Com desespero seguro seu rosto com as duas palmas de minhas mãos e trago seus lábios para juntarem aos meus. Eu a beijo sentindo o meu gosto em seus saborosos lábios.
— Vamos sair daqui, hum? – Suas mãos agarram minha cintura e meu corpo ufana com seu toque firme.
Eu não sou capaz de formular uma palavra sequer, apenas balanço a cabeça em concordância. Miranda com agilidade afasta-se de mim, vira-se e oferece sua vestimenta para eu tirar. Abaixo o zíper, e enquanto ela tira com pressa o vestido que Nigel fez com tanto esmero, eu busco minha calcinha pelo chão tentando vestir o mais rapidamente possível. Eu tenho sede por ela, e a maneira como seus olhos direcionam a mim, ela também ainda tem sede de mim.
Vestimo-nos com pressa, alinhamos nossos cabelos ainda com mais pressa, pegamos nossas bolsas, e mais uma vez sua mão toca minha cintura, me guiando pelo caminho que eu sei de cor.
— Minha casa ou a sua? – Questiono dentro do carro.
— A minha! – Ela é categórica.
— E as meninas? – Nigel as leva.
Balanço a cabeça em concordância e dou partida. O carro parece tão quente, eu pareço febril, a euforia do momento me deixa fervilhante. Paro no sinal e é inevitável com a tensão sexual que tá entre a gente, minha mão não procurar sua coxa. Ela me olha em clarão, percebo de soslaio. Aperto sua coxa e sua mão pousam em cima da minha. O sinal abre, eu tiro minha mão da sua coxa, para tirar o carro do neutro, mas, volto novamente a tocar em sua perna, sinto seu movimentar de cabeça para trás, sua respiração é pesada. Meus dedos nutam pela sua coxa. Escorregam pela duna entre as pernas, como quem atravessa um deserto de tão quente que o local se encontra. Novamente ela segura minha mão. O olho rapidamente, ela engole em seco, apertando minha mão sobre seu sexo por cima da calça.
— Andréah! – Ela exclama fechando as pernas com minha mão ainda a estimulando por cima da roupa. — Eu estava com tanta saudade disso. – Despoleto o seu arfar e ela me olha em reprovação.
Mas eu preciso segurar o volante com as duas mãos, a curva é acentuada e não confio na minha habilidade por agora, pois, a minha mente só pensa em tocá-la, em senti-la.
Ainda dirigindo, sinto seus dedos nutarem na raiz dos fios dos meus cabelos da nuca, esse gesto singelo é suficiente para despertar o meu sentir e o meu pulsar.
Paro o carro, e sua mão que ainda me acarinhava agora é a mesma que me castiga, me puxando com força pelos cabelos da nuca e reivindicando a minha boca. Beijamo-nos com fome e inconsequente.
— Vem! – Sua voz sai tão rouca após o beijo quente, molhado, turgescente.
Hipnotizada, rendida, dada, entregue, irrompendo todas as barreiras que tolamente insistia em urdir, vou.
A porta se abre, ela me puxa com pressa escada a cima. Nossas coisas? Eu nem sei. Nossas roupas? Pelo meio do caminho. Nossas bocas? Sempre beijadas. Nossas mãos? Sempre jactantes.
A porta é empurrada com mais força que deveria para ser fechada. A gente se assusta, e fração de segundos parece que voltamos à consciência. Ledo engano, assim que nossos olhos se encontram novamente, nossos corpos atraíram-se e a consciência perde seu lugar para o desejo, luxuria lascívia, sismos internos.
Agarro-a completamente despida, desejando profundamente em seu âmago afundar. Ela me olha concupiscente, tirando-me a paz.
Meu corpo em brasa reveste a sua nudez sob a cama. Minhas mãos nervosas acaricia seu curvilíneo corpo em tensão, ela arranha minhas costas nessa loucura dual, fazendo nossos corpos atritarem regozijante, desejando um no outro ser um só.
