Marcada por um trauma de infância que lhe causou sequelas emocionais e físicas,a tímida Rosalinda Valentino se envolve com Jhone Marlione,um jovem de família rica e sobrevivente de um massacre.
Atraídos um pelo outro,Jhone e Rosalinda criam uma...
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Era madrugada de 25 de dezembro de 2017.
Estava escuro e frio no pinheiral de Santiago quando o velho Raimundo Batista corria desesperado entre os pinheiros. Tentava fugir de seu perseguidor que corria logo atrás dele com um machado na mão afim de mata-lo. Para sua sorte,havia um cemitério de carros velhos de todos os jeitos mas ele correu em direção ao que julgou ser o mais seguro. Uma combe branca enferrujada,com os vidros das janelas quebrados e sem pneus. Aproveitando a porta aberta da combe, Raimundo entrou e se escondeu abaixando-se debaixo do painel do motorista.
-Obrigado...m...meu Deusss! Gemeu Raimundo engolindo o choro.
Mesmo estando bem escondido, Raimundo ainda temia por sua vida pois conhecia perfeitamente quem queria mata-lo. Tanto que seu maior arrependimento naquele momento não foram seus pecados e sim não ter ficado quieto enquanto teve tempo. Sabia que provocar a ira de um assassino seria a mesma coisa que se banhar em gasolina e logo depois mergulhar em um vulcão ativo. O assassino era esperto e frio.Havia se preparado para aquele momento. Calça preta, camisa de mangas cumpridas, botas militares pretas assim como suas luvas de couro e sua toca cobrindo o cabelo.
Os passos do perverso perseguidor assassino eram ouvidos por Raimundo que sentia seu coração disparar de medo e desespero. Orava em sua mente implorando para que Deus tivesse misericórdia de sua vida. Frio e perverso,o perseguidor gargalhava alto de forma maléfica enquanto procurava Raimundo Batista nas carcaças dos carros velhos.
-Ooooh Raimundinhooo! Vem cá seu velho estúpido, Estúpido, você não quer mais brincar comigo? Provocava o perseguidor de forma ameaçadora e sem um pingo de piedade.
Logo em seguida deu uma gargalhada aguda e irritante parecendo uma hiena louca. Com tanto medo,Raimundo encolheu-se ainda mais debaixo do painel da combe em uma posição fetal. Mas para a sua infelicidade,causou o ranger da porta da combe. Raimundo ficou conpletamente trêmulo sentindo sua garganta fechando de medo.
Outra gargalhada foi solta pelo perseguidor. Mas aquela foi diferente, demostrava um prazer ainda maior. Raimundo tapava a boca com as mãos segurando seus gemidos de pavor,suas as lágrimas de pânico escorriam pelo seu rosto.
Depois de gargalhar mais um pouco,o perseguidor começou a cantarolar; -La vem o pato Patati Patatá colar, lá vou eu com meu machado te pegar.
As gargalhadas malignas do perseguidor voltaram cada vez mais irritantes e medonhas até que cessou e um silêncio se fez. Aquele silêncio pertubava a mente de Raimundo que rezava á Deus para que não tivesse sido encontrado. Mas logo o silêncio se foi,pois o perverso perseguidor, começou a dá vários golpes de machados na lataria dos carros velhos que encontrava. O barulho de vidros se quebrando e de metal se retorcendo,se misturavam com a gargalhada sinistra do assassino perseguidor.
