Capítulo Trinta e Três

880 92 26
                                    

Entramos dentro da cozinha, Regina, colocou a bandeja sobre a pia. Se virou em seguida para me olhar. Meus lábios se encontravam semiabertos e minha cara demonstrava o quanto eu estava surpresa.

— Por onde eu começo, Hope?

Estreito os olhos.

— É, anotando os pedidos?

— Tá certo, mas cadê o tablet?

— Tablet?

— É, Hope, tablet para fazer as anotações dos pedidos.

Quase soltei uma risada se eu não estivesse tão perplexa.

— Não temos tablets... — Fui até o armarinho. — Só bloquinhos de anotações, nós não estamos nas lanchonetes de Manhattan.

— Eu sei mas bloquinho de anotações? — Franze a testa. — Está meio ultrapassado, você não acha?

Dou de ombros. Regina pega o bloquinho de anotações da minha mão e deposita um selinho nos meus lábios se retirando em seguida. Fui atrás da minha Ruiva para ajudar e quando eu cheguei no salão, Preston, já havia ido embora. Não ter que olhar para a sua cara feia foi um alívio imenso porêm eu morria de medo dele fazer algo contra a Regina.

A Ruiva então anotava os pedidos, me entregava e eu tratava de preparar. Revezavamos para ir servir as mesas.

Eu não conseguia tirar os olhos da Regina, ela é tão perfeita, linda, elegante e gentil. Quem diria que ela estaria me ajudando a servir mesas? Mas além de ajudar ela ainda fofocava sobre os clientes me fazendo rir com cada comentário seu.

— A mesa sete pediu duas fatias de bolo de prestígio, uma coca-cola e um suco natural. — Regina se encostou no balcão, mexeu no cabelo como se quisesse disfarçar e depois pediu para que eu olhasse para a mesa sete sem chamar muita atenção.

Olhei e me deparei com uma mulher de meia idade muito bonita e atraente.

— O quê tem ela?

— Não, você não vai acreditar, ela me pediu tudo isso para comer so-zi-nha, eu fiz uma careta de como quem diz, "querida, você tem mesmo certeza disso?" E então ela me olhou levantou as sobrancelhas e sorriu dizendo que também iria querer um suco natural porque ela estava de regime e não queria abusar. — A ruiva dizia baixinho e totalmente indignada. — Ela está de brincadeira?

Solto uma risada.

— Só você mesmo, Regina.

— Não e isso não é tudo... Ela ainda me aparece com uma regatinha com os peitos quase pulando pra fora e com uma cintura de adolescente? Eu tenho quase certeza que é silicone, macumba ou os dois! — Balança a cabeça para os lados.

O sino tocou avisando que outro cliente entrava. Olhamos em direção da porta. Um homem se aproximava do balcão para fazer o seu pedido.

— Eu vou querer um café expresso com muito chantilly, por favor.

— É pra já!

— Obrigado. — Sorri indo se sentar em uma das mesas.

Assim que ele se foi, Regina, me olhou com a testa franzida.

— Muito chantilly?

— É, ele pede sempre...

— Meu Deus, esse cara já desistiu da vida! — Ela se depara com o homem se sentando ao lado da mulher da mesa sete. — Hope, olha aquilo ali!

Olho para ambos.

— O quê você acha? — Sorrio erguendo uma sobrancelha e esperando seu julgamento...

Que eu sei que viria.

— Tá na cara que eles vão flertar, ela vai oferecer o seu pedaço de bolo, eles vão se envenena com todo aquele açúcar e depois vão acabar na cama!

— É... O amor não é lindo?

Nos entreolhamos e não aguentamos, demos uma gargalhada exagerada, atraindo a atenção de alguns clientes. Fomos para cozinha novamente mas sem conseguir conter a risada, até que Regina tropeçou caindo em cima de mim.

Ela arregalou os olhos.

— Desculpa, Hope, eu te machuquei?

— Não. — Rio. — Mas é isso que dá fazer fofoca da vida dos outros... Deus castiga, sabia?

— Ué mas é como dizem, casal que fofoca juntos, permanecem juntos. — Sorri acariciando o meu rosto. — E rir da vergonha alheia também faz mal...

Rio com o seu comentário. De repente Regina me encara com uma expressão séria me fazendo cessar o riso.

— O quê foi?

— Nada, é só que... eu te amo, e a melhor coisa que eu fiz foi pedir aquele divórcio. — Sorri. — Você me faz tão bem...

Sorrio a olhando com intensidade.

Levo uma das minhas mãos até a sua nuca e início um beijo lento. Sinto o momento em que sua língua se encontra com a minha numa sincronia perfeita. Me levanto fazendo com que a Ruiva fique sentada sobre o meu colo. Seguro seu rosto com as duas mãos sem cessar o beijo.

Só nos afastamos quando ouvimos...

— Que porra é essa!?

Assim que olhei para cima me deparei com Holly e Lizzy que haviam nos pegado no flagra. Tirei Regina do meu colo rapidamente me levantando em seguida com o rosto totalmente corado.

- Eu posso explicar!
.
.
.
.
.
.
.
GENTEEE, ñ tive tempo de revisar entt me desculpem se tiver alguns errinhos.😉

Querida, Johansson Onde histórias criam vida. Descubra agora