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Ergui a katana e tentei abrir a cabeça do Negan, mas ele desviou meu ataque

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Ergui a katana e tentei abrir a cabeça do Negan, mas ele desviou meu ataque.
- Pára com isso! - Gritou.
- Você matou o Shane! Fez minha vida um inferno! - Gritei, atacando de novo.
Negan ergueu o pedaço de ferro e tentou bater no meu rosto, por pouco não conseguindo.
- E daí? Graças a mim você achou o Daryl e agora até tem uma espécie de filha!
Aquilo me irritou. Larguei a katana e chutei a mão dele, fazendo largar o ferro. Depois soquei seu rosto e coloquei minhas mãos no seu pescoço.
Negan me afastou, conseguindo mesmo socar meu rosto.
Senti o gosto de sangue na boca e olhei ele, que ergueu as mãos.
- Chega, Leah.
- Eu que decido quando chega!
Corri de novo e abaixei quando ele ergueu a mão para me socar de novo, chutei sua perna, por trás, fazendo ele cair. Agarrei ele, ao mesmo tempo que minha outra mão se fechava em torno da katana, prendi seu corpo de encontro ao chão e coloquei a ponta da lâmina junto do seu pescoço.
Negan ergueu as mãos.
- Mata, anda logo. Cansei de tudo isso, já.
Franzi o cenho. - O quê?
- Eu deveria estar morto. Você deveria ter me matado quando teve a chance, depois que fugimos. Anda, acaba com isso.
Abaixei a katana e joguei a cabeça para trás, respirando com dificuldade, e depois olhei ele de novo.
- Prometi levar você vivo.
Saí de cima do Negan e deitei de costas, cansada, do lado dele, sem nunca largar a katana.
Negan riu. - Em outros tempos essa luta teria sido épica.
Não aguentei e tive de rir junto com ele. Mas assim que comecei a rir, não consegui mais parar.
- Tem razão, mas você bagunçou minha cabeça. - Eu ri bastante. - Tenho pavor a música, agora.
Negan ria. - Que estupidez. Mas eu sei que peguei pesado, foi mal baby doll.
Parei de rir e encarei ele.
- Não sou baby doll.
Ele ficou me olhando e depois rimos de novo.
- Eu gostava de você, Walsh.
Parámos de rir e fiquei olhando o teto do que outrora fora o Santuário.
- Estranha forma de gostar.
Ele suspirou e colocou as mãos sobre o peito.
- Desde a Lucille eu não... Nada fazia sentido.
- Pfff, eu também perdi pessoas e não saí por aí matando todo mundo.
Ele me olhou e vi que, apesar de serem os mesmos olhos que me olhavam dantes, não o faziam da mesma forma.
- Eu lidava de modo diferente.
- É... infernizando a vida de todos.
- Walsh, você conhecia mesmo o Daryl, antes?
Assenti. - Desde o início dessa merda. Fui eu quem trouxe ele e o irmão para o grupo. - Sorri. - Você iria gostar do Merle.
Ele levantou e esticou a mão para eu agarrar. Segurei e ele me puxou, me ajudando.
- Vamos, não tem mais nada aqui e você disse que me levaria de volta. Na verdade, prefiro voltar e encarar a cela. Esse mundo não é mais o mesmo.
Coloquei a katana na bolsa e assenti, fazendo sinal para Negan ir na frente, saindo do Santuário.
Depois de sairmos pela porta, um pequeno grupo de zumbis apareceu bem junto da gente, não eram muitos e poderiam ser facilmente derrotados, mas três deles foram em direção do Negan.
Peguei a katana de novo e matei os que estavam do meu lado, cortando duas cabeças e espetando elas depois. Mas aí percebi que algo não estava bem e olhei para o lado.
Negan lutava contra os três... e estava perdendo.
Fiquei observando apenas, sem nem me mexer, e na minha mente, surgia todo um plano para explicar a morte de Negan. Poderia acontecer, certo? Ele poderia ser pego, tal como agora, e eu levaria seu corpo andante até Alexandria para provar que não fora eu.
Os olhos dele encontraram os meus e eu soube que Negan percebera que eu iria deixá-lo morrer. A desilusão e a derrota eram bem visíveis neles e então Negan começou a parar de lutar, aos poucos.
Franzi o cenho. Assim não tinha graça.
- Droga! - Bufei.
Segurei a katana firme na minha mão e avancei até ele, erguendo e matando dois zumbis. O terceiro estava mais próximo de Negan, já bastante junto do seu rosto. Estiquei a mão, agarrei a jaqueta do morto e puxei com força, fazendo o zumbi cair no chão, fazendo aqueles sons nojentos e esticar as mãos para as minhas pernas. Sem nem pestanejar, ergui a katana e espetei a cabeça dele. Depois sacudi o sangue, limpei na blusa dele e guardei.
Olhei Negan e vi que ele me olhava.
- Você ia me deixar morrer, não era?
Assenti. - Ia sim. Mas depois lembrei que Judith protege você com tudo. E ela é minha sobrinha, então...
Ele franziu o cenho. - Quem falou isso para você?
Dei de ombros. - Não te interessa! Agora vamos embora antes que eu mude de ideia de novo e você acabe morrendo.

Assim que chegámos perto de Alexandria, Dog saiu pelo portão aberto, já que um carro acabava de chegar, e correu até mim. Abaixei um pouco e fiz carinho nele, vendo Daryl parando na frente do portão e quase respirando de alívio quando me viu.
Parei junto dele e sorri.
- Oi estranho.
- Demorou. Você está bem? - Perguntou.
Assenti. - Estou ótima. Cadê o Rick? Tenho de levar esse presente para ele.
Negan revirou os olhos e ficou olhando em frente.
Daryl olhou ele e depois de novo para mim. - Deveria ter deixado morrer.
Eu ri. - Tentei, mas sabe como é. - Dei de ombros.
- Leah...
Sorri. - Estou bem, Daryl. Ainda estou toda bagunçada mas esse tempo lá fora, serviu para algumas coisas se encaixarem na minha mente.
Ele ficou me olhando. - Somos amigos do Negan, agora?
- Não, idiota. - Peguei sua mão.
- Ótimo, porque eu já falei com Rick e partimos hoje.
Olhei aquele olho azul e assenti, respirando fundo. Iria voltar para casa.
- Ah, pelo amor de sei lá o quê! Encontrem um quarto, ou então me deixem sair daqui antes de começarem nesse mimimi todo. Ninguém merece.
Daryl olhou Negan por cima do meu ombro, enquanto eu  revirava os olhos. O caipira tentou chegar em Negan, mas eu coloquei as mãos no peito dele e impedi, mas ele me lançou um olhar sério e eu sorri fraco.
- Deixa ele. Além disso, vamos embora logo, tem coisas mais interessantes para a gente fazer lá em casa. Podemos enviar Lydia e Dog para caçar... Assim a casa será toda nossa.
Daryl me olhou, pego de surpresa, estreitou os olhos e meio que sorriu.
- Sabe que não é só por isso que eu gosto de você, né?
Assenti. - Sei, mas também é.
Ele agarrou na minha mão. - Anda, vamos logo.
Segui ele, rindo, mas lancei um último olhar para Negan. Ele me olhava de uma forma estranha, como se estivesse... feliz.

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