Dia seguinte...
Acordei sentindo uma dor terrível no corpo, resultado de ter passado a noite toda sentada em uma cadeira. Quando olhei para o lado me deparei com o médico da Hope.
— O quê aconteceu? Ela está bem? — Perguntei me levantando em um pulo.
— Bom dia, senhora Johansson, ela continua estável mas ainda não acordou como o previsto.
— E eu posso vê-la?
— Mas é claro.
Sinto o meu coração acelerar assim que o doutor me libera, porêm, eu estava receosa. Caminhei em passos largos até o seu quarto. O médico da Hope ia logo na frente para me direcionar. Paramos em um quarto que possuía o número "23" na porta.
Assim que entrei e dei de cara com a Hope, não aguentei e comecei a chorar. Me aproximei bem devagar e segurei na sua mão como a coisa mais frágil do mundo. Ela dormia profundamente, havia alguns aparelhos ligados à ela, sua expressão se encontrava serena.
— Eu vou deixar as duas a sós, qualquer coisa é só pedir para uma das enfermeiras aqui fora...
— Está bem, obrigada.
Assim que ele se foi, eu me sentei numa cadeira ao lado. Comecei a acariciar o seu rosto delicadamente.
— Eu sinto muito, meu amor... Se eu soubesse que isso aconteceria, eu jamais daria aquela festa ou descuidaria de você... Eu iria fazer de tudo para impedir que aquele miserável te machucasse! — Dizia com os dentes cerrados pela raiva que eu estava sentindo de mim e do Preston. — Eu prometo que não vou deixar nada de ruim acontecer com você novamente. Era para ser eu nessa cama de hospital... não você.
Enxugo as minhas lágrimas com as costas da mão. Me levanto indo me deitar ao seu lado começando a fazer cafuné no seu cabelo durante um longo período de tempo, pegando no sono novamente.
Eu estava me sentindo esgotada.
— Senhora Johansson?
Sinto alguém me cutucar levemente me fazendo despertar. Eu não tinha nem noção de quanto tempo passei aqui.
— O quê aconteceu? — Olhei rapidamente para a Hope me certificando de que ela estava bem.
— Nada, é que já faz um bom tempo que a senhora está aqui com a paciente e tem outras pessoas querendo vê-la.
Estreitei os olhos encontrando na porta o encosto da Lizzy e da Holly ao lado dela estava mais uma mulher que deveria ter a minha idade, talvez ela seja a mãe das duas. Voltei a minha atenção para a Hope. Eu não queria ir embora daqui tão cedo porque eu tinha medo dela acordar e não me encontrar ao seu lado.
Infelizmente não restava outra alternativa...
Me levantei da cama cuidadosamente me obrigando a sair daqui.
— Eu volto mais tarde, amor. — Avisei como se ela pudesse me ouvir.
Depositei um beijo na sua testa.
— Vá para casa e descanse... a senhorita Salvatore não vai à lugar algum, isso eu te garanto. —O médico diz com um sorriso no rosto me fazendo retribuir.
Passei pelas três que me encaravam de cara feia, sem dar a mínima importância para as suas existência. Fui andando apressadamente até a saída, eu estava sem o meu carro, então eu teria que chamar um táxi para me levar até a minha casa.
Consegui um táxi uns quinze minutos depois e fui direto para casa.
Quando cheguei, atravessei o portão me lembrando daquela traidora, Adelaide, ela seria a primeira pessoa que eu mandaria para rua e depois ia descer até o inferno se fosse necessário para encontrar aqueles três seguranças e iria arruinar as suas malditas vida.
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Querida, Johansson
RomanceApós perder sua herança, Regina Johansson, se vê obrigada a largar a sua vida de luxos para se aprofundar numa vida completamente oposta do que ela vivia, até que ela consiga recuperar a sua fortuna. A ex magnata acaba se mudando para um apartamento...