Capitulo 61

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Capitulo 61
Liv Moyer
1 semana depois
Minha cota de hospitais literalmente já deu.
Estou desconfiada que peguei um leve trauma dessas cores, definitivamente eu não quero nada em casa que seja em tons de marrom claro e branco.
Amália está aqui do meu lado me ajudando a arrumar as malas enquanto brinca com Lorenzo. Essa última semana foi bem estranha, mas ao mesmo tempo boa, me recuperei do meu ferimento a bala, aprendi tudo possível sobre meu filho com as enfermeiras e estamos cada dia melhor. Meu bebe está ganhando bastante peso e as vezes acho que pari um dragão e não uma criança. Ele me puxou na parte da comida.
Não dá para dizer com quem que ele se parece ainda, mas tem o cabelo do pai e o formato da minha boca, o nariz e o formato dos olhos são do Alec também. Resumindo, carreguei nove meses e estou descobrindo que vai ser a cara dele. Inacreditável!!
Sobre nós, bom. Alec não saio de perto de mim nessa última semana, deixou Dionísio cuidando dos seus assuntos e ficou aqui comigo. É um pai babão. Não larga o filho de jeito nenhum e a vezes acho que prefere mais ele do que eu.
Ciúmes? Acho que não.
Eu não quis saber o que aconteceu com a Paola. Soube que pegaram ela, mas não quis detalhes, pelo menos não no hospital, a única coisa que eu quis nos últimos dias, era calma e tranquilidade. Tive alguns pesados durante essas noites e sempre acordava com Alec segurando minha mão e com os olhos úmidos. Ele se culpa todos os dias pelo o que aconteceu comigo e de certa forma com o nosso filho. Eu já lhe disse que ele não tem culpa de absolutamente nada e que Paola precisa de cuidados médicos, mentalmente ela não está bem e achou que me machucando iria ferir meu noivo. Ela conseguiu, mas não totalmente. Todo plano tem uma falha, e a dela, foi mexer comigo.
Os irmãos Mancini estavam aqui a pouco tempo, ambos saíram para comer e isso significa que tem uma legião de segurança na porta do quarto, corredor, entrada e no estacionamento. Acho que agora Alec exagerou. Terminei de arrumar todas as malas e peguei Lorenzo do berço para colocar no bebê conforto, Amália, uma das melhores pessoas que podia ter ao meu lado, pegou toda nossa bagagem para podermos ir embora, mas claro, antes vamos parar na lanchonete para um "lanchinho". Se é que me entendem.
Ninguém me disse que amamentação dava tanta fome, eu amamento o Lorenzo com uma tigela de sopa do lado, e quando eu digo tigela, é algo considerável. Segundo as médicas, é algo totalmente normal, bom, pro Alec e Anthony não é nada normal, ambos me encaram como se eu tivesse virado um monstro de sete cabeças e por mais que eu explique, eles não entendem. Homens!!
Saímos do quarto com quinteto fantástico. Sim, cinco seguranças para duas mulheres. E fomos para a lanchonete, Alec e Anthony estão comendo e conversando com Enzo e Alicia, um casal e um amigo que eu não esperava, mas nos últimos dias, os dois tem feito muitas coisas por mim, Alicia é um amor comigo e adora o Lorenzo.
Um detalhe, Amália morre de ciúmes.
- Olá, como vocês estão? – Pergunto a Alicia e Enzo abraçando os dois.
- Estamos bem e vocês? – Enzo indaga olhando para meu filho e cunhada.
- Estamos na medida do possível. – Amália responde indo em direção a Anthony.
- Amor. Imaginei que você estivesse com fome e pedi dois folhados daquele que você tanto gosta. – Alec diz me puxando para o seu colo.
- Eu já disse que eu te amo hoje? – Pergunto beijando seus lábios. – Mas não tente me comprar com comida senhor Mancini.
- Talvez eu possa te comprar com outras coisas. – Fala apertando minha cintura.
- Alec!! – Digo me escondendo na curva do seu pescoço.
