Penúltimo

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— Você voltou!

Vou de encontro aos seus braços. Regina me envolve com carinho enquanto continuava a afagar o meu cabelo. Não retive as lágrimas que insistiram em cair.

— Eu senti tanta falta de você. — Pude sentir o cheiro do seu perfume.

Ela estava tão linda.

— Eu também, Hope.

Me afastei olhando dentro dos seus olhos.

— Então por quê você me deixou? Eu fiz alguma coisa de errado, Regina? Se for isso me desculpa.

— Não, você não fez nada de errado.

— Então o quê aconteceu? — Perguntei com a voz chorosa.

— Nada, não aconteceu nada... eu só estive ocupada nesses últimos dias.

Abaixei a cabeça me sentindo ainda mais triste pois eu notei que ela estava mentindo, porêm, eu não disse nada. O medo de contradize-la era inevitável, eu estava morrendo de medo dela ir embora, então comecei a pisar em ovos para não fazer ou dizer nada de errado.

O doutor e a enfermeira nos deixa a sós. Olho para Regina com um sorriso fraco no rosto.

— Deita aqui comigo? — Vou um pouco mais pro lado.

— Tudo bem mas só se você comer.

— Certo.

A Ruiva se deita ao meu lado e começa a colocar uma colher de vez na minha boca. Eu não conseguia parar de olha-la. Era tão estranho e tão bom ao mesmo tempo vê-la novamente.

— O doutor Romero me chamou aqui dizendo que você não estava bem... não comia, não queria ver ninguém e só dormia.

— É que eu fiquei muito triste por você ter ido embora.

Regina me olhou fixamente, revisando entre meus olhos e a minha boca. Ela me serve outra colher de sopa. Confesso que eu nunca vi ela tão séria assim.

— Mas isso não é pretesto para não comer, Hope! Se não você corre o risco de ficar doente novam...

Não permito que ela continue em vez disso eu avanço em seus lábios com pudor à pegando de surpresa, pois, eu não consegui me segurar.

Seguro o seu rosto com as duas mãos. Nossas línguas se encontram no mesmo instante como se implorassem por esse ato. Nosso beijo é sôfrego. Eu estava com tanta saudade dela que o meu coração chegava a doer.

Tirei a sopa das suas mãos colocando sobre a mesinha ao lado após nos afastarmos. Me sentei no seu colo, levando suas mãos até a minha cintura, sentindo ela me apertar com força. Voltei a tomar o seus lábios para mim com urgência. Levei uma das minhas mãos até o seu cabelo o puxando e fazendo ela gemer ainda na minha boca.

— Eu senti tanto a sua falta... — Falei após nós nos afastamos.

Colei a sua testa com a minha enquanto retomavamos o fôlego.

— Hope...

— Não, Regina, não precisa falar nada. — Envolvo os meus braços envolta do seu pescoço à abraçando o mais forte que eu posso. — Só me abraça e não me solta nunca mais!

— Tá bom. — Sussura. — Mas nós precisamos conversar.

— Pôde ser mais tarde?

— Não, tem que ser agora.

Me afasto olhando para a Ruiva e assentindo com a cabeça. Um medo começou a surgir novamente dentro de mim. Por quê será que ela está tão estranha?

Querida, Johansson Onde histórias criam vida. Descubra agora