Quero muito agradecer aos 15k, vc são incríveis.
Até que o barulho de chuva longe, não tá me causando medo. Remexo na cama, tateando os cobertores e não a sinto. Abro o olho com pressa, sentando-me na cama. Procuro-a pelo quarto, e encontro-a parada na porta com um sorriso nos lábios.
— Procurando algo? – Ela logo o esconde na xícara. Pecado!
— Você. – Não sou resistente em falar.
— Não vou a lugar algum. – Ela volta a tomar outro gole do líquido que eu tenho quase que certeza absoluta que seja café. – Até por que... bem. – Ela coloca a xícara em cima da cômoda ao lado da porta. — Os voos foram todos cancelados por causa de um pequeno redemoinho. – Ela senta na beira da cama e me assiste arregalar os olhos.
— Um que?
— Coisa boba, logo os voos normalizam.
Semicerro os olhos, pulo da cama sem me importar em tá pelada. Pego o controle da TV, e a ligo.
—Miranda, é um furacão em Génova. – Falo alarmada.
— Calma, Andréa, aqui só será respingo. – Ela profere tão tranquila que eu fico abismada. Mas observo um rubro tomando conta do seu pescoço.
— Vou mesmo conseguir ficar calma. – Falo irônica.
— Estou ordenando. – Ela se esforça para conter um sorriso ainda com a pele mais vermelha.
— Se bem que isso significa que ficaremos quantos dias, apenas nós, sem agenda alguma para cumprir? – Questiono-me aproximando dela, mordendo o lábio inferior.
— Eu não sei. Posso ligar para Emily e ordenar que ela dê um jeito de me levar para casa assim como fiz com você naquela vez, lembra? – Sua expressão é sacana.
— Tem como esquecer? – Pergunto sentada em seu colo, com os braços envoltos em seu pescoço. — Duvido muito que Emily consiga a guarda costeira para lhe resgatar. – Capturo seus lábios, sentindo seu beijo com gosto maravilhoso de café.
— Eu também. – Ela profere depois do beijo, acariciando meu bumbum para logo apertar.
Olho-me através de seus olhos e vejo luxúria lascívia cheia de libertinagem.
— A minha boca é faminta pelo seu corpo, Miranda. – Beijo seu pescoço sentindo o seu cheiro que é o meu favorito.
— Passamos a noite toda...fazendo... – A interrompo beijando avidamente sua boca.
— Não me canso de ter você. – Puxo sua camisa branca para cima.
— E como você me quer? – Ela abocanha meu seio turgescente, e eu pendo a cabeça para trás sentindo meu corpo vibrante.
— De todos os jeitos, até derrubar todos os teus baluartes.
Ela puxa-me pelos cabelos da nuca, fazendo-me encontrar em seus olhos, erotismo indecente, brindado com o carnal desregrado de concupiscência sórdida. Ela me sorrir imoral e eu retribuo sua lesividade passando a língua lentamente em seus lábios lúbricos.
A gente faz amor como se não houvesse amanhã, movidas pela tentação do dantes. Com certeza e convicção. Com força, e sem clemência. Não nos importando nem com a serpente, ou com a maçã.
(...)
— Providencie roupas e... – Miranda para o que estava falando enquanto abotoa sua camisa. — Vamos às compras.
E então percebo que talvez ela tenha recordado do meu medo de chuva com ventania e trovões e isso faz o meu coração ficar acalentado. Sorrio sentindo meus olhos brilhantes, isso significa que ela se importa. É claro que sim.
Confesso que a cada vez que ela pergunta silenciosamente se está tudo bem, meu coração sorrir e transborda felicidade. É entusiasmante andar lado a lado com ela, vez, ou outra, nossos ombros se chocam e a gente troca sorrisos.
Não me lembro de ver Miranda tão leve como tá. Bem, eu nunca a tinha visto sem sua pele de dama de ferro, e acho que posso me acostumar com essa nova versão que estou conhecendo dela. Acho não, tenho certeza.
— Que tal esse, adoraria te ver vestida nisso. – Mostro-lhe um suéter azul celeste tentado conter um riso.
Miranda revira os olhos de tal maneira que fico com receios de seus lindos olhos azuis não voltarem para o centro, e eu gargalho.
— Não seja ridícula! – Ela sacode uma mão no ar, me dando as costas. — Ademais, quem gosta de suéter é você. – Seu timbre sai suave.
— Gostava! – Sorrio seguindo seus passos.
— Precisamos comprar alimentos também.
— Por quê? – Arregalo os olhos. — Vai ter toque de recolher?
— Não, Andréa, mas, já que você está disposta para sair toda vez que uma de nós sinta fome, tudo bem.
— Já entendi. – Faço gesto de rendição.
No mercado, Miranda revira os olhos para tudo que eu pego para mim. Chega a me perguntar se são coisas para ela levar para suas filhas comerem em New York. Cheia de sarcasmo. E que nunca viu tanta baboseira em uma só sacola.
A gente ainda não tem nada sólido e ela já arrumou algo para implicar comigo. Sorrio!
— Quer? – Lhe ofereço uma tira de fini, piscando as pestanas continuamente.
— Quando te dei liberdade para você ficar tão atrevida assim? – Ela questiona semicerrando os olhos.
— Quando você me deixou bater em sua bunda enquanto te lambia por trás. – Proferi quase que como um sussurro ao me aproximar dela.
Mordi mais um pedaço do fini. Sorrio ao ver seu rosto ganhar cor e ela olhar para os lados.
— Vai dormir no sofá hoje. – Sua voz sai mais rouca.
— Se você fizer amor comigo, antes, tudo bem. – Debocho!
— E não abrirei a porta no primeiro barulho de trovão.
Abro a boca surpresa e ela sorrir me dando as costas e seguindo para sessão de frutas.
— Vou me comportar. – Lhe acompanho.
Nada Miranda diz, mas vejo um meio sorriso satisfeito em seus lábios. Paramos na sessão de vinho e ela me dá aula sobre alguns deles e pega três garrafas para a gente.
— Isso é tudo! – Ela profere olhando para as compras.
Seguimos para o hotel, e a primeira coisa que ela faz quando fechamos a porta é me agarrar e eu não mostro resistência alguma com suas mãos anelando avidamente minhas curvas, acordando o meu sentir, o meu pulsar.
— Já disse que eu adoro o teu beijo? – Profiro sem ar.
— Sim, Andréa! E eu adoro o seu, a sua boca, seus lábios, o seu gosto. – Ela suga meu lábio inferior, me fazendo arfar.
— Já disse também que adoro tudo em você? – Ela aperta com força a minha bunda.
— E eu já disse que você não deverei ter provocado no mercado? – Ela me afasta, pega as sacolas e segue para cozinha.
— Ah, mas você não vai fazer o que pensa que tá fazendo de jeito algum. – Lhe acompanho. Ela coloca as sacolas em cima do balcão e eu prenso seu corpo nele.
— E o que você acha que estou pensando?
— Me acender e correr me deixando na vontade. – Beijo seu pescoço por trás e ela arrepia-se. — Vamos transar aqui mesmo. – Agarro seus seios. Ouço-a suspirar.
Miranda vira, fica de frente para mim, me beija com volúpia, tesão e intensidade e caímos a tentação do prazer ali naquele lugar.
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Louca para Amar
RomanceAndréa tenta abandonar Miranda em Paris, mas minutos depois se arrepende, ainda confusa do porquê do arrependimento, tenta voltar, tenta continuar sendo assistente de Miranda e em busca de descobrir o que a prende naquela mulher fria e sem coração.