela. Espereio momento certo e assim que vi Regina na rua eu exclamei.

— AI DONA! — Regina olhou para cima com a testa franzida. — NÃO ESQUECE QUE VOCÊ É A MINHA RUIVA!

Faço isso para que Regina também se lembre da primeira vez em que nós nos conhecemos. A ruiva solta uma risada que daqui de cima eu sou capaz de ouvir.

— PÔDE DEIXAR QUE EU NÃO ESQUECEREI! — Ela entra na brincadeira. — AGORA EU VOU INDO... NO MEU CARRÃO MANEIRO!

A olho mais surpresa ainda e solto uma gargalhada, eu estava quase me esquecendo de que no dia em que nos conhecemos, além de gritar o meu nome para ela, eu ainda por cima comentei sobre o seu carro.

Sorrimos uma para a outra, enquanto os vizinhos reclamavam pelo fato de nós duas estar gritando à essas horas.

Mas não demos importância.

Regina piscou pra mim e por fim entrou em seu carro. Fechei a minha janela e fui me arrumar para dormir pois hoje foi um dia e TANTO.

Querida, Johansson Onde histórias criam vida. Descubra agora