Capítulo Trinta e Dois

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Preparei dois café expresso e coloquei sobre a bandeja. Peguei um chocolate em forma de coração e coloquei no lado da xícara de Regina, para não dar muito na cara eu peguei outro chocolate para o advogado.

Sorrio ao ver o resultado caprichado.

Seguro a bandeja e vou em direção até a sua mesa. Após sair de dentro da cozinha e atravessar o balcão eu me deparo com Preston McCarthy entrando. Aperto com força a bandeja sentindo uma raiva imensa ao vê-lo se aproximar de Regina. Ele vai com intenção de comprimenta-la com um beijo na boca, porêm, ela vira o rosto para o lado. Sorrio de lado após ver a cena. Preston ameaça sentar ao seu lado mas Regina coloca a sua bolsa na cadeira fazendo ele se sentar do outro lado.

— Por quê você não me chamou para a reunião com o advogado? — Ele pergunta furioso.

Me aproximo colocando a bandeja sobre a mesa e recebendo os olhares dos três.

— Você já sabia da reunião.

— É, mas eu tinha esquecido, pensei que fosse só amanhã.

— Então isso já não é problema meu! — Regina cruza as pernas e sorri me olhando descaradamente.

Pelo céus... Que MULHER!

— Bom, então nós já podemos começar? — O advogado pergunta.

— Mas é claro, Richard.

Entrego as xícaras de café e depois recolho a bandeja.

— Se você já terminou o seu serviço então já pode se retirar. — Preston diz ríspido e já sem paciência. — E me traz um  café!

Regina faz menção de dizer alguma coisa porêm eu impeço balançando a cabeça negativamente. Saio de perto deles e volto para o balcão. Por sorte mais pessoas entravam na lanchonete, me senti aliviada pelo fato de ter alguma coisa para me distrair, pois a presença de Preston não me trazia confiança.

Peguei os cardápios e levei até a mesa aonde um casal de idosos se encontravam. Olhei para porta e vi um grupo de adolescentes entrar. Eram duas garotas e três rapazes. Em seguida entrou mais uma mulher com uma criança pequena.

Meu Deus! De onde saiu tanta gente?

— Ai gatinha, vem cá! — Um dos rapazes pediu.

Me aproximei.

— Pois não?

— Trás o cardápio ai pra gente.

— Certo. — Sinto alguém me cutucar e me viro.

Dou de cara com a mulher e a criança.

— Boa tarde e me desculpe interromper, mas você poderia me servir primeiro? Eu tenho que voltar para o trabalho mas antes meu filho precisa comer alguma coisa.

Olhei para baixo me deparando com o garotinho, tão fofo, eu adorava crianças... porêm outras pessoas haviam chegado na frente.

— Sinto muito, senhora, mas outras pessoas chegaram primeiro.

— Oh, querida, eu e meu marido não nos importamos em esperar. — A senhora diz e a mulher com a criança agradece.

Os jovens reclamam um pouco mas por fim eles concordam. A mulher com a criança se senta em uma das mesas e pede para que sirva apenas um misto e um chocolate quente. Concordo. A porta se abre novamente e noto mais clientes entrando.

Aonde as meninas foram se enfiar? Pensei.

Alguns minutos depois eu retornei com o pedido. Servi o garotinho que sorriu abertamente em forma de agradecimento. O casal me chamou para que eu fosse atendê-los mas fui impedida pelo corno do Preston.

Querida, Johansson Onde histórias criam vida. Descubra agora