Liv Moyer
5 meses depois...
O que eu posso dizer sobre os últimos 5 meses? Bom, tudo gira em torno do meu filho ou filha. Alec passou a ficar mais tempo em casa e quando precisa ir para o escritório, sempre dá um jeito de sair mais cedo. A reação dele quando o bebê mexeu a primeira vez foi hilária. Estávamos na cama conversando sobre o quarto, moveis e essas coisas, quando eu senti uma "movimentação" na minha barriga, no começo achei que eu tivesse me mexido demais e ele se agitou, mas aí, aconteceu de novo e eu chamei Alec, ele colocou as mãos e foi aí que o bebe fez uma festa, se mexeu cada vez mais como se conhecesse o toque do pai. E foi do mesmo jeito quando escutamos o coraçãozinho pela primeira vez, parecia uma escola de samba e nós dois fomos vencidos pela emoção. Algo tão pequeno, mas que nos traz muita felicidade.
Nas últimas semanas, a pauta do café da manhã, almoço e jantar é sobre o sexo do bebê. Alec e Anthony apostam como verdadeiros adolescentes e para mim, Anthony faz só para provocar Alec quando diz que sua torcida é para uma menina. Eu como mãe, não tenho preferência e é muito clichê falar isso, mas, com tanto que venha com saúde eu estou feliz. Sei que o motivo dessa preferência de Alec por um menino, vem pela máfia, é sempre importante que o primogênito seja homem para poder assumir as responsabilidades do pai.
E como as muitas conversas que já tive com Alec, nosso filho não pode fugir da responsabilidade de um dia assumir tudo isso, mas já deixei bem claro a minha posição de que não concordo de ele começar os treinamentos com 7 anos de idade, como foi com ele. Mesmo que seja menina, quero que tenham esses treinamentos já mais velhos.
Mas, voltando ao assunto inicial. Hoje é o dia que iremos descobrir o sexo do bebê, essa casa está uma verdadeira loucura desde ontem, apostas, bexigas e roupinhas para todo lado. Agora são 10 horas da manhã e minha consulta está marcada para 13 horas. Sinto que Alec vai morrer até dar a hora. Todos estão em uma ansiedade muito grande, e eu não estou diferente.
Eu e meu noivo estamos só esperando saber o sexo para poder começarmos a fazer o quartinho e comprar as roupinhas. Temos uma lista de nomes também, mas, o que agradou ambos foi: Se for menino Lorenzo e se for menina: Lia.[...]
Levanto-me da cama e vou tomar banho, minha barriga está começando a ficar bem aparente, dependo da roupa, marca bem e todos já sabem que eu estou grávida. Antes de entrar no banho, tirei a camiseta que estava usando e fiquei em frente ao espelho olhando e acariciando minha barriga, durante todo esse tempo, a coisa que mais faço, é conversar com meu filho ou filha.
- Oi, é a mamãe de novo. Hoje é o dia que iremos ver o que você é. Quero que saiba que eu amo você independentemente do que seja. Eu... – Fui interrompida quando Alec apareceu na porta, vestidos só com uma calça de moletom e seus músculos a mostra. Um dos efeitos colaterais da gravidez é como o meu tesão e desejo aumentou por ele.
- Espero que diga a ele que eu também o amo. Ficaria chateado se me excluísse.
- E se for ela? – Perguntei indo em direção a ele, completamente nua.
- Bom, irei amar do mesmo jeito. Tanto como você pelada agora.
Ele me pegou no colo e me colocou em cima da pia. O contato do mármore gelado na minha pele quente me fez estremecer e der um leve resmungo. Na minha última consulta com a médica eu perguntei se poderia ter relações com Alec e ela falou que não há problema, então sendo assim, irei usar e abusar disso.
- Você sabe o que eu quero amor, não enrole por favor. – Diz manhosa para ele abaixando sua calça e sua cueca.
- Sabe... Uma das melhores coisas que aconteceu com você, nessa gravidez, foi como ficou safada e isso... eu amo.
Ele beijou meu pescoço e acariciava meus seios com suas mãos fortes. Involuntariamente, eu rebolava em cima da bancada quase não conseguindo me controlar mais, essa montanha russa que eu chamo de hormônios, me fazem a atingir um nível de desejo jamais explorado por mim.
