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Daryl:

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Daryl:

Ele ficou vendo Leah se afastar com Rick, em direção á casa desse último. Daryl viu ela olhando em volta, como se não achasse aquilo possível. Tipo uma criança perdida numa loja de brinquedo.
Ele sentia sua falta, pensara que ela estava morta, e de repente ela apareceu junto de um homem horrível e ela era um deles. Leah cumpria as ordens daquele louco assassino, o louco que matara Glenn. Mas, mesmo assim, ver que ela estava viva e bem, foi incrível. Algo surgira de novo no seu peito e sua alma ficara mais leve. Sua garota estava viva, ali, mas ela não era alcançável, não mais. Ele achava que ela ficara mais distante do seu toque do que da primeira vez que viu ela. E depois existia o facto de ele ficar com vontade de matar todo mundo de cada vez que Negan, ou até mesmo aquele D.J. se aproximavam dela, tocavam nela...
Mas Daryl sabia que a forma como falara com Leah, a forma como olhara ela nesses últimos dias, tinham ferido a garota e ela, com certeza, nunca mais iria querer chegar perto dele. Daryl era um Dixon, e os Dixon feriam as pessoas que não deveriam ferir. Era a forma que achavam para se defender. Ele perdera a única garota que amara em toda a sua vida.
- Nem olha para ela. Não terá a menor chance e se o Negan percebe, ele acaba com você.
Daryl olhou para o lado, vendo D.J. mas não falou nada. Colocou a caixa no caminhão negro e lançou um olhar na casa de Rick. Que raio ele queria falar com ela? Leah não iria fazer Negan mudar de ideia, era impossível. A não ser que... Não! Ele não iria pensar nisso.
- Mas é estranho. - Continuava D.J. - A Leah deu ordem para ninguém machucar você e isso é estranho.
Daryl mordeu a língua para se impedir de mandar aquele idiota para um lugar onde ele, com toda a certeza, não gostaria de ir. Suspirou e continuou seu trabalho, ignorando aquele doido por quem Leah parecia ter um carinho especial. Pffff, o imbecil deveria ficar se achando.
- Idiota. - Rosnou Daryl, baixinho, quando se afastou.

 - Rosnou Daryl, baixinho, quando se afastou

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Leah:

