Eu, Gabi e Carol ficamos o vôo todo conversando e rindo como se fôssemos amigas à anos mas na verdade tínhamos nos conhecido hoje mais cedo. Elas já tinham sidos convocadas em outra ocasião, justamente porque Zé vinha tentando renovar o time aos poucos, afinal não haveria Jaque, Sheylla, Fabi, Thaísa ou Tandara para sempre e essas eliminatórias seriam a oportunidade perfeita de aprender com elas.
O vôo foi tranquilo e demorou bastante, o que quase me matou porque eu estava doida para pisar em solo nova-iorquino o mais rápido possível.
Já no hotel, ainda no hall, mandei mensagem para o Bruno, avisando que já estávamos ali. Enquanto aguardava sua resposta, fui caminhando para o meu quarto, onde eu dividiria com a Thaísa e a Macris. Jaque iria ficar no mesmo que o Murilo, como eles pediram e o pessoal não viu problema em fazer isso, já que eles eram casados.
Fomos de elevador, o que eu não era muito fã. Desde pequena sempre tive medo de ficar presa em qualquer lugar fechado, principalmente nos elevadores. Mas aqui nesse lugar, eu ia ter que me acostumar a andar nisso ou eu ficaria horas só pra subir e descer esse montão de escadas.
- Nossa, que vôo demorado! - eu comentei largando minhas malas em cima da minha cama.
- Tudo isso é saudade do Bruninho? - Thaísa me perguntou risonha e Macris riu. Aparentemente, a fofoca já tinha rolado e todas já sabiam.
- Hahaha, muito engraçado! - eu comentei e elas começaram a rir ainda mais. Acabei rindo com elas também e resolvi que guardaria algumas coisas, não estava com paciência para mexer com nada disso agora, principalmente depois que Bruno me respondeu, me pedindo para o encontrar no seu quarto, que ele estava sozinho.
- Vou dar uma volta por aí! - eu disse tentando não transparecer minha ansiedade em reencontrar o levantador da seleção.
- Vai lá encontrar com o Bruno! - Macris disse, também me zoando. Pelo visto, todo mundo vai ficar fazendo isso agora. Dei língua para ela, brincando, que riu.
Olhei no meu celular e Bruno tinha me mandado o número do andar e do quarto. Eu acabei indo pelo elevador mesmo, para ir mais rápido.
Achei o quarto dele rapidamente assim que pisei no andar indicado. Bati na porta duas vezes apenas antes de ela ser aberta, revelando um Bruno apenas de bermuda, com uma toalha sobre o ombro e cabelos molhados, o que indicava que ele saiu a pouco do banho. Ele me puxou para dentro e fechou a porta.
- Oi! - eu tentei dizer mas minha saiu mais como um sussurro. Ele sorriu, bem próximo do meu rosto.
- Oi! - ele disse antes de juntar nossos lábios e pedir passagem para um beijo cheio de desejo e saudade. O ar não demorou para acabar, mas isso não nos impediu de começar outro.
As mãos dele já estavam por baixo da minha blusa, me fazendo arrepiar a cada toque delas sob a minha pele. Eu desci meus lábios pela sua bochecha, deixando alguns beijos pela sua barba e deixei algumas mordiscadas em sua orelha direita.
Bruno me puxou para mais perto de si quando minha boca entrou em contato com a pele do seu pescoço. Eu o senti se arrepiar e o seu suspiro também acabou o entregando, ou seja, ele estava curtindo aquilo ali.
Meus dedos brincavam com seu colar quando ele segurou meus cabelos e me puxou para iniciarmos um outro beijo, agora bem mais cheio de desejo.
- Bruno, as meninas cheg... - Douglas entrou na sala, nos assustando e nos fazendo nos separar rapidamente - Epa! Epa! Espero que vocês dois não estavam fazendo aquilo que eu estou pensando com a porta DESTRANCADA! - eu acabei rindo de nervoso.
- Não estávamos fazendo nada de mais! - Bruno disse indo guardar a toalha que tinha caido e eu nem percebi.
- Sei! Lembrem de trancar a porta da próxima vez porque eu e o Luca podemos entrar aqui e empatar a foda de vocês, como aconteceu agora e eu tô me odiando por ter estragado o clima! - ele riu.
- Acho melhor eu ir para o meu quarto! - eu disse olhando para Bruno.
- Ah, não! Laura fica aí, se não eu vou ficar mais chateado por ter estragado o clima!
- Relaxa, Douglas! - Bruno comentou.
- E eu vim avisar que elas tinham chegado mas vocês são mais rápidos na comunicação! - ele riu - Bom, vou me retirar! - o ponteiro disse abrindo porta - TRANQUEM A PORTA! - ele gritou do outro lado, fazendo Bruno e eu rir. Caminhei até a cama do capita e me sentei, observando ele ajeitar os cabelos, passar perfume e vestir uma blusa (para o meu azar, porque a visão estava ótima!).
- Tenho um convite para te fazer! - ele comentou.
- Qual?
- Fernanda e minhas irmãs estão aqui também esses dias porque é aniversário da Julia e meu pai mandou te perguntar se você não quer ir jantar com a gente hoje! - eu arregalei os olhos.
- Sério?
- Sim! - ele disse se sentando ao meu lado na cama.
- E quem vai?
- Bom, só a gente!
- E seu pai mandou me convidar? - ele assentiu - Tipo, o Bernadinho mandou você me chamar para um jantar com a sua família? - ele riu e assentiu.
- Se você não quiser ir, não tem problema!
- Não, eu quero! Só estou meio sem jeito, Bruno! É um momento mais de vocês e eu não quero atrapalhar!
- Relaxa e também a Julia e a Vitória estão doidas para te conhecer!
- O que você andou falando sobre mim, Bruno Rezende?
- Só coisa boa! - ele disse e me deu um selinho - Só coisa boa!
- Tá bom, eu vou! - ele sorriu - Vai ser aonde?
- Num restaurante aqui perto! - ele mexeu em algo no seu celular e me mostrou a foto do lugar - Eu sei que você não gosta muito desses lugares mas... - disse se referindo à lugares chiques.
- Não tem problema! O que sua irmã gosta? - eu perguntei ao lembrar que não tinha nenhum presente.
- Não precisa se preocupar com isso!
- Bruno, deixa eu agradar sua irmã, por favor? - ele riu.
- Tá bom! Ela gosta muito de livro, igual você - ele disse pensando. Já gostei dela! - Também gosta muito de música...
- Isso, de quem ela é fã?
- Ish, ela escuta de tudo um pouco mas eu sei que ela ama a Taylor Swift!
- Ela já deve ter todos os Cds, né? - perguntei pensativa.
- Tem algumas mas ela escuta mais pelo celular!
- Que Deus me ajude com esse presente! - eu disse me levantando e Bruno riu.
- Te vejo às sete então? - ele perguntou segurando meu braço e me olhando.
- Às sete!
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Destino - B. Rezende
Hayran KurguMal sabia ela que a primeira convocação para a Seleção Feminina de Vôlei traria muito mais mudanças além de sua carreira profissional.