Capítulo Vinte e Oito

931 100 22
                                    

Regina Johansson🍒

Entrei no meu ap após ter deixado Hope na sua porta. Fui até a minha cozinha e abri a geladeira tirando de lá uma jarra de suco e pegando um copo em seguida. Despejo o líquido sobre o meu copo e vou em direção da sala, me sentando sobre o sofá.

Lembranças do que aconteceu mais cedo vieram átona na minha cabeça, e, eu não me arrependia de ter defendido a Hope, muito pelo contrário. Eu não aguentei ouvir tudo o que Preston falou para ela e me vi na obrigação de defende-la.

Mas eu conheço o marido que tenho, Preston, não deixará barato o que eu fiz. Na sua cabeça eu o humilhei e isso ele não iria tolerar. Independente do que acontecer, eu nunca vou me arrepender de proteger a pessoa que eu mais me importo nesse mundo. Parece até brincadeira, quem diria que eu iria me apegar tanto à ela? Hope é tão doce, carismática e inofensiva. Sem contar na cereja do bolo, sua beleza. Ela pode ter a pessoa que ela quiser e as vezes eu não entendo o que ela viu em mim para me querer. Eu uma mulher de quarenta e três anos ao lado de uma de dezenove. Meu Deus isso é uma loucura!

Se passaram horas e mais horas, já estava escurecendo quando Preston voltou para o apartamento.

— Regina! — Ele exclama.

— Eu estou aqui na sala. — Aviso.

Desde que eu cheguei não tive coragem de ir para nenhum outro canto enquanto ele não chegasse. Para dizer a verdade eu fui só até o quarto para trocar de roupa.

— Aonde você estava com a cabeça para escolher aquela putinha ao invés do seu marido? — Percebo ele mais alterado do que antes.

— Não fala assim dela...

— O quê? — Ele solta uma gargalhada irônica. — Como assim? Você continua a defendendo?

Balanço a cabeça em concordância.

— Você estava muito alterado naquela hora. Voltar sozinho foi bom para você esfriar a cabeça e eu nunca deixaria a Hope naquele fim de mundo e ainda por cima, sozinha!

— Hope? Até o nome dela parece de uma prostituta.

— Cala a boca, Preston! — Exclamo. — Não vou permitir que a ofenda dessa maneira.

— Não me diz que você se sente atraída por aquela menina. — Ele me encara esperando que eu negue porêm eu me calo virando o rosto para o lado. — Então quer dizer que você ainda está com essa ideia de ser lésbica?

Balanço a cabeça para os lados e dessa vez sou eu que rio da sua cara. Me levanto e vou em sua direção.

— Eu sempre gostei de mulher e você sabe disso, nunca foi uma ideia ou uma escolha. Não me entenda mal eu sempre serei grata por você ter me tirado da pobreza e ter me abrigado na sua casa. No começo eu estava um pouco confusa com a minha sexualidade e foi só por isso que eu aceitei me casar com você, mas quinze anos de casados não foram o suficiente para esconder o que eu sinto e o que eu sou, e graças a Hope, tudo ficou mais claro...

Preston se aproxima tomado pela a ira. Sinto meu rosto queimar com o tapa que ele havia me dado, fazendo com que eu caísse sobre o sofá. Olho para ele amargamente enquanto passava a mão pelo meu cabelo.

— E o que você acha? — Pergunta em um tom irônico. — Você realmente acha que essa garota te ama?

— Amar é uma palavra muito forte, mas eu posso ter certeza que ela também se sente atraída por mim.

Ele volta a rir.

— Você é burra!? — Ele exclama. — Essa menina não gosta de você! E como gostaria? Você é velha demais para ela, tem idade para ser a sua mãe, além disso aquela menina é muito gostosa e bonita... acha mesmo que ela vai perder anos de sua juventude ao seu lado?

Querida, Johansson Onde histórias criam vida. Descubra agora