Capítulo Trinta e Seis

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Após nos divertimos abessa, Regina, me contou que ainda não havia acabado a nossa noite e que tinha muita coisa ainda para acontecer. Confesso que estava ansiosa. Agora nós nos encontrávamos novamente no seu carro. Senti meu celular vibrar e fui dar uma olhada me deparando com diversas mensagens das meninas. Olhei para o relógio do aparelho que indicava agora 20:30. Desliguei o celular guardando no porta luvas.

— Deveria responder as suas amigas.

— Elas não são a minhas amigas, Regina.

— Sim, elas são! E mesmo eu detestando-as pelo fato delas serem desagradáveis, eu tenho que admitir que elas gostam de você e isso é o que importa.

— Elas devem gostar muito de mim mesmo, para até você admitir e pedir que eu volte a falar com elas. — Balanço a cabeça dando um sorriso de lado.

A Ruiva me olha por um segundo.

— Elas se importam com você, Hope, as duas também te amam e são a sua família. Não se engane, eu não gosto delas e nem queria estar te pedindo para voltar atrás e conversar com elas, mas eu sei que você vai sentir muita falta das únicas pessoas que estiveram com você por todos esses anos, e eu não gosto de ver você triste...

— Regina...

— Não, deixa eu continuar, Hope! — Assinto me atentando as suas palavras. — Eu morro de ciúmes delas com você, não tanto da Holly, mas da Lizzy... porque eu sei que vocês já ficaram juntas... — Tento dizer algo a minha defesa mas Regina não permite. — Eu já até vi vocês se beijando na sala logo quando nós nos conhecemos.

— Mas foi só uma vez e nós não estávamos juntas.

— Eu sei que é por isso e também como você não ficaria com ela? A Lizzy é tão bonita, ela tem um corpão, talvez seja divertida e engraçada, vocês se conhecem a mais tempo e o pior de tudo... Ela é jovem.

— Mas ela não é você e é de você que eu gosto! É você quem eu quero! — Olho para a Ruiva ao meu lado, ela parecia pensativa agora.

Um silêncio se forma no ambiente mas não um silêncio constrangedor e sim, necessário. Eu queria deixar claro que a Regina é tudo o que eu preciso e não a Lizzy e nenhuma outra mulher... Então quando o sinal se fechou, Regina parou o carro e me encarou com os lábios entreabertos e com uma expressão mais leve. Ela piscou algumas vezes até finalmente tomar coragem para me falar.

— Eu só queria dizer... que eu te amo e apesar de ter medo de te perder, eu quero o melhor pra você e o melhor são elas, suas amigas. — Sorri acariciando o meu rosto e depositando um beijo no meus lábios. — Volta a falar com elas, por mim... por favor, Hope, eu não quero que vocês briguei por minha causa.

O sinal se abre.

A Ruiva volta a dirigir.

Apoio minha mão na sua coxa e sorrio.

— Está bem.

Regina balança a cabeça positivamente sorrindo em seguida.

Paramos enfrente a sua antiga casa um tempo depois. Confesso que estranhei, acaso a Regina iria invadir aqui novamente? Olhei para a Ruiva ao meu lado que ao descer do carro deu a volta indo abrir a porta para mim. Segurei na sua mão e sai de dentro do veículo.

Olhei para Regina e estreitando os olhos.

— Nós vamos invadir de novo?

— Não. — Ela sorri.

— E então?

A Ruiva tira de dentro do seu bolso umas chaves e me entrega. Franzo a testa confusa e esperando uma explicação plausiva.

— Preston, mentiu durante todo esse tempo. Eu não perdi a minha parte na fortuna e sim ele. — Noto seus olhos se encherem pelas lágrimas. — Cada um tinha o seu dinheiro, nós éramos independentes quando se tratava disso e então ele perdeu tudo com jogos de azar, mulheres, festas... E ele não aceitou a ideia de só ele ter perdido os seus bens, então ele suborno diversas pessoas para me convencer de que eu também perdi tudo e durante todo esse tempo eu me senti culpada, pensei que fosse a minha culpa. Preston, para sustentar a mentira me trouxe para morar naquele bairro com a desculpa de que iria conseguir recuperar o nosso dinheiro...

Fico boquiaberta.

Eu estava chocada.

— E-eu sinto muito, Regina.

— Por quê? — Ela franze a testa.  — Ter mentido pra mim foi a melhor coisa que o Preston já fez. Se não fosse por ele...

— ...Nós nunca teríamos nos conhecido. — Completo.

— Isso.

A mesma se aproxima segurando o meu rosto com as duas mãos e me olhando intensamente.

— Hope...

— O quê?

— Você quer vim morar comigo?
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GENTEEE, obg pelos 1K de leitura!! 💐

Querida, Johansson Onde histórias criam vida. Descubra agora