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Nessa manhã recebi a péssima notícia de que iria em Hilltop, já que Simon precisava ficar no Santuário para resolver umas questões com Negan

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Nessa manhã recebi a péssima notícia de que iria em Hilltop, já que Simon precisava ficar no Santuário para resolver umas questões com Negan. Essa notícia não agradou ao desgraçado, obviamente, e muito menos a mim. Sair do Santuário significava que Daryl ficaria sozinho, no meio daqueles loucos, doidos para dar uma lição nele. E foi o que acabou acontecendo, porque quando regressei, Daryl havia sido espancado feio.
Mas voltando a essa manhã.
Me preparei, e minha equipe, depois de comer alguma coisa e regressei no quarto para buscar minha jaqueta e minhas luvas. Quando estava saindo, fui empurrada de novo para dentro e encostada na parede.
Simon, na minha frente, segurava meu corpo com o dele e prendia meu pescoço como seu braço. Será que ele não sabia que eu podia facilmente sair dali? Que fora treinada para me defender? Talvez não, e eu deixei ele pensar que estava no poder.
Sorri. - Bom dia Simon, tá de bom humor hoje, hein?
- Deixa de ser engraçadinha, isso funciona com o Negan, não comigo!
- Credo homem, o que eu fiz para você?
- Está roubando meu lugar! Minha comunidade! Tudo! - Falou, com a raiva no rosto.
- Ah. - Respondi, apenas para deixá-lo mais irritado. - Sei. Mas primeiro: não roubei coisa nenhuma, segundo: já tenho uma comubidade, não preciso da sua, terceiro: se eu quisesse o seu lugar, eu te matava.
Simon riu. - Essa eu queria ver, baby doll. - Ele carregou no apelido e isso mexeu com meus nervos.
Rodei, segurando o braço dele e torcendo para trás, joguei ele na parede, onde seu nariz acabou batendo e começando a sangrar. Depois Simon tentou me atacar, mas eu fui mais rápida e soquei seu rosto.
Por fim, ele, segurando o nariz, me olhou.
- Vadia!
Me aproximei dele. - Não tenho medo de você e nem de ninguém e não quero seu lugar de merda! Apenas cumpro ordens e se sou melhor do que você isso já é um problema seu! - Dei um novo passo na direção dele. - Experimenta tocar em mim de novo.
Abri a porta do quarto e ordenei que ele saisse dali. Depois fiquei parada, respirando calmamente para me acalmar, ergui o queixo e saí dali. Tinha trabalho a fazer.

Pulei do caminhão negro, entrando em Hilltop e recebendo olhares de todos os presentes ali. Mandei meus homens esperarem enquanto um cara de olho azul, cabelo longo e barba se aproximava, de cenho franzido.
- Leah?
Sorri. - Oi cabeludo.
- Porque ele enviou a Sargento? Cadê o Simon? - Murmurava alguém pensando que eu não conseguiria ouvir.
- Cadê o Simon? - Perguntou Jesus.
- Prefere ele?
- Preferia que nos deixassem em paz.
Eu ri e depois encarei ele.
- Soube que o Dr. ajudou a viúva. Cadê ela? - Perguntei.
Jesus olhou o chão e depois para mim novamente.
- Ela... Ela estava bastante doente. Não resistiu. E aquele tempo todo na clareira não ajudou.
Mordi o lábio e assenti.
- Que pena, eu gostava da Maggie.
Ele assentiu. - Você ficou com Hilltop, agora?
Olhei ele durante um bom tempo antes de responder, relembrando uma conversa... Jesus segurou meu olhar com o seu e eu assenti.
- Minha comunidade é Alexandria, isso são só... questões.
Jesus cruzou os braços. - O que vocês fizeram com o grupo do Rick...
- Jesus...
Um homem saiu às pressas da mansão, se aproximando e eu parei de falar. Ele parecia seriamente atrapalhado e parou na minha frente, franzindo o cenho e olhando meus homens.
- Leah? Cadê o Simon? O... o que você está fazendo aqui? Porque veio você?
Sorri. - Gregory, oi. Mudanças. - Olhei Jesus quando falei essa última parte, bem naquele olho azul. - Simon estava ocupado, sabe, Gregoo? Então... - Dei de ombros. - Adiante, soube que você tinha uma garrafa de whisky para o Negan?
Gregory sorriu. - Ah, claro, sim. Está no meu escritório. Sabe Leah, eu gosto de você e...
Ele se encolheu quando eu me aproximei dele e suas mãos tremeram.
Estreitei os olhos.
- Você não pode me comprar, Gregoo. E não me chama de Leah, é Sargento Walsh, ou apenas Walsh. Nada de confiança desnecessária.
- Ah, ok, tudo bem. - Ele balbuciou.
Balancei a cabeça . - Ótimo. - Fiz sinal aos meus homens para começarem a recolha e sorri para Gregory. - A garrafa, por favor.
Ele saiu apressado, em direção á mansão, me deixando ali, de pé com Jesus, já que eu não tinha intenção de entrar em lugar algum.
Gregory regressou passado algum tempo e me entregou a garrafa. Peguei e sorri, enquanto ele limpava as mãos na calça.
- É dos bons. - Falou, indicando a garrafa.
Dei de ombros. - Por mim... Eu nem bebo.
De repente, um homem apareceu do nada e veio em minha direção. Parecia irritado demais. D.J. se colocou do meu lado, pegando a arma mas eu toquei no seu peito, pedindo para esperar.
O homem, enorme, parou a poucos centímetros de mim, me encarando.
- Você? Agora é você que vem nos roubar? - Gritou ele. - Negan quer o quê com isso?
- E quem é você? - Perguntei calmamente.
Ele riu. - Sou o único que não tem medo de morrer, se puder levar alguns Salvadores junto! Incluindo você, Sargento! A queridinha do Negan. Você não acha que já passamos por muito? Agora em vez do babaca do Simon, Negan envia você? Era para você morrer? Porque nisso eu posso ajudar.
Entreguei a garrafa a D.J. e me aproximei do cara, só um passo e então, antes que ele pudesse fazer alguma coisa, tirei a katana da bolsa, rodei e sua cabeça caiu no chão. Escutei gritos e sons de surpresa por parte da comunidade. Ergui o queixo e sacudi o sangue da lâmina, olhando todo mundo.
- As regras mudaram! - Falei. - Quem quiser o mesmo destino que esse daí pode vir. Não? Ótimo. Simon não está aqui hoje e nem sei quando e se virá de novo. Portanto, para evitarmos mortes desnecessárias, eu sugeria que esse tipo de comportamento fosse evitado.
- Leah... Quer dizer, Sargento Walsh...
Olhei Gregory e ele não continuou a frase.
- Eu mando aqui na ausência do Simon, minhas regras. - Olhei Jesus. - Hora de coisas novas. - Depois olhei o líder de novo e indiquei o morto. - Melhor espetar a cabeça dele e limpar isso tudo. - Ergui o braço. - Vamos embora pessoal.
Minha equipe, que já pegara nossa parte, fechou os caminhões e entrou neles.
Sorri. - Até daqui a três semanas, Gregoo.
Assim que saí de Hilltop, meu rádio deu sinal e peguei ele.
- Leah. - Falei.
- Baby doll, assim que chegar, pega a pick up. Temos um trabalho a fazer.
Revirei os olhos enquanto dirigia só com uma mão.
- De novo?
Negan riu do outro lado. - Nossas armas, querida, nossas armas.

Heart's On FireOnde histórias criam vida. Descubra agora