Na urgência de prazer, minha boca suga cada gota de suor sentindo a textura do seu corpo arrepiado a cada pedaço de pele que minha boca toca.
Ela geme, remexendo debaixo de mim assanhada. Meu corpo clama por tê-la ainda mais profunda. Enterro meu dedos firmes, fazendo-a rebolar sem freio em minha mão habilidosa fazendo dali sair o elixir da vida. Entre gemidos de prazer e doloridos ais, a fodo com fúria de cinco anos de saudades.
— Assim eu vou gozar rápido! – Ela proclama agarrando os lençóis.
— Ela gosta desses invasores. – Refiro-me a sua vagina encharcada.
Ela arqueia o quadril, serpenteando na cama. Sua pele não é mais branca de tanto que meus dedos lhe procuram por dentro. Socando firme e forte para ouvir os seus arfas. Os meus dedos gostam de ver seu corpo exulte de deleite, arqueado e convulso.
Sua vagina jorra em minha mão raivosa. Sorrio em satisfação, vendo-a contorcer delirante. Abro mais suas pernas, ela não se retém, abre-se para eu venerar com a língua seu rio de prazer.
Hirto seu sexo sem piedade, minha boca se deleita do suco de prazer que ela me oferta. Suas mãos agarram meus cabelos, fazendo com que minha língua em contato com sua vagina, namore como duas danadas. Não é como se ela pudesse ter outro fim além de se desmanchar novamente para mim.
Quando os meus lábios procuram os teus lábios e a sua boca finalmente o agarra, beijando enamoradamente, sinto novamente as fagulhas estrelares sobre nós.
— Não vai embora. – Ela sussurra sonolenta.
Bem, eu posso deixar para pensar nos contra outro dia. Abraço-a permitindo que meu corpo mate saudade do seu. Velo seu sono. Sorrio ao pensar que ela poderia ser menos complicada. Mas teria graça se ela fosse? Teria o mesmo charme se ela não fosse tão calculista, tão precavida? Tão ela? Eu não sei.
Talvez a gente não precise de todas as respostas, por agora estou contente em olhá-la desperta do intenso orgasmo pronta para me devorar, e assim ela o faz, mais uma vez fazendo-me sua por inteira, entrando em minha cona, em meu ser e em minha alma, eu deleito nos braços, nos dedos e na boca dela. Isso por hora me é satisfeito.
— Toma café comigo? – Ela questiona ao me vê acordar.
— Que horas são? – Pergunto alarmada.
— Sete e trinta. – Ela esboça um sutil sorriso.
Arregalo os olhos, perguntando para ela onde estão minhas roupas. Eu tenho uma reunião de suma importância.
— Percebo que tens compromisso.
— Sim! – Explico-lhe enquanto me visto.
— Estimo sua companhia. – Ela olha para sua xícara de café.
Eu paraliso com sua fala, deixando o sapato ainda por calçar. Saio da inercia e tento fingir naturalidade com a sua fala. Fico pronta e reviro os olhos ao me dá conta que irei trabalhar com a mesma roupa do dia anterior.
— Eu não quero que me machuques novamente.
Ela apenas balança a cabeça em concordância.
— Me leva até a porta?
Sinto meu rosto vermelho ao encontrar suas filhas nos encarando, deixando evidente que sabia o que tínhamos feito. Despeço-me delas com rapidez, e de sua casa saio desejando voltar.
Pego meu celular já dentro do carro, e a primeira mensagem que leio é de Nigel, ordenando que eu lhe conte detalhe por detalhes, pois, parra a gente vandalizar os vestidos que ela tratava como filhos, a transa tinha que ter sido muito boa. Balanço a cabeça em negação, e sorrindo sigo para o trabalho.
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Louca para Amar
RomanceAndréa tenta abandonar Miranda em Paris, mas minutos depois se arrepende, ainda confusa do porquê do arrependimento, tenta voltar, tenta continuar sendo assistente de Miranda e em busca de descobrir o que a prende naquela mulher fria e sem coração.