Capitulo 56

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Alec Mancini
Quatro dias depois...
Quatro dias se passaram desde o sequestro da Liv, quatro dias que não a vejo ou sinto o calor de seu corpo. Acho que estou começando a enlouquecer, não tivemos nenhum avanço nas buscas. O hacker que Bryan contratou, conseguiu invadir o sistema de câmeras, mas eles desviaram de todas possíveis. Quando conseguimos uma imagem mais nítida, os carros estavam sem placa e os vidros eram tão escuros, que não conseguíamos ver nem se tinha alguém dentro do veículo. Quem executou, sabia muito bem o que fazia.
Mudando de assunto, Anthony volta hoje do hospital com Amália, finalmente uma notícia boa. Pelo o que conversamos durante esses dias, ela está melhorando do acidente, não sente mais dores e está se recuperando bem rápido.
Passei os últimos quatro dias no quarto do Lorenzo, não durmo mais no meu quarto. No quarto dele tem um sofá e uma poltrona de amamentação, sempre durmo em um dos dois, quando consigo. Sempre sou atormentado por um sonho: Liv me acordando e dizendo que está viva. Não sei o que isso significa, se ela está realmente tentando se comunicar comigo ou eu estou ficando louco com a ideia de perde-la.
- Alec? – Ouvi Amália me chamando e entrando no quarto do meu filho. – Como está?
- Amália!! que bom vê-la. – Levantei abraçando-a. – Estou bem e ao mesmo tempo péssimo. Muitas oscilações de emoções.
- Eu sinto muito Alec. Sinto de verdade, além de sua noiva, ela se tornou minha melhor amiga, queria poder ajudar muito mais e poder fazer mais coisas por vocês, sei que está sofrendo, e como esse sentimento de não saber nada o está consumindo por dentro, mas, pode contar comigo para o que precisar, estarei aqui sempre. Tanto eu como Anthony também.
- Eu sei Amália, obrigada de verdade. Mas nesse momento, fico muito feliz em saber que está bem e se recuperando. Onde está meu irmão? –Perguntei a ela.
- Ele está lá embaixo naquele laboratório enorme que construiu. Gostei de ver sua dedicação em acha-la. Ela vai ficar muito feliz quando ver isso. – Indagou descendo as escadas junto comigo.
- Eu estava muito disposto a acha-la até quatro dias atrás, agora eu já desanimei. Não tivemos nenhum avanço e cada dia que passa parece ser mais difícil encontrá-la.
- Entendo como se sente, mas não desanime. Ela não gostaria de vê-lo como está agora, parece até mais magro. Está se alimentando Alec?
- Na realidade, não. Estou vivendo a base de whisky e lágrimas. – Dei uma risada sem humor, com mais dor do que pensava.
- Como sua cunhada, eu o proíbo de...- ela foi interrompida por Bryan que chegou correndo na minha direção, o rosto pálido e as pernas bambas.
- Senhor, temos um problema. – Indagou com a voz falha.
- O que houve? –Perguntei aflito sentindo a bile subir em minha garganta, esperando o pior.
- Enzo Lombardi, senhor. Ele está lá fora.
Senti como se tivesse levado um soco no estomago. O que esse bastardo quer aqui? Ele só pode estar com minha Liv e agora veio esfregar na minha cara que tem o controle da situação.
- Chame o Anthony. – Disse a Bryan com a voz grossa e rouca. De raiva. – Amália querida, acho melhor se afastar, o que acontecerá aqui não será bonito. – Voltei meu olhar a Bryan e continuei. – Quero todos os seguranças disponíveis comigo, os que estão responsáveis pela busca, podem continuar, quero apenas os que não estiverem, aqui. Pode deixa-lo entrar.
- Sim senhor.
Bryan saiu correndo para avisar os outros. Eu fui em direção a um armário que guardo armas para emergência, peguei uma pistola e certifiquei-me de carrega-la e feito isto, a coloquei no cós da calça jeans. Levei Amália para cozinha junto com Maria e garanti que as duas não saíssem de lá, deixei um segurança responsável pelas duas e voltei a sala de estar. Encontrei meu irmão com os olhos arregalados e aparentemente mais nervoso do que queria demonstrar.
- Onde está Amália? – Perguntou vindo em minha direção e se posicionando ao meu lado.
- Está na cozinha junto com Maria, deixei um segurança responsável pelas duas. – Fiz uma pausa e falei com a respiração pesada. -Relaxa, vai ficar tudo bem, não vou permitir que mais um perca a noiva. –Olhei para ele e dei um sorriso fraco.
- Muito obrigado irmão. Estamos juntos nessa. – Indagou cutucando meu ombro, assim como fazíamos quando éramos crianças e queríamos demonstrar "afeto"
Vi Enzo entrando pela enorme porta de entrada da minha mansão, escoltado pelos meus seguranças e aparentemente, sem nenhum segurança próprio, não pude avistar armas pelo seu corpo, apenas uma mulher loira, estatura média agarrada aos seus braços como se a qualquer momento ela pudesse se quebrar. Decidi acabar com a situação antes que eu cometesse uma loucura.
- O quer aqui, Enzo? – Perguntei com todo o poder e soberania que ainda me restou.
- Precisamos conversar, Alec. – Afirmou colocando as mãos para cima em forma de rendição.
Levantei uma sobrancelha e esperei pelo pior. Alguma coisa está bem errada.

