Capítulo Dezesseis

1.2K 124 15
                                    

Andei durante uns quinze minutos, não era tão tarde assim e pelo menos os estabelecimentos se encontravam abertos e a rua movimentada o suficiente. Eu realmente conhecia vários lugares daqui, mas esse local era desconhecido por mim. Porque raios a Addison resolveu alugar um salão no fim do mundo?

Sério eu tava pistola.

E o pior de tudo é que eu estava sem bateria no celular, sem dinheiro para táxi e com fome. Isso não podia ser pior. Pelo menos eu tinha a minha boca e dizem que quem tem boca vai em Roma.

Brookyn então não deveria ser tão difícil.

- Oi, você poderia me dizer aonde eu estou? Que rua é essa? - Pedi informação para um senhor que passava.

- Não, eu estou com pressa! - Falou apressadamente e passando reto.

- Então vai, eu não queria sua ajuda mesmo, otário!

Bufo de raiva.

Vou até a faixa de pedestres, esperando um ser iluminado parar para mim atravessar. Mas uma cadela passa em disparada, jogando toda a água de uma poça em mim. Fecho os olhos com força e respiro fundo para não surtar. Assim que abro os olhos, me deparo com o vestido todo sujo.

Pronto agora a Regina vai me matar!

- Mas que PORRA! - Exclamo.

- Minha santa Lady Gaga, mas que boquinha suja a sua. - Ouço uma voz masculina porêm fina, dizer.

Me viro devagar e me deparo com uma travesti.

- É que eu estou perdida, longe de casa, com fome e agora com o meu vestido todo detonado. - Choramingo me sentando na calçada.

- Oh, minha querida. - Se senta ao meu lado. - Me diz, aonde você mora?

- Eu moro no Brookyn.

- Realmente, você está bem longe de casa. - Me olha colocando a sua mão no meu ombro. - Mas por favor, não chora. - Enxuga as minhas lágrimas. - Eu vou te ajudar a chegar em casa.

Sorrio, me sentindo aliviada.

- Muito obrigada, sério! Mas como você vai me ajudar? Você vai me dar dinheiro para o táxi?

- Meu amor, você sabe quanto custa daqui até o Brookyn? - Faço que não com a cabeça. - Custa um dia no salão com manicure e tudo! E infelizmente eu não tenho esse dinheiro.

Abaixo a cabeça cabisbaixa.

- Mas então o quê eu vou fazer? Vou ter que ir a pé até em casa.

- Você vai pastar pra chegar em casa a pé. Olha vem comigo, eu sei como você pode conseguir dinheiro. - Sorri se levantando e me estendendo a mão.

- Eu não vou vender meu corpo ou drogas.

- Desse jeito você até me ofende. Uma dama como eu nunca me sujeitaria a isso, afinal de contas você é só uma menina.

Me levanto rapidamente e segurando sua mão.

- Me desculpa, eu não queria te ofender, acredita em mim? - Pergunto. - Olha vamos começar de novo? Eu me chamo Hope. - Sorrio.

Ela me olha dos pés a cabeça me analisa para enfim dizer.

- Tudo bem, mas só porque você é um encanto. - Sorri. - Muito prazer, Hope, eu sou a Candy.

- Você é muito boa pra mim, obrigada. - À abraço.

Eu raramente sabia como demostrar gratidão e também não sabia o que dizer quando alguém me tratava tão bem, então abraçar foi o jeito que eu encontrei.

Querida, Johansson Onde histórias criam vida. Descubra agora