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Dias depois

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Dias depois...

Nunca achámos o grupo, mas Daryl nunca se afastou de mim, pelo contrário.
Achamos uma casa no meio da floresta, com uma vedação de ferro, e entrámos, vendo que tinha velas e armários cheios de comida. Talvez tivéssemos alimentos para um mês. Então, decidimos ficar ali.
Nesse dia, eu estava sentada junto ďa janela, olhando a floresta na parte da frente da casa. Me sentia estranha. Por um lado me sentia triste por ter perdido meu irmão, sem nem saber se ele estava vivo ou morto e por termos nos afastado do grupo; por outro eu me sentia segura com o Daryl. Parecia tão normal, como se sempre tivéssemos vivido assim. Só nós dois.
Vi movimento perto das árvores, junto do limite da floresta e fiquei atenta, abaixando a mão onde eu apoiava o rosto.
Daryl saiu do meio das árvores, segurando a besta no ombro e olhando para os lados. Na outra mão, pendurado por uma pata, estava um coelho. Ele olhou em frente e vi ele olhar para a janela onde eu estava. Fez um aceno com a mão que segurava a besta, andando até á casa.
Sorri, balançando com a cabeça, e levantei da cadeira, colocando um pedaço de cabelo para trás da orelha enquanto ele abria a porta e entrava.
Daryl colocou a besta no chão e depois me olhou.
- Trouxe o jantar.
Eu ri. - Que cavalheiro.
Ele revirou os olhos e se dirigiu na cozinha.
Segui ele como cachorrinho, sentando em cima da mesa e fiquei vendo ele abrir o animal, de costas pra mim.
- Não deixou o fogo apagar, né? - Perguntou.
- Não sou criança, Daryl.
- Sei.
- Quer ajuda? - Perguntei.
- Quero. Vai proteger as janelas, temos de acender as velas, está escurecendo.
Revirei os olhos, fazendo careta e andei até á porta da cozinha.
- E não adianta fazer careta. - Disse ele.
Franzi o cenho. - Você tem olhos nas costas?
Ele me olhou por cima do ombro. - Eu te conheço o suficiente, Walsh.
- Credo. - E saí.
Fechei e protegi todas as janelas, acendendo depois as velas e passando pela sala para colocar um novo pedaço de madeira na fogueira.
Estiquei as mãos, abertas, sentindo o calor tocar a minha pele.
Algum tempo depois, já estávamos sentados á mesa, comendo o coelho que Daryl caçara. Nenhum de nós falou nada durante um tempo, mas eu peguei o caipira me olhando, parecendo parado no tempo.
- O que foi? - Perguntei.
Ele negou com a cabeça. - Nada.
- Nada? E estava me olhando porquê? Olha, eu juro que não vou surtar de novo, tá?
Eu tinha surtado á uns dias atrás, por me sentir esmagada com todos os acontecimentos e por não saber do paradeiro de ninguém do grupo, nem termos achado eles.
Ele sorriu de canto e depois olhou o prato de novo.
- Só queria saber se eles estavam vivos.
Daryl me olhou de novo e assentiu.
- Se estiverem, um dia a gente acha eles.
Ergui o olhar para ele e suspirei, encostando para trás.
- É, mas... Eu estou gostando disso aqui. Escuta. - Olhei em volta e de novo para ele. - Silêncio. Não tem problemas, brigas, gritaria... Não tem Rick e Shane se pegando na porrada e nem loiras loucas atirando em você... É tranquilo.
Daryl assentiu. - É. É diferente.
Assenti. - Bastante. - Levantei e fui em direção do sofá, sentando, já terminara de comer, mesmo.
Fiquei olhando as chamas e depois de um tempo, Daryl sentou do meu lado.
As noites estavam cada vez mais frias e tinhamos de achar mais madeira, se queriamos sobreviver. Por sorte, quem morava ali tinha bastante cobertor e mantas, pelo que conseguiamos, pelo menos, dormir quentes.
- Eu sei que você sente a falta dele. - Disse Daryl.