Liv Moyer
- O que está fazendo aqui Paola? O quer comigo? – Perguntei com os olhos arregalados e me rastejando para trás.
Ela estava diferente. Quando nos vimos a primeira vez ela estava bem cuidada, cabelos hidratados e cuidados, pelo limpa e macia e sempre com saltos enormes. Mas, agora ela está com olheiras fundas, cabelo oleoso e preso em um rabo de cavalo e um semblante cansado, pior. Um semblante de gente louca.
- Vejo que a vadiazinha ainda lembra de mim. Que bom, assim poupamos apresentações. – Afirmou ficando de joelhos na minha frente e colocando a mão em meu queixo, me analisando de uma forma doentia.
- O que está olhando? – Perguntei tentando tirar sua mão de mim.
- Estou tentando enxergar o que Alec viu em você. Você é sem graça e sem sal.
Sério que isso se tratava de Alec? Ela é louca!
- Ele viu em mim o que não achou em você. – Eu já tinha perdido tudo, não ia machucar ela ouvir algumas verdades. - O que? Ta achando que bunda, peito e fazer gostoso na cama segura homem? Realmente, você é pior do que eu imaginava. Concordo com você, você realmente tem mais corpo que eu, e admito, você é muito bonita, mas Alec te trocou por mim, uma sem sal, porque você é vazia por dentro, a única coisa que te interessa é o dinheiro, poder e status dele. Você nunca o amou, está fazendo tudo isso por ego ferido, porque não aceita que ele te largou por uma menina de dezoito anos que conseguiu em um ano, o que você quis a vida toda.
Senti meu rosto arder com o tapa que ela me deu. Suas mãos foram aos meus braços e ela me colocou em pé. Seu olhar desceu a minha barriga e eu senti um pânico tomar conta de mim, sabia exatamente o que passava na cabeça doentia dela.
- Sabe Liv. – Fez uma pausa afiando uma faca. -Eu já engravidei, era para mim está com um filho de mais ou menos 3 anos, mas abortei. Sei o que está pensando e a resposta é não, não era de Alec. Fiquei pensando, se ele já não queria linda e perfeita, imagina flácida gorda e com os seios caídos. E minha querida, é assim que você vai ficar, assim que essa criança nascer você vai ver como vai se arrepender de não ter se livrado dela, quando Alec olhar pra você com nojo a ponto de nem te beijar mais. Mas, eu como sou legal, vou te livrar dela. Meu plano é o seguinte, te torturar até você não aguentar mais e morrer, depois jogar o seu corpo e o da criança em uma vala qualquer e ter o Alec todinho para mim. O que acha?
- Você é louca e no meu filho você não encosta. – Sua gargalhada preencheu todo o ambiente. Uma risada sombria e assustadora.
- E você acha que vai conseguir fazer o que para me impedir? Menina burra, além de feia lhe falta inteligência. Você está amarrada, grávida de 8 meses com o dobro do seu peso, está sem comer a quatro dias e está fraca. Acha que vai conseguir fazer o que contra mim?
Então eu estou aqui a quatro dias? Desde quando eu cheguei não tive mais noção de nada, nem a luz do sol eu vi mais.
- Eu não sei, mas me entregar de mão beijada a você será a última coisa que vou fazer na terra. Posso até morrer, mas vou morrer lutando. Você não me assusta Paola, no fundo você é apenas uma mulher que quer ser amada por um homem que nem lembra que você existe.
Não raciocinei, apenas senti quando ela me deu duas facadas, uma na barriga e outra na perna, senti minha pele queimando e o sangue escorrendo pelo meu corpo. A dor imensa que me atingiu, parecia que tinham tirado um pedaço de mim, cai no chão de joelhos e logo Paola veio para cima de mim de novo.
Ela me bateu e deu vários chutes pelo corpo, minha boca sangrava e eu sentia meus batimentos cardíacos ficarem cada vez mais fracos. Logo, ela veio com faca novamente e com aquela lamina afiada passou pelo meu rosto e braços, que conforme ela passava, saia muito sangue. Ela só parou quando alguém bateu na porta.
- Senhora. Temos um problema, um grande problema. – Ela se levantou, revirou os olhos e revidou.
- Que se foda! Não está vendo que estou ocupada? Te pago para resolver os problemas, não para me chamar quando tiver um.
- Sim senhora, eu sei. Mas esse problema surgiu e não temos como evitar, precisamos da senhora.
- Porra, fala logo caralho. – Disse visivelmente irritada por ter parado minha tortura.
- Enzo Lombardi, senhora. Ele... – Ela arregalou os olhos e olhou para mim, pálida. O homem do outro lado da porta foi interrompido com ela gritando.
- CALA A BOCA. Eu já estou indo. – Antes de sair, olhou para mim e deu um sorrisinho sinistro que arrepiou até minha alma. – Eu já volto querida, a brincadeira vai começar.
Ela bateu a porta e no pior momento possível, senti um liquido aguado entre minhas pernas.
Minha bolsa estourou!
Socorro!








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Chegueiiii. O Baguio tá louco kkkkkkk, mais um capítulo pra vcs, espero que gostem.
Como eu disse a vocês, nosso livro está chegando em reta final. Estou mto feliz com isso, e ao mesmo tempo triste kkk
Mas não vou me despedir agr, só queria avisa-los
Beijossss
Até o próximo capítulo 🥰

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