Capítulo Um

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Estava agora sentada na sala, vendo o filme "A culpa é das estrelas." Eu sei, clichê de mais, mas eu realmente não me importo. Romance e mistério são um dos meus gêneros favoritos.

*Ouço meu celular tocar*

— Oi, Lizzy! — Digo eufórica após ler seu nome na tela e atender em seguida.

— E ai, minha vida! — Ela exclama do outro lado da linha. — Eu liguei só para avisar que eu e a Holly ainda estamos vivas...

Lizzy se referia ao fato de ambas terem chegado atrasadas no trabalho.

— Não sabe a minha felicidade em ouvir isso. — Rio. — Mas quando vocês vêm aqui em casa?

— Não tão cedo. Apesar de nossos pais pouparem a nossa vida, eles acabaram que nos dando um castigo... sem sair por um mês!

— Eu já imaginava, mas vai ser um saco sem vocês para encher a minha paciência...

— E eu não sei? Nossos pais ainda proibiram a gente de usar as redes sociais, só conseguimos entrar rapidinho no grupo, e que história é essa de nova vizinha? E GAROTA QUE CARRO ERA AQUELE?

Revirei os olhos só de lembrar daquela senhora. Eram agora 17:30 e o caminhão de mudanças ainda se encontrava parado enfrente ao prédio. Hora ou outra eu ficava observando o movimento, enquanto a Regina não havia saído da toca até agora.

— Nem me lembre dessa senhora! — Fechei a cara. — Ai Lizzy, a minha nova vizinha é uma vaca da pior espécie. Ela é metida, prepotente e cheia de sí.

— Eu já imaginava, pela foto que você mandou no grupo, essa senhora parece ser cheia da grana.

— Sim.

— Mas Hope, você não acha estranho, alguém como ela se mudar num bairro como esses?

Assim que Lizzy tocou no assunto, eu parei para pensar melhor, e realmente era bem estranho. E foi quando eu ouvi um barulho ao lado de fora e fui olhar pela janela, me deparando com a Regina, finalmente ela havia saído.

Me despedi de Lizzy apressadamente para prestar mais atenção nela. Regina conversava com o seu motorista, quando de repente um carro se aproximou e parou ao lado de ambos. Em seguida, um homem alto e bem aparentado descia do veículo. Ele estava muito bem vestido e tinha uma pinta de ricaço assim como Regina.

O mesmo se aproximou dela e sem aviso prévio depositou um beijo em seus lábios.

Franzi a testa.

Assim que o beijo cessou, ambos trocaram algumas palavras e após isso eles se viraram para entrar no prédio. Antes disso, Regina levou sua atenção até mim e passou a me encarar novamente. Confesso que senti algo estranho, mas mesmo assim fiz questão de não desviar o olhar.

Após mais uns segundos o mesmo homem à chamou, fazendo com que seu olhar se desviasse de mim. Por fim ambos entraram no prédio.

Sai da janela com o intuito de fazer algo para mim comer e para limpar a casa em seguida. "Chega, Hope, de ficar cuidando da vida dos outros." Meu pensamento acusou.

Então assim eu fiz.

(...)

O som estava no máximo.

Eram entorno de 20:15 da noite. Nesse tempo eu aproveitei e preparei uma lasanha, limpem a casa, li mais um pouco, fiquei procurando pela internet um lugar que estivesse dando emprego (falhando miseravelmente nesse quisito), mas tudo bem, amanhã bem cedo eu sairia para entregar currículo.

Querida, Johansson Onde histórias criam vida. Descubra agora