CAPÍTULO 26

225 4 0
                                    

    6:30 da manhã e Rosalinda já estava acordada mas ainda estava deitada na cama

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

    6:30 da manhã e Rosalinda já estava acordada mas ainda estava deitada na cama.

    Era sábado e ao invés de dormir até tarde como todo jovem estudante do turno da manhã, Rosalinda havia escolhido acordar cedo para procurar trabalho.
    Durante a noite, teve que escolher entre comprar a meia ortopédica de 80 reais, fazer a manutenção de 90 com mais 20 das duas braquetes que quebrou e comprar o remédio para sua trombose.
    Só tinha 75 reais e precisava de mais 100 para comprar o remédio para sua trombose.
    Escolheu não sentir a horrível dor da trombose do que ter dentes bonitos.
    A meia ortopédica e o aparelho eram apenas detalhes.

    Embora lojas, mercados ou coisas desses tipos sempre lhe rejeitassem por conta do problema em sua perna, Rosalinda tinha outros meios para conseguir dinheiro.
    Trabalhar para os vizinhos como babá, cozinheira ou qualquer outro serviço doméstico,era fácil para ela conseguir.
    Pois além de conhecer as necessidades de seus vizinhos,eles sempre tinham pena dela e admirados pelo seu jeito guerreiro, aceitavam seus serviços.

    Tomando banho, Rosalinda deduzia conseguir esses 100 reais em três ou quatro dias.
    Depois que banhou e se arrumou, Rosalinda foi para cozinha tomar seu café da manhã antes de escovar os dentes e sair para procurar trabalho.
    Mas apenas alguns passos de distância da mesa, avistou algo que abriu seu sorriso e iluminou seu dia.
    Ela se aproximou da mesa,abriu a sacolinha com o nome de uma farmácia e com o coração disparado de felicidade, tirou a caixa de Rivaroxaban.
    O remédio para a trombose de sua perna direita.
    Rosalinda sentia até vontade de chorar e rir de alegria enquanto abria a caixinha e tirava as cartelas de comprimidos.
    Mas o maior motivo de sua felicidade era a certeza de que sua mãe havia comprado o remédio voluntariamente por amor.
    Pois só comprava quando Rosalinda já não tinha mais dinheiro e apelava implorando para comprar os remédios.

-Gostou?
   Perguntou Lucimara encostada na porta entre a sala e a cozinha.

    Com um sorriso de pura alegria, Rosalinda respondeu agradecendo;
-Sim!
Obrigada mãe!

-Pelo o que?
    Perguntou Lucimara rindo.

-Pelo remédio!
    Respondeu Rosalinda ainda animada.

-Mas não foi eu comprei!
    Afirmou Lucimara.

    Surpresa,Rosalinda perguntou;
-Quem?

-Adivinha!
É alguém que te adora muito!

-Meu Pai!?
    Adivinhou Rosalinda com um largo sorriso de pura felicidade e quase pulando de alegria.

    Mas ao ouvir a sugestão da filha, Lucimara se irritou e disparou;
-NÃO FOI SEU PAI!
Seu pai lá se importa contigo!?
Só tem olhos para aquela piranha e aqueles pirralhos.

    O sorriso de Rosalinda se desfez.
    Os remédios já não causavam mais sua alegria e saber quem comprou os remédios,não lhe importava mais.
    Pois Lucimara outra vez mostrou para a filha que odiava seu ex marido e ainda a fez se sentir ainda mais rejeitada pelo pai.
    Tais afirmações doeram em Rosalinda que sabia bem como disfarçar a dor com um sorriso fingido enquanto adimirava a caixa de seu remédio.

INSANIDADE: Anjo MauOnde histórias criam vida. Descubra agora