Olhei ele e depois para o fogo. - Era um merdoso, mas sim, sinto falta do meu irmão. - Olhei ele e sorri. - Mas você é uma ótima companhia. - Suspirei. - Valeu por ter me procurado naquele dia.
Ele assentiu, mordendo o lábio.
Fiquei olhando ele, vendo aqueles olhos azuis me observarem com atenção. Percebi, nesse momento, que poderia ficar horas olhando ele. Depois, meu cérebro percebeu que estava olhando Daryl feito doida e sorri, um sorriso fraco e bem rápido, já que minha mente vacilou de novo e eu me perdi novamente no seu olhar.
Senti uma coisa estranha dentro de mim, algo que não sentia á imenso tempo, mas que surgira no dia que achara os Dixon. Meu coração reconheceu esse sentimento e começou a bater que nem doido. Achei até que Daryl conseguisse escutar ele.
Depois senti uma enorme vontade de me aproximar dele e me inclinei, bem devagarinho, esperando uma reação furiosa da parte dele, mas Daryl permanecia quieto. Parei, analisando sua expressão, se eu poderia me aproximar mais...
De repente, me pegando de surpresa, senti a mão dele subir no meu rosto e Daryl fechou a distância entre nós, colando seus lábios nos meus e me beijando com urgência.
O desejo que senti nele era tão esmagador, que ergui as mãos e rodeei seu pescoço com os braços, colocando as mãos nos seus cabelos.
Uma das mãos de Daryl baixou e parou na minha coxa, apertando ligeiramente e seu corpo se colou no meu.
Sem nunca pararde beijar ele, subi no seu colo, sentindo ele agarrar minhas coxas com mais força, e soltar um som abafado.
Agarrei o seu colete e tirei, tirando depois sua camiseta e a boca dele atacou o meu pescoço, enquanto ele puxava minha blusa e descia até o cimo dos meus seios.
Lancei a cabeça para trás, de olhos fechados, aquele homem não tinha noção do que estava fazendo comigo.
Ele voltou no meu pescoço, arrancando meu sutiã e uma das suas mãos agarrou num dos seios, enquanto sua boca voltava na minha.
Desci as mãos pelo seu peito e abri o botão da sua calça, fazendo força com os joelhos para me erguer um pouco e conseguir puxar elas. Ao mesmo tempo, Daryl puxava as minhas e eu ri, de encontro aos seus lábios, pois aquilo parecia uma luta grega.
Voltei no seu colo, os dois completamente pelados, e senti uma urgência enorme em ter ele para mim.
Mordi seu pescoço e Daryl gemeu, apertando minha cintura e foi quando eu sentei no seu membro já pronto para mim.
Sentei devagarinho, com a minha testa encostada na dele, e mordi meu lábio. Aquilo era uma sensação maravilhosa. Depois, aos poucos, fui me movendo mais rápido, com mais desejo, e Daryl gemeu de novo, beijando meu pescoço.
Gemi alto, arranhando seus ombros e joguei a cabeça para trás. Senti as mãos de Daryl percorrendo as minhas costas e agarrarem no meu cabelo e não aguentei mais. Me movi mais rápido, gemendo que nem doida, me desfazendo toda.
Não contente com isso, Daryl me segurou e trocou de posição, me deitando no sofá e se colocando em cima de mim.
Rodeei sua cintura com as minhas pernas e deixei ele entrar em mim de novo.
Ele segurou uma das minhas coxas, enquanto me dava a melhor sensação do mundo, com movimentos cada vez mais rápidos, misturando nossos gemidos, até que, do nada, Daryl saiu de dentro de mim e baixou a cabeça, apoiando a testa no meu peito, gemendo mais forte, e eu senti seu corpo tremer, até que tudo parou.
Ficámos assim uns minutos, respirando com dificuldade, até que ele parou de fazer força com os braços e deitou a cabeça no meu peito. Coloquei meus braços nas suas costas e ficámos assim, em silêncio, até que peguei no sono.

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