- Agora que estamos entendidos, tem uma coisa que eu queria mostrar para você. - Falou Rick. - Mas tem de prometer que não conta para o Negan.
Assenti e ele levantou. Segui ele, subindo as escadas e entrando num dos quartos. Logo Carl levanta da cadeira e se coloca na frente de uma cama menor, um... berço?
- O que ela está fazendo aqui? - Perguntou, irritado.
- Carl, é a Leah. Ela tem o direito de conhecer a...
- Tem coisa nenhuma! - Explodiu Carl. - Ela não fez nada quando Glenn foi morto! Quando levaram o Daryl! Quando ela viu que era a gente naquela clareira!
- Carl!
Ergui as mãos. - Deixa Rick, ele tem razão. Eu sou o inimigo, agora. - Olhei o menino, que crescera bastante. - Desculpa, Carl.
- Pfff. Pedir desculpa não vai trazer o Glenn de volta!
Rick suspirou e depois se colocou junto do berço, fazendo sinal para que Carl se afastasse.
Vi uma menina, loira, de olhos escuros, nos olhando e ela sorriu para Rick. Franzi o cenho enquanto ela esticava os braços e Rick pegava ela. Depois ele me olhou.
- Leah, essa é a Judith.
Olhei a menina, eu conhecia aquela forma de olhar.
- Ela é... sua sobrinha. - Falou Rick.
Olhei ele, pega de surpresa. Aquela era a filha do Shane? Como...
- E a Lori? - Perguntei.
Rick abaixou a cabeça. - Morreu no parto.
- Sinto muito. - Meus olhos continuavam presos na criança.
Carl cruzou os braços sobre o peito. - Daryl apelidou ela de bravinha.
Sorri. - Quê?
Rick riu. - Ele se apegou bastante a ela, acho que... ele se sentia perto de você quando estava junto dela. Quer pegar?
- Pai! - Carl estava indignado.
- Claro. - Respondi. - Se o Carl permitir.
O menino me olhou, confuso e depois assentiu.
Rick me deu a menina e quando senti ela nos braços, foi como se uma paz enorme me invadisse. Segurei as lágrimas, pois percebera de onde eu conhecia aquele olhar.
- Oi Judith. - Falei, sorrindo e fazendo carinho nela.
Abracei a menina e não aguentei, as lágrimas cairam pelo meu rosto. Eu tinha perdido tanta coisa... e agora nunca iria recuperar nada daquilo.
Entreguei a menina para Carl e limpei as lágrimas, rindo.
- Desculpem, Sargentos não choram. Mas... - Dei de ombros e olhei Rick. - Preciso descer. Mas obrigada por isso. De verdade.
Ele assentiu e descemos, indo na rua.
Vi algo que chamou minha atenção. Uma garota carregava uma caixa e uns Salvadores estavam em redor dela e um deles, um que eu odiava bastante, estava tocando no seu rosto e dizendo coisas ridículas.
- Hey! - Gritei me aproximando. - Deixa ela!
Ele me olhou. - Ela nos deve obediência.
- Deve coisa nenhuma! É uma adolescente, tá maluco?
Ele sorriu. - Ela vive aqui, a gente manda aqui agora.
Encarei ele. - Eu mando em vocês. Eu! E eu estou mandando se afastar dela.
Ele riu. - Mas ela é gatinha.
Sem pensar, tirei a katana da bolsa e avancei, cortando a cabeça dele, bum movimento tão rápido que ninguém conseguiu parar. Assim que a cabeça tocou no chão, espetei a ponta da katana, impedindo que ele se tornasse num morto andante. Sacudi a lâmina e só nesse momento percebi que todo mundo me olhava, incluindo Daryl.
Olhei a garota.
- Você está bem? - Ela assentiu e eu olhei Rick. - Desculpa pela bagunça.
Rick assentiu, parecendo perdido. - Tudo bem.
Olhei minha equipe. - Comportamentos desse tipo não serão tolerados! Se era isso que faziam com Simon, Regina ou David, não quero saber! Comigo não! A gente chega, pega nossas coisas e saímos daqui. Entendido? - Olhei eles e vi que todos assentiam. - Minha equipe, minhas regras. - Olhei para Rick. - Grimes, quero todas as suas armas. Todas!
Rick franziu o cenho. - Mas...
- Agora.
Ele ficou me olhando, mordendo o lábio e assentiu.
- Não! - Gritou uma garota com um chapéu verde, se aproximando de mim e levando a mão no cinto.
Ergui a katana na sua direção, parando a centímetros do seu pescoço. Ergui uma sobrancelha.
- Parada aí. Me dá suas armas.
- Você não pode levar nossas armas também! Como vamos nos defender?
Dei de ombros. - Se virem, não são sobreviventes? Qual seu nome, querida?
Ela bufou. - Rosita.
Sorri. - Rosita. Não irei esquecer. As armas, por favor.
Fiquei vendo minha equipe trazer um autêntico arsenal da cave de Alexandria e sorri, indicando o caminhão de Negan. Olhei para Rick.
- Nossa, roubou o quê?
Ele olhou o chão, mordendo o lábio e depois me encarou.
- São nossas armas.
Sorri. - Não são mais. - Levantei das escadas onde sentara, esperando, e mandei meus homens fecharem os caminhões. Olhei o Grimes. - Daqui a três semanas, Rick. Três semanas.
Ele assentiu.
Me afastei e mandei Daryl entrar no caminhão. Sorri para o ruivo, que me olhava ferozmente, e acenei. Entrei no caminhão, coloquei os óculos e saímos dali.
- Até que correu bem, não? - Olhei Daryl, mas ele permaneceu calado e eu sorri.

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