Capitulo 34

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Liv Moyer

Ao sentir aquela mão, apenas me virei rezando a todos os Santos possíveis:

- Liv ? Que prazer reve-lá. – diz o homem alto a minha frente.

- Enzo ? O que faz aqui ? Está procurando o Alec ? – pergunto ainda sentindo a sensação estranha de segundos atrás.

- Não, na verdade eu estava passando por aqui e vi você com uma mulher. A princípio não tinha a identificado, mas depois a reconheci e vim cumprimenta-lá.

- A sim, bom reve-ló também. – ele me olhava de um jeito estranho, seu olhar carregava muita malícia e ao mesmo tempo, parecia ódio. Ficou um clima e estranho e pesado entre nós e resolvi prosseguir com aquilo que talvez pudesse chamar de "conversa".- Sinto muito Enzo, creio que deva estar procurando Alec, mas ele não está aqui. Tenho que voltar para casa. Tchau.

Ao virar as costas para sair, suas mãos de novo vieram ao encontro do meu braço fazendo com que a minha pele arrepiasse inteira e não de um jeito bom. Dessa vez, ele segurava minha meu braço mais forte e alguns momentos eu achei que ele fosse esmaga-ló:

- Enzo. – o chamo com a voz embargada de medo e vontade de chora. – Me solte por favor, está me machucando.

- Minha querida Liv, quero que faça um favor para mim. Diga ao seu lindo e amado noivo para tomar mais cuidado em deixar uma menina tão linda e inocente como você sozinha em um shopping, pode ser perigoso, julgando pelos fatos de ele ser tão poderoso.

Aquelas palavras me arrepiaram da cabeça aos pés, eu nem tinha mais reação apenas estava em choque. No mesmo momento em que Enzo me apertou ainda mais ouvi a voz de Amália junto com o batalhão de seguranças que vinham atrás dela. Nunca senti um alívio tão grande em ver um grupo de homens armados caminhando em minha direção:

- Senhor Enzo, vou lhe pedir encarecidamente que solte a senhorita. Não queremos tomar medidas mais drásticas. – diz o chefe de segurança.

- Relaxem, não precisamos disso. -diz me soltando. – Senhorita Mancini, não esqueça de dar meu recado, da próxima vez não serei tão cordial.

O dito cujo se vira na maior inocência indo embora quando eu estava totalmente aflita, assustada e apavorada. Eu sabia que esse homem não era bom, desde quando nós encontramos na França eu não gostei dele. Eu estava tão fora de órbita que nem estava ouvindo Amália e o chefe de segurança me chamando:

- Senhora Mancini ? Ele fez algo com a senhora ? A machucou ou a tocou ? – pergunta o chefe de segurança.

- Não, ele apenas apertou meu braço. Está tudo bem.

- Sinto muito senhora, temos que notificar o senhor Mancini. Lamento estragar o passeio de vocês mas temos que ir embora.

- Sem problemas. – responde Amália. Me sinto culpada por termos que ir embora agora, mas sinceramente não tenho mais cabeça e nem coragem de ficar aqui.

- Me desculpe Amália. Não queríamos que fôssemos embora agora, mas com tudo que ocorreu eu... - sou interrompida por ela que me olha com ternura.

- Tá tudo bem Liv. Eu sei muito bem como é se sentir assim, a melhor opção agora é irmos para casa e você ficar com seu noivo. Aquele homem não me parece legal.

- E não é. Já nos conhecíamos e desde a primeira vez que o vi, não gostei dele.

- Concordo com você. Também não gostei dele.

Anália estava abraçada comigo numa tentativa muito boa de passar segurança e conforto. Fomos até o carro escoltadas por todos os seguranças e rumo a nossa casa.

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