Meu gemido saia sem que eu percebesse e eu o puxava cada vez mais para mim, implorando por ele estar dentro de mim. Precisava dele. E com isso, ele se deslizou e nos dois soltamos gemidos abafados e ofegantes, o ritmo que entramos logo nos minutos seguintes me fez chegar ao ápice em pouco tempo e com espasmos por um bom tempo.
No fim de tudo, estávamos suados e melados na pia do banheiro depois de um sexo maravilhoso. As horas com ele parecem não passar para mim, mas o relógio dizia o contrário, já era 11:30 e estávamos quase atrasados para acabar com toda essa ansiedade.
- Não queria cortar o clima, mas precisamos tomar banho e ir ver a médica. O dia de descobrir se você vai surtar ou não nas próximas horas chegou. – Disse descendo da bancada e rindo da cara torta que ele fez.
- Eu juro. Se o Anthony tiver ganhado a aposta, eu fico 1 mês fora de casa. – Ele cruzou os braços como se realmente estivesse bravo com a hipótese.
- Vocês dois parecem crianças apostando aquele tanto de dinheiro. E se o senhor pensar em sair de casa, eu sumo da sua vida junto com seu filho.
Vi seus olhos arregalados e ficarem sem cor por um momento. Uma das coisas que eu aprendi convivendo e quase casada com um mafioso, é que sempre a uma manipulação em tudo, e eu, como não sou besta, uso meu charme as vezes. Claro que nunca para o mal.
- Você não faria isso... não é? Me fala que... – Ele fechou os olhos como se fosse chorar e vi seus músculos sempre tão fortes e rijos se amolecerem como se estivessem perdendo a vida.
- Amor, Alec, olha para mim. – Coloquei minhas mãos em seu rosto e fiz olha-lo em meus olhos. – Eu falei brincando, eu jamais te abandonaria, ainda mais com um bebê envolvido, eu amo você e não irei a lugar nenhum, estou aqui hoje e sempre.
- Me desculpa, eu tenho muito medo de perder você amor, eu te amo demais, não sei como existiria sem você.
- Não pense nisso, eu amo você. Agora, precisamos sair desse banho, nos trocar e ir para a consulta, não quero chegar atrasada para finalmente conhecer meu filho/filha.
[...]
Estamos no hospital a mais ou menos 40 minutos, fizeram minha triagem e agora estamos esperando a médica nos chamar. Sinto que logo menos Alec irá enfartar, ele não para de balançar as pernas e roer as unhas, nem parece aquele homem que vejo todos os dias com pose de mafioso dono do mundo, pelo contrário, está parecendo uma adolescente que está prestes a tomar uma bronca da mãe.
- Amor, pelo amor de Deus, fica calmo. Essa criança vai nascer sem pai se você continuar assim. – Falei colocando minha mão na perna dela numa tentativa de ele parar de treme-la.
- Desculpa, to nervoso e ansioso. Essa médica não chama nunca e eu... - Ele foi interrompido quando a médica me chamou.
- Paciente Liv Moyer? – Eu levantei da cadeira e Alec logo atrás de mim, desta vez, mais nervoso. – Por favor, me acompanhe.
Entramos no mesmo consultório da outra vez e eu já me deitei na maca levantando o vestido para agilizarmos o processo.
- Vejo que estão bem ansiosos. – Disse a doutora rindo.
- Se não descobrirmos logo, temo pela vida do meu noivo que parece estar em curto circuito.
- Entendo. É normal ficarem assim, a maioria dos pais ficam desse jeito, principalmente quando é o primeiro filho. – Ela fez uma pausa na fala e ligou o aparelho para começarmos. – Iremos fazer o ultrassom transvaginal e antes de fazer preciso saber de algumas coisas, tudo bem?
- Sim. – Alec não deu uma palavra desde quando entrou na sala, e eu apenas respirava.
- Como está sua alimentação? Sentiu alguma dor ou incomodo no último mês?
- Minha alimentação está boa, como bastante frutas porque ainda tenho um pouco de enjoo, e sobre dores, eu não senti nada, ele ou ela só anda se mexendo bastante.
- Entendo, como eu disse da última vez, é um bebê grande é normal que se mexa bastante. Bom, vamos começar.
