Capítulo Vinte e Seis

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A senhorinha que havia nos acolhido, havia dito que era sozinha e que mesmo assim ela possuía dois quartos que eram dos seus filhos, mas como eles não costumavam ficar em casa a mesma permitiu que nós ficássemos durante essa noite.

— De jeito nenhum!

— Regina! — Encarei a ruiva que se recusava a ficar. — Para, nós não podemos ficar lá fora.

— E nós não vamos. — Ela se levanta ajeitando seu cabelo e sua roupa, ambos ainda encharcados pela chuva. — A gente vai embora agora e passaremos a noite no carro.

Revirei os olhos colocando as mãos na cintura.

— Mas ainda está caindo um tororo.

— Um o quê? — Ela me olha com estranheza.

— Chuva. Ela se refere a chuva. — A senhorinha explicou.

A ruiva olhou para ela e arqueou a sobrancelha, murmurando um "Sei." Confesso que eu já estava perdendo a paciência, como nós vamos até o carro debaixo dessa chuva e mesmo passando da 00:00? Realmente ela estava louca.

Mas Regina é tão cabeça dura.

— Vêm cá, Ruiva. — Chamei puxando ela para o canto e segurando o seu rosto com as mãos. — Eu sei que você só está preocupada comigo, mas você tem que entender que lá fora é perigoso. Ta chovendo, escuro... já passa da meia-noite. Vamos ficar, por favor. — Fiz biquinho.

A mesma tirou sua atenção de mim e começou a olhar para a minha boca, até voltar a sua postura normal.

— Hope... têm certeza de que é uma boa ideia?

— Tenho, essa senhorinha parece inofensiva e ela foi tão gentil, faz isso por mim, faz?

A ruiva suspira pesadamente, ela segura minha mão com força e se aproxima da senhorinha em seguida.

— Tudo bem, nós vamos ficar! — Ela diz me fazendo sorrir. — Mas com uma condição! Nós não vamos ficar separadas, Hope e eu dormiremos no mesmo quarto.

A senhorinha concorda. Sorrio novamente me sentindo satisfeita. Mas só a Regina mesmo para querer mandar na casa dos outros (risos), ela já chega colocando condições. Talvez um simples "obrigado" já ajudasse, mas nem isso ela fez.

Então ela nos direcionou até o quarto. Assim que entramos, eu comecei a olhar para os lados, querendo conhecer melhor o ambiente. Aqui era pequeno. Literalmente pequeno. Havia apenas uma cama de solteiro e uma mesinha ao lado, porêm eu achei fofo e confortável, além disso eu já estivesse em lugares piores.

Vou até a mesinha, tirando meu celular do bolso e colocando-o sobre o móvel.

Voltando aonde eu estava em seguida.

— Vou trazer um o colchão da outra cama para deixar aqui. — A senhorinha avisa.

— Ta bom, obrigada, vó! — Sorrio e então ela se vai.

Regina me encara.

— Vó? Como você chama ela de vó assim do nada? E se ela não gostar? — A mesma solta uma risadinha me fazendo sorrir de forma divertida.

— Há, foi automático.

A ruiva caminha pelo quarto.

— Nossa, aqui é minúsculo! Meu closet dava dois ou três desse quarto...

Me aproximo da mesma com um sorrisinho de lado.

— Só você mesmo, Regina. — Abraço a mesma por trás, afastando o seu cabelo e depositando um beijo na sua nuca. Sou capaz de sentir o seu corpo se arrepiar, ela então se vira me olhando nos olhos e acariciando o meu rosto, até se aproximar mais do meu rosto e colar os nossos lábios em um beijo lento e carregado de paixão. Sinto a sua língua explorar cada canto da minha boca. A ruiva leva suas mãos até a minha nuca, aprofundando mais o nosso beijo, levo minhas mãos até seus seios os apertando com força.

Querida, Johansson Onde histórias criam vida. Descubra agora