Andar no meio de um monte de gente, era demasiadamente difícil, havia pessoas por toda parte e estava sendo impossível sair dessa boate. Com sorte eu não daria de cara com nenhum dos meus amigos ou então eles me impediriam de sair.
Sentia meu corpo sendo empurrado de um lado para o outro, para piorar a situação um ser iluminado pisou no meu pé. Me segurei para não xingar.
Quando de repente senti alguém pegar no meu braço.
Isso foi a gota d'água.
— Mas que merda! Dá para me lar... — Parei de falar assim que vi Regina.
A ruiva franziu a testa confusa porêm ignorou. Ela pegou na minha mão me conduzindo com ela entre a multidão. Conseguimos sair depois de um grande sacrifício.
Paramos enfrente ao seu carro.
— Quase que a gente não sai viva de lá. — Digo enquanto ajeitava meu cabelo.
— Hoje lotou mas do que esperávamos! Mas a gente não está aqui para conversar. Eu tenho que voltar para a boate daqui dez minutos... — Regina abre a porta do carro para mim entrar. — Entra!
Olhei com estranheza.
— A gente não pode se pegar aqui... não que eu não queira, é só que tem muita gente por perto.
A ruiva revira os olhos.
— Nós não vamos nos pegar aqui, Hope.
— E então?
— Nós vamos fugir daqui... Eu não aguento nem mais um minuto ao lado do Preston e dos meus coleguinhas. — Diz em tom de deboche. — Eu disse que tinha que voltar, não que iria. — Termina de dizer me lançando uma piscadela.
Sorrio entrando no carro sem pensar duas vezes. Eu não tinha como recusar essa saidinha com a Regina, meus amigos que lutem lá dentro.
A ruiva sentou no banco do motorista, colocou o sinto e deu partida no carro.
— Para onde nós vamos? — Perguntei.
— Para bem longe daqui!
(...)
Para bem longe... Só que não.
Assim que saímos da boate, Regina, dirigiu por uns quarenta minutos até que a gasolina acabou e o carro parou no meio do caminho. Coloquei a mão na cara e não tive coragem de olhar para a ruiva ao meu lado.
Ficamos em silêncio por alguns minutos. Ela permanecia imóvel e com as mãos no volante.
— Ruiva... Tá tudo bem? — Perguntei olhando para ela.
— Com certeza não. — Ela me olha. — Como eu não fui perceber que a gasolina estava quase acabando?
Dei de ombros sem saber o que dizer. Regina então começou a procurar por algo mas pelo visto ela não encontrou... deu para ver na sua cara.
— O quê foi?
— Eu esqueci minha bolsa com o dinheiro e o celular... — Balançou a cabeça para os lados. — Hope, você está com o seu celular ai?
— Sim. — Peguei o aparelho do meu bolso.
A ruiva suspirou aliviada.
— Então me empresta? Eu vou ter que ligar para o Preston ou...
— Eu não tenho recarga!
Assim que proferi, virei o rosto para o lado, evitando ver a cara que Regina deveria estar fazendo agora.
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Querida, Johansson
RomanceApós perder sua herança, Regina Johansson, se vê obrigada a largar a sua vida de luxos para se aprofundar numa vida completamente oposta do que ela vivia, até que ela consiga recuperar a sua fortuna. A ex magnata acaba se mudando para um apartamento...