Ela inseriu o pequeno aparelhinho e começou a fazer o exame, deixou o som ligado para que pudéssemos ouvir o coraçãozinho e ficou uns 5 minutos examinando tudo.
- Bom, o bebê de vocês é bem saudável e como eu disse, é grande. Está tudo certo com ele e.. Posso falar o sexo já?
- Pode. – Respondeu e Alec em uníssono. A primeira vez que ele falou desde que entramos. Ele chegou mais perto e pegou minha mão só esperando para sabermos.
- É um menino! – Disse ela apontando o dedo para tela, eu não já não enxergava antes, agora menos ainda devido aos meus olhos cheios de lagrimas, olhei para o lado para ver meu noivo que apertava minha mão com uma certa força e também com os olhos completamente marejados. Ele se aproximou mais ainda e meu deu um selinho rápido nos lábios.
- Preciso dizer ao babaca do meu irmão que eu venci a aposta. – Ele disse em um sussurro para que eu pudesse ouvir, e no mesmo instante eu cai na gargalhada.
- Por hoje é só. – Disse a médica. – Vocês estão dispensados, nos vemos mês que vem.
Saímos do consultório com sorrisos enormes no rosto, Alec, com certeza deve estar muito mais feliz que eu, visto que sua preferência sempre foi para um menino. Retirei meus documentos com a recepcionista e fomos para o carro, conversamos o caminho todo sobre o nosso bebê e as coisas que temos que comprar, o nome já tinha sido decidido e estamos muito felizes com a chegada do nosso Lorenzo.
Assim que chegamos em casa, eu contei a novidade para meu cunhado e Amália, Anthony fez cara feia quando soube que perdeu a aposta, mas mesmo assim todos ficamos felizes com a descoberta. Depois de conversarmos sobre tudo, me bateu um cansaço muito forte e eu fui para o quarto, Alec ficou na sala conversando e apostando com o irmão e Amália e eu só precisava dormir.
[...]
Está tudo muito escuro e minha pele completamente arrepiada pelo frio, ao passar a mão pelo meu corpo, pude perceber que eu estava apenas com uma lingerie. Minha barriga estava grande, podia dizer que de vista eu estava com uns 8 meses e descendo mais minhas mãos eu senti umas correntes em meu tornozelo.
Ao tentar me mexer eu escutei algumas vozes conhecidas, uma delas era feminina e nesse momento, uma porta foi aberta e a claridade entrou no local me fazendo fechar os olhos. A mesma voz feminina veio até mim com barulho de saltos finos batendo no chão e a mesma me puxou para levantar como se eu fosse um saco de lixo, eu me sentia fraca e cansada devido ao tamanho da minha barriga. As mãos geladas dela me apertavam com muita força me fazendo gemer de dor e eu apenas ouvi ela dizer:
- Mate o bebê e ela também, quero que façam da maneira mais dolorosa possível. Quero garantias de que ela não irá sobreviver.[...]
Acordei pulando da cama e extremamente ofegante. Passei as mãos pelo meu rosto e senti lagrimas secas em minha pele, uma angustia muito forte bateu em meu peito e não é a primeira vez que tenho esse sonho, as vezes parece alguma espécie de aviso e isso está me deixando completamente apavorada.
Controlei minha respiração e deitei no peito nu de Alec, ele se mexeu um pouco para que pudesse ficar confortável para mim e senti meu bebê mexendo, parecia que ele estava agitado, como se pudesse sentir o que eu sentia, desci minha mão a minha barriga e a acariciei.
- Calma amor, a mamãe promete nunca deixar nada acontecer com você. Eu te amo. – Falei sussurrando.Eu espero que isso não passe de um sonho.
...........
Voltei voltei kkkkkkkk, postei esse capítulo hj só pra não ficarem sem nada e nn desistirem de mim.
Peço desculpas pelo tamanho do capítulo, sei que ficou mto grande, mas como teve a quebra de tempo eu queria deixar tudo explicadinho pra vocês.
Jaja eu volto com mais capitulos, nosso circo vai começar a pegar fogo 🔥
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Ma Belle
RomanceLiv Moyer, uma menina simples e com infância conturbada, perdeu os pais nova e foi mora com sua vó, o que ela não sabia era que literalmente em uma noite toda sua vida mudaria drasticamente. Alec Mancini, um grande mafioso e com um passado misterio...