Capitulo 55

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                                      Liv Moyer
Eu nunca senti uma sensação tão ruim na vida. Não sei a quanto tempo eu acordei ou onde estou. Só sei que estou sentada no chão, sem minhas roupas e meus tornozelos e pulsos estão amarrados. A mesma imagem do meu sonho. Eu devia tê-lo levado a sério, ninguém sonha que está nessa situação simplesmente por sonhar, mas eu estava tão empolgada com as coisas, o quarto e as roupinhas do meu filho que nem liguei para isso.
Meu Lorenzo, meu pequeno bebê, coloquei minha mão na minha barriga e senti ele a chutando forte. Nos últimos dias ele estava tão agitado, não parava quieto e em alguns momentos até me machucava. Quando estávamos no carro, minutos antes de tudo acontecer, eu senti ele chutar ainda mais forte, como se tentasse me avisar, ou, eu posso estar ficando louca.
Minhas pernas começaram a doer devido a posição que estava, tentei me mexer, mas o mínimo de esforço que eu fazia, me cansava e eu me sentia paralisada. Acho que devido a reta final da gravidez eu me sentia exausta só de respirar, ou, me deram alguma coisa para tentar me manter quieta.
[...]
Eu estava com fome, a última vez que comi foi antes de sair de casa para comprar as coisas, devido minha falta de noção de tempo, não sei a quantas horas ou dias estou sem comer. Lorenzo começou a se agitar novamente, acho que ele está com mais fome que eu.
Usei as últimas forças que tinha no corpo para tentar chamar alguém, claro que não vão me soltar, se estou aqui tem algum motivo, mas eu precisava pelo menos de um copo de água. Fiquei chamando por longos minutos até que eu ouvi a porta a minha frente rangendo ao abrir.
E a pessoa que passou por ela foi o que mais me surpreendeu.
-Você...

Alec Mancini
- Alguma notícia? – Perguntei entrando numa espécie de laboratório que criei em casa para podermos acharmos Liv. Contratei os melhores investigadores, policiais e tudo que consegui em 2 horas.
- Senhor, estamos fazendo de tudo. Peguei todas as informações do momento que aconteceu o acidente e estamos tentando achar um carro, uma pessoa, qualquer coisa. Pedi acesso ao governo para as câmeras de segurança daquela noite. – Falou Liam, um dos melhores investigadores da Itália.
- Eles já liberaram o acesso? – Ele torceu o nariz e fez uma expressão que não pude decifrar.
- Hum.... Não senhor. Disseram que não poderiam liberar o acesso, é algo privado do governo e mesmo mandando em tudo na máfia, o senhor não pode exigir nada.
- Filhos da puta!! – Falei baixo. Temos uma regra clara com o governo de que se eles não mexerem com a gente, não mexemos com eles, mas, mesmo a máfia sendo a máfia, somos melhores que esse bando de corruptos. – Eu quero um Hacker. Aqui e agora. Não me importa o preço, só quero o mais rápido possível.
- Sim senhor, conheço alguém de confiança. – Disse Bryan pegando o celular e discando um número.
- Eu estarei no meu escritório, qualquer novidade eu quero ser avisado.
Sai de lá batendo o pé e indo para minha poltrona novamente. Eu sabia muito bem passar a sensação de: Está tudo bem. Mas não estava, não conseguia ficar no nosso quarto e muito menos na nossa cama, ainda estava com o cheiro dela e eu sempre me lembrava de suas manias logo de manhã, ou quando levantava correndo da cama porque precisava fazer xixi. Quando tomávamos banho juntos e ela sempre com aquele sorriso que iluminava minha vida nos piores momentos, sua risada, seus olhos que pareciam literalmente a janela da alma e aquele corpo milimetricamente perfeito. Mesmo grávida, ela continua linda.
E aqui estou eu, sentado na poltrona, com um quadro que tinha nossa foto na mão e chorando. Chorando como um bebê, pela sensação de impotência e inutilidade.
Fiquei pior ainda quando Maria, uma das melhores cozinheiras que já vi, entrou na minha sala falando que uma equipe tinha chegado para montar o quartinho do meu filho. Meu mundo desabou de novo, mas por algum motivo, não proibi a entrada deles, deixei virem e fazerem o trabalho, acompanhei tudo de perto, desde o papel de parede até o ultimo ursinho de pelúcia.
E ficou lindo, Liv teve um ótimo gosto para escolher tudo. Todas as coisas, cobertor, toalha, mamadeira personalizados com o nome dele. Quando terminaram, eu os paguei e me permiti entrar naquele quarto que me trazia tanta paz e ao mesmo tempo desespero. Peguei os bichinhos de pelúcia na mão, as roupinhas e tudo com aquele cheirinho suave de bebê. Deixei minhas lagrimas caírem novamente e me joguei no chão como uma criança.
Isso vai me matar...







.........
Oiie, escritora sumida. Mas relaxem, teremos surra de capítulos kkkkkk.
Esse ficou pequeno mas os próximos estão bem grandes, estou até pedindo desculpas adiantado, mas estão ótimos também.
Quem está com dó do Alec ? Gente, escrevo esses capítulos chorando kkkkkkkk juro pra vcs.
Bjsss, até o próximo capítulo

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