- Relaxa amor, não é como se todos aqui não soubessem o que é sexo ou como nós fizemos aquela coisa linda ali. Aliás, ele vai ser lindo igual eu, imagina a quantidade de namoradas.
Enzo e Anthony se entreolham e caem na gargalhada. Não estou gostando disso.
- O filho vai superar o pai com o título de maior galinha da Itália. – Anthony brada esfregando a mão no ombro do irmão.
Eu apenas abro a boca formando um "O". O Mancini mais novo arregala os olhos ao perceber o que falou, e só para me divertir, finjo estar brava.
- Veja bem cunhadinha, não foi isso que eu quis dizer... – Ele trava se enrolando nas palavras.
- Meu filho não será assim e eu espero que você tenha uma menina Anthony. Tenho certeza que Amália vai me ajudar nessa tarefa. – Pisco para ela.
Ele coloca a mão no peito fingindo um ataque cardíaco. Ele devia ser ator.
- Alec, pelo amor. Controle sua mulher, olha esse absurdo que ela disse. – Ele faz cara de choro.
- Pode deixar, controlo ela mais tarde. – Alec diz bebericando seu café.
Vocês sentiram o poder dessa simples frase?
Controlo...
Meu corpo simplesmente se acendeu completamente, meus pelos se arrepiaram e aquela sensação úmida entre as pernas que só ele consegue me proporcionar. Como senti falta.
- Isso significa mais sobrinhos? – Anthony pergunta feliz.
- Por que você não faz os filhos dessa vez? Eu já fiz o meu.
Ele e Amália se entreolham. Algo que não sabemos?
- Vamos pensar nessa opção.
Encerramos a conversa sorrindo. Mais crianças!!
[...]
- Eu nunca imaginei que sentiria tanta falta de casa. – Meus olhos completamente marejados a essa altura.
- Seja bem-vinda de volta, meu amor. – Alec me abraça por trás e desfere beijos pelo meu pescoço.
Viro-me para beija-lo mais afundo. Um beijo que parece prometer mil coisas, mas acima de tudo transparece a saudade, o desejo, a vontade que temos um do outro, e ao contrário do que muitos dizem, nosso amor só se fortaleceu com tudo que aconteceu e ainda mais com a nossa cópia do Alec em meus braços. Ao invés de um pênis ele tem uma máquina de xerox.
- Por favor casal, meu sobrinho está entre vocês. Ele ainda não está na idade de saber como foi feito. Me deem ele. – Anthony pega o sobrinho nos braços com uma cara de reprovação na direção do meu noivo.
- Foi só um beijo, para de drama Cinderela falsificada.
Eu não preciso dizer que quase morri com esse novo apelido. Esses dois não tem limite.
- Olha Alec, não vou permitir que me trate dessa maneira só porque é mais velho. Me defende Amália, ele está me ferindo. – Ele coloca a noiva na frente como se pudesse protege-lo. Detalhe: Ele é duas vezes mais alto que ela.
- Onde estão o Enzo e a Alicia? Eles vieram com a gente não foi? – Pergunto olhando ao redor.
- Eles foram para o quarto, disseram que precisavam de um banho e trocar de roupas. Mas eu confio mais na hipótese de estarem fazendo outro sobrinho para mim. – Anthony diz.
- Eles estão ficando aqui? – Indago olhando para Alec.
- Sim, desde quando você desapareceu, Enzo ofereceu ajuda e eu dei um quarto para eles. Disse que podiam ficar até quando quiserem, e acho que estão gostando da estádia.
- Que bom. Nós podíamos pedir uma pizza né, com muito ketchup. – Digo salivando.
- Alec, você já engravidou a mulher de novo? Que fome toda é essa? – Anthony pergunta com olhos arregalados.
- É a amamentação. A médica disse que é normal sentirmos bastante fome. – Respondo já pedindo nossa janta.
- O que está acontecendo? – Enzo pergunta descendo as escadas com uma roupa confortável e Alicia ajeitando o cabelo.
- Estamos pedindo pizzas. Qual sabor vocês preferem?
