CAPÍTULO 1

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3 SEMANAS DEPOIS

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3 SEMANAS DEPOIS...

    A manchete de um dos principais jornais de Santiago era claro em sua notícia;

"ENVENENADOR DE CRIANÇAS É ENCONTRADO MORTO,DISFIGURADO E SEM AS ORELHAS NO PINHEIRAL NA MADRUGADA DE NATAL"

    No ano de 2007,um crime covarde deixaria em choque a cidade de Santiago no estado do Pará.
    Na época,o assim chamado;"Massacre da creche raios de luz" teve repercussão a nível nacional e era o assunto mais falado naquele ano.
    A população revoltada por tamanho crime pedia por justiça pelas vitimas envenenadas e punição para o esponsável,Raimundo Batista.
    O zelador que estava drogado quando colocou veneno de rato na merenda da creche.
    Das dezenoves vítimas,uma era professora e a outra era sua ajudante.As outras dezessete eram crianças que delas,somente duas sobreviveram.Mas injustamente pagaram um preço alto pela sobrevivência.
    Eram dois primos da mesma família que ficaram por semanas internados entre a vida e a morte e tiveram a infância destruídas pelo trauma e pelo assédio da mídia.
    Com o tempo,o caso foi ficando no passado,até que na madrugada do natal de 2017,um dia depois de ser liberado para o feriado,Raimundo Batista foi assassinado de forma brutal no pinheral de Santiago.
    Trazendo a memória,o terrível massacre e o questionamento de quem poderia tê-lo matado e por quê.

>>✴️<<

-Covarde.
    Praguejou Rosalinda depois de lê a matéria sobre o assassinato de Raimundo Batista.

    Ao seu ver,era mais que justo que alguém como Raimundo tenha sofrido bastante na hora de morrer por tanto sofrimento que causou.
    Rosalinda fechou o jornal e o-colocou dentro de sua bolsa rosa e concluiu que se alguém assassinou Raimundo,foi porque não suportou a ideia de vê-lo solto por aí depois de tudo que fez.
    Sentada no fundo do ônibus,Rosalinda olhava seu reflexo no vidro da janela enquanto ajeitava seu pequeno coque apertado.
    Deu uma limpadinha nas lentes de seus óculos de grau e os-colocou novamento se sentindo frustada por eles não esconderem seu olho direto completamente branco e cego.
    Abriu um sorriso largo conferindo se não havia nenhum pedaço de alimento em seu aparelho.Verificou se seu cachecol vermelho estava escondendo bem a cicatriz enorme em seu pescoço que dava uma volta quase perfeita.
    Cuidadosamente,ela se levantava do banco olhando para o chão para ter certeza de que não iria pisar outra vez nos pés de alguém com sua pesada bota ortopédica da perna direita.
    Segurou com cuidado na barra de ferro e puxou a corda dando sinal para que o motorista parasse no próximo ponto.
    O ônibus parou em frente ao ponto de ônibus ao lado de um shopping.
Logo depois que a porta se abriu,um gentil senhor ajudou Rosalinda a descer.
    Com gentileza,ela agradeceu.Mas mesmo assim,preferia ter descido sozinha.Já que odiava a sensação de que as pessoas só lhe ajudavam por conta de sua condição física.
    Parada no ponto de ônibus,Rosalinda nervosa,olhava para o outro lado da rua onde estava sua nova escola.
    Ansiosa,nervosa e tensa,deu uma conferida para ter certeza de que todos os botões vermelhos do blazer azul da escola,estavam apertados.
    Deu uma endireitada em sua longa saia rodada cinza do uniforme e depois de um profundo suspiro de nervosismo, caminhou a faixa de pedestre para chegar ao outro lado.
    Como sempre,mancando por causa da bota ortopédica de sua perna direita.

INSANIDADE: Anjo MauOnde histórias criam vida. Descubra agora