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Semanas depois...

Saí para a frente da casa, respirando fundo todo aquele aroma a liberdade e Natureza... Bebi um pouco mais do suco de cenoura que tinha conseguido fazer e ele saiu atrás de mim, parando junto das escadas e olhando a floresta.
- Você deveria voltar.
Olhei aquele olho azul e sorri.
- Ainda não posso, Jesus, não totalmente. Minha cabeça ainda está... Meio... - Balancei a mão e depois olhei o chão antes de olhar ele de novo. - Estou tendo pesadelos de novo. Agora minha mente mistura Negan e a guerra que eu vivi, tudo no mesmo saco. Aí todo mundo morre e Negan me tortura de novo, de forma pior.
- Já falou com o Dixon?
Neguei com a cabeça.
- Deveria, Leah. Se vocês viveram algo assim tão forte, e ele parece continuar se importando, você deveria contar. Aliás, vocês deveriam voltar a ter o que tinham.
Sorri. - Não dá, não daquele jeito. Daryl me odiou em algum ponto desse tempo em que estive com Negan, mesmo que ele não admita.
- Duvido. Acho que isso sim, é coisa da sua cabeça. - Jesus sorriu. - Ele já falou que nunca odiou você.
- Tá. - Eu ri.
Ele riu junto comigo mas depois, olhámos para a frente, escutando algo.
Jesus sorriu, pegou suas coisas e me olhou.
- Barulho de moto significa que eu tenho de ir. - Falou. - Ele vem sempre tão cedo? - Riu.
- Não precisa de ir, Jesus.
- Não quero atrapalhar. Até depois, bonitinha.
Vi Jesus desaparecer pelo lado da floresta oposto aquele onde Dog apareceu correndo e latindo que nem doido, subindo as escadas e parando junto de mim. Abaixei e fiz carinho nele, recebendo muitos "beijos caninos" nos braços e no rosto.
- Ah para com isso. - Ri.
Logo uma moto apareceu, parando bem na frente da minha casa, e o caipira desligou ela, descendo, pegando a besta e umas sacolas e subindo as escadas.
Levntei, com Dog fielmente sentado encostado na minha perna, e sorri.
- Oi estranho.
Ele me sorriu. - Oi. - Indicou o cão. - Dog estava com saudades suas.
Eu ri e cruzei os braços sobre o peito, assentindo. - Ah, que bom.
Daryl me entregou as sacolas. - Alexandria mandou algumas coisas e o Reino mandou suas preciosas maçãs e vegetais. - Depois de eu pegar elas, ele indicou meu copo. - E Ezekiel enviou mais cenouras.
Assenti e indiquei a porta. - Quer entrar?
Daryl assentiu e eu entrei em casa, chamando Dog. Coloquei tudo na cozinha e retirei um osso enorme que guardara, de cima da bancada da cozinha e entreguei para o Dog, que pareceu ficar feliz com aquilo.
- Vai ficar mal acostumado. - Falou Daryl sentando numa das cadeiras junto da mesa. - Onde achou?
- Matei um veado ontem. Estava esperando você e o cachorro aparecerem para dar esse osso a ele.
Daryl pareceu surpreso. - Matou?
- Uhum. Guardei um pouco para você levar para Alexandria e já entreguei um pouco para Hilltop.
Ele franziu o cenho. - Maggie esteve aqui?
- Não. Jesus.
Daryl revirou os olhos. - Ah, o cabeludo.
Eu ri. - Deixa de besteira.
Ele ergueu as mãos como se se rendesse, mas depois me olhou sério.
- Você poderia voltar comigo. Para Alexandria.
Suspirei e encostei na bancada. - Negan ainda está vivo?
Daryl assentiu. - Sim.
Sorri. - Não dá.
- Como não?
- Estou tendo pesadelos de novo. E tem toda aquela questão de Maggie me odiar e... Eu não sei se conseguiria viver no mesmo local que Negan.
Daryl deu de ombros. - Negan está preso.
- Mesmo assim. Ele fez demasiadas coisas, matou Glenn... Não consigo esquecer. E ele pegou você e... - Me afastei da bancada e me coloquei na frente dele. - Sinto sua falta. Desde aquela noite em que Shane me achou.
Daryl pegou minha mão, afastando as pernas e me puxando para junto de si, me pegando de surpresa. Tirei alguns fios de cabelo do seu rosto. Ele rodeou minha cintura com os braços e colocou sua cabeça junto da minha barriga.
- Não consigo ficar longe de você. - Falou. - Por isso venho aqui, todos os dias, todo esse tempo. - Ele se afastou e me olhou. - Eu não...
Segurei seu rosto e beijei ele e foi como da primeira vez, aquele beijo cheio de desejo e queimando.
Daryl levantou e, me agarrando pela cintura, me puxou para cima e eu coloquei minhas pernas em volta da sua cintura.
Ele continuava me beijando mas depois se afastou e me olhou, como se tentasse perceber alguma coisa. Eu estiquei o braço, indicando a direção do quarto, e ele me levou até lá, me colocando suavemente em cima da cama.
Senti seu corpo prendendo o meu contra a cama e tirei sua camiseta e jogando no chão. Daryl tirou a minha e senti sua boca no meu pescoço, me fazendo sentir algo que não sentia á muitos anos. Fechei os olhos e deixei ele retirar toda a minha roupa. Daryl sabia onde apertar e onde me tocar, parecia que ele não esquecera um único detalhe.
Assim que tirei sua roupa, Daryl não esperou mais e senti ele entrando em mim, me fazendo soltar um gemido e arranhar suas costas.
Depois de algumas estocadas fortes, empurrei ele e trocámos de posições, ficando eu por cima, sentando em cima do seu membro e gemendo de prazer, ao mesmo tempo que ele apertava minha coxa e juntava seu gemido com o meu.
De repente, do nada, Daryl me empurrou e me deitou de novo, entrando em mim com uma urgência doida, me fazendo gemer alto com tudo o que estava sentindo. Então, Daryl saiu de dentro de mim, tal como da primeira vez, e senti ele tremendo sob as minhas mãos, antes de se deixar cair do meu lado, respirando rápido.
Fiquei de lado, olhando seu rosto, agora de olhos fechados, e sorri. Eu amava aquele homem mais do que qualquer coisa no mundo.
Tirei os cabelos da frente do seu rosto e ele abriu os olhos.
- Que foi? - Perguntou.
- Nada. - Peguei a mão dele e ergui, junto com a minha, brincando com nossos dedos juntos e sorri. - Eu nunca desisti de você.
Ele se chegou um pouco mais perto de mim. - Nem eu de você, mas após tantos dias procurando e nada... Eu pensei...
- É, eu sei.
Daryl respirou fundo. - Se você não quer voltar a Alexandria por enquanto, tudo bem. Eu e o Dog ficaremos com você.
Parei de mexer nossas mãos e olhei ele.
- O quê?
- Se você deixar a gente ficar, claro.
Fiquei olhando ele e depois, de repente, segurei o seu rosto e beijei, me afastando e sorrindo.
- Claro que deixo, mas eles são sua família.
Daryl assentiu. - Não estão longe e... Você é mais importante.
Sorri de novo e me aconcheguei nos seus braços, sentindo ele me abraçando forte.
Ele era tudo o que eu precisava, tudo o que eu queria, e finalmente tinha Daryl de volta.

Heart's On FireOnde histórias criam vida. Descubra agora