- Eu como qualquer uma. – Enzo participa.
- Frango com Catupiry. – Anthony E Amália dizem em uníssono.
- Calabresa. – Meu noivo se pronuncia.
- Eu gosto de quatro queijos. – Alicia diz tímida.
- Ok, vou pedir.
[...]
Um resumo da nossa janta?
Somos uma família muito doida. Passamos as últimas três horas falando sobre nosso passado e as coisas idiotas que fazíamos quando éramos crianças. Anthony é o menos normal da família, aos sete anos, ele beijou um passarinho porque ele queria descobrir como era beijar.
Com um passarinho? Como ele conseguiu segurar o passarinho? Como o bichinho deixou ele fazer isso?
Quer saber? Melhor nem pergunta. Nem parece que temos um bebe de uma semana em casa, Lorenzo ficou quietinho a noite toda e só resmungou quando acordou, mas logo depois dormiu de novo. Agora, estamos todos nós indo para nossos "aposentos" e eu, indo para o quarto do meu filho. Tenho uma leve noção de como deve estar, lembro de praticamente tudo que eu comprei, só preciso ver a disposição.
E como eu imaginei, está perfeito, do jeitinho que eu imaginei e queria. Meus olhos se inundam em lágrimas quando eu entro com meu pequeno nos braços, ele acabou de acordar, provavelmente está com fome e eu maravilhada com as coisas. Sento na poltrona de amamentação e ele praticamente engole meu peito. Realmente estava com fome.
Ficamos ali um bom tempo, ele mamando e nós nos olhando, aos poucos, vai fechando os olhinhos calmamente e eu não sei como é possível amar tanto assim.
- Como vocês estão? – Alec pergunta se sentando a minha frente.
- Estamos bem. Ele acabou de dormi e está devidamente alimentado. – Respondo com um sorriso. – Vou colocar ele no berço e precisamos conversar.
Ele franze o cenho e o vejo ficar um pouco nervoso.
-Eu quero saber sobre a Paola. O que aconteceu com ela? – Pergunto deixando Lorenzo no berço e chegando mais perto dele. Seus músculos se contraem e ele cerra o maxilar.
- Ela ainda está viva. É tudo que precisa saber. – Ele responde seco.
- Alec, por favor. Fala comigo, você sabe o que que acontece quando não conversamos. O que pretende fazer com ela?
Ele se senta na poltrona e coloca as mãos sobre a cabeça e solta um suspiro frustrado, ele está mais perdido que eu.
- Eu não sei. – Sussurra. – Não quero que pense que eu sinto algo por ela, nada além de ódio por tudo que fez com você. Mas para mim, matá-la é a melhor opção. Por mais que implore e diga que vai mudar, conheço esse tipo de pessoa e acredite em mim, é melhor morta do que viva. Para mim, eu torturava, esquartejava e jogava para os cachorros, fui criado para tratar inimigos assim, mas sei que não vai me apoiar.
Respiro fundo e sento no seu colo. Estamos decidindo a vida de uma pessoa aqui.
- Você sabe que eu sou contra a violência e em outros tempos eu não concordaria com isso. Na verdade, eu nem acreditava em mafiosos, para mim, era coisa de filme. Mas nós dois em um ano mudamos muito, até o momento que ele mexe comigo, estava tudo bem, mas a partir do segundo que ela colocou as mãos no meu filho, eu te dou carta branca para fazer o que quiser. E eu quero estar junto.
Alec arregala os olhos e me encara até pálido.
- Você quer estar junto? – Pergunta desconfiado e baixo.
- Sim, eu quero estar junto. – Respondo com toda a minha confiança. – Onde ela está?
- Em um lugar afastado, onde levamos inimigos para "interrogatório".
- Vamos lá amanhã, quero acabar com isso logo. Quero nosso filho em um mundo sem Paola.
Ele se levanta comigo no colo e eu automaticamente enrolo as pernas em sua cintura, nos direcionando ao nosso quarto.
- Já disse o quanto te amