Capítulo 7

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                                      Liv Moyer
Acordei em um quarto extremamente grande e bonito, estava um pouco tonta e com dor de cabeça, não sei como vim parar aqui, tudo não se passa de um borrão na minha mente, as únicas coisas que eu lembro é de um homem grande atrás de mim quando fui fechar a porta do café. Fiquei fitando o teto por longos minutos até minha cabeça parar de doer um pouco e a tontura passar e levantei.
Mas, para minha infelicidade ou desgraça, tinha um homem sentado em uma poltrona no canto do quarto, com um copo na mão que parecia conter whisky, devido a coloração âmbar, aquele líquido eu conhecia muito bem pois, vi meu pai tomando o último gole há 3 anos atrás.
Parei de olhar para suas mãos incrivelmente grandes, juntamente de sua tatuagem e fui subindo meu olhar pelo seu corpo que parecia ter sido desenhado milimetricamente, ele usava uma calça social preta e uma blusa social branca com os primeiros botões abertos. Ele tinha o olhar sério, mas, azul como o mar, frieza e seriedade eram as únicas que eu conseguia enxergar. Observando mais um pouco, olhei para sua barba perfeitamente alinhada e seus cabelos um pouco compridos, em um tom de castanho escuro e alguns fios rebeldes nele. Aquele rosto não me era estranho, já tinha visto aquele olhar em algum lugar, só não lembro onde.
Parei com meus devaneios e de admirar aquele corpo perfeito, quando ele começou a me observar também, e em questão de segundos voltei a realidade e me dei conta de que estava sozinha com um estranho em um quarto e o pânico começou a me
apossar e antes que eu entrasse em total desespero, perguntei:
-Quem é você ? - com a voz trêmula.
- Olha, a bela adormecida acordou....
- Por que eu estou aqui ? Quem é você ? O que quer de mim ? Quanto tempo eu dormi ?
- Muitas perguntas de uma vez, por hora, a única coisa que você tem que saber é que não irei machucá-la, se não me der motivos. E você dormiu praticamente 10 horas. Tudo que você precisar está no guarda roupa e banheiro, vou mandar alguém trazer comida para você, aproveite a estadia, se depender de mim, ela será bem longa.
Dito isso, ele levantou e se dirigiu a porta, percebi o quanto ele era alto, já que estava em pé. Sempre me considerei uma garota alta, mas ele, com certeza superou isso. Me pego de novo em devaneios e nesse momento ele estava abrindo a porta para sair e eu corri atrás. Não sabia quem tinha trocado minhas roupas, mas estava com uma camisola preta, fina e decotada, porém, naquele momento eu não ligava pra isso, só precisava de respostas e sair daqui, onde quer que eu esteja:
- Onde eu estou ? Por que não me responde ?
- Hum, já percebi que você é persistente, não irei responde-la agora, aconselho que se acalme, não vai querer me irritar.
Ele simplesmente fechou a porta na minha cara e a trancou, e eu ? Fiquei em choque, com raiva e medo. Não tenho ideia do motivo de eu estar aqui, nunca fiz nada errado, apenas tentava seguir minha vida como podia e conseguia.
[...]
Era nítido que eu não ia sair desse quarto tão cedo, então, tomei um banho longo, lavei meus cabelos, e quando sai, escolhi uma roupa bem simples: calça jeans, uma regata porque parecia estar calor lá fora, e uma rasteirinha que achei. Era estranho como todas as roupas e sapatos serviam perfeitamente em mim, nada ficava grande ou apertado, a medida certa.
Não sei quanto tempo passou desce que ele saiu daqui, mas minha cabeça estava a milhão tentando lembrar de onde eu conhecia aquele rosto e onde eu vi, mas, tu não se passava de uma grande incógnita pra mim.
Eu não aguentava mais ficar presa ali, sem notícias, televisão, celular ou qualquer outra coisa que me distraísse, também já estava ficando com enjoo dessas paredes, então comecei a bater na porta e gritar para alguém me tirar daqui, e no mínimo, me dizer alguma coisa:
- Socorro !!! alguém me tira daqui !!!! Me respondam, eu quero sair !!!!!
Escutei alguns passos pesados do outro lado da porta e tudo indicava que pelo menos alguém escutou meus gritos que quase me deixaram sem voz, porém, como a vida não é justa comigo, entrou a pior pessoa que poderia ter entrado, ele, não sabia seu nome e nem nada sobre seu respeito, mas, ele não pode me manter trancada em um quarto sem nada para fazer:
- Eu te disse para não me irritar !!!
O mesmo disse em um tom muito bravo e alto e veio em minha direção, na hora eu recuei, minhas pernas falharam e eu me arrependi totalmente de ter feito aquilo:
- Me-me de-desculpa !! - disse gaguejando
Ele pegou em meus cabelos e me arrastou até a cama e me jogou na mesma, subiu em cima de mim e gritou comigo, eu estava em estado de choque e com muito medo do que viria a seguir:
- Fica quieta porra !! Eu já mandei você me obedecer, estou tentando ser bonzinho até agora, mas não me provoque. Você não irá sair desse quarto até segunda ordem, então para de grita caralho.
Assim que ele terminou, deu- me as costas e foi embora. Eu não conseguia dizer mais nada ou tinha forças para ir atrás dele, só chorava, o mesmo me dava muito medo.

E eu só queria meu cachorro e minha vó....

...............
Pronto galeris, mais um cap pra vocês, amanhã teremos mais, beijos ❤️
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