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— E como você se sentiu?

— Foi um misto de emoções. Não estava nos meus planos levar Caroline até a mansão. Senti-me melancólica. Tanto tempo... e pelo mesmo a fachada parece igual.

— Você sentiu saudade?

— Não, claro que não.

— Hu rum! – Ele faz gesto positivo com a cabeça, me incentivando a continuar falando.

— Eu senti curiosidade. Você sabe que desde quando voltamos de Milão, bloqueio qualquer informação relacionada a ela.

— Bloqueia?

— Eu realmente não vejo nada relacionado a ela, nem sei se ela namora, ou tem alguém.

— Você tem curiosidade em saber se ela tem alguém?

— Não!

— E se ela tiver alguém?— Coitado da pessoa que ele tiver. – Sorrio em deboche.

— Isso me parece dor de cotovelo.

— Claro que não, eu sei o quanto Miranda é difícil de lidar, ela tem as manias dela, principalmente em falar muito sem dizer nada, ela gosta dos momentos apenas dela, tem muito compromissos que não seria fácil o outro entender, porque a maioria não observa o que ela não diz, ela é complexa, então acredito que para alguém ter uma relação com ela, sempre será complicado, por isso disse aquilo.

— E para você, naquela época seria também?

— O que?

— Você daria conta de ter uma relação com ela?

— Não estávamos falando de eu levar a Caroline até a mansão? – Ele balança a cabeça em concordância. — Eu me senti triste por saber que ela ficaria sozinha naquele lugar tão frio que sempre foi aquela casa. Ela parece ser legal. Diferente da imagem de criança mimada que eu tinha dela.

— Você tinha muito contato com ela?

— Não, quase nada, eu a vi duas vezes, uma quando fui entregar o livro e elas me enganaram me fazendo subir as escadas e flagrar Miranda discutindo com o babaca do Stephen.

— Como foi à discussão deles, você lembra?

— Ele parecia impaciente e irredutível em desculpá-la por ter faltado um almoço, contrapartida, Miranda parecia tão diferente dela, ela estava passiva, com ombros para frente, mãos nervosa e se explicando. Tem noção que ela estava se explicando?

—Então foi aí que você descobriu que as pessoas são diferentes no trabalho e em casa.

— Eu já sabia disso, mas é que com ela, isso parecia tão inacreditável e improvável!

— Miranda é humana.

— Eu sei, mas, a gente estava falando da Caroline, que droga, porque você sempre volta a falar dela?


Eu estou realmente ficando muito descontente com a minha terapia, é como se sempre andasse em circulo e isso não é legal. Mas que droga! Minha vida estava no eixo e porque do nada voltou a desmoronar?

"Eu posso colocar uma música?" "Essa também é a música atual favorita da minha mãe".

— Ótimo. Caroline! Dou-te uma carona e você agradece me fazendo odiar minha música atual favorita. – Murmuro me jogando no sofá de casa, lembrando-me do pós-festa do Nigel.

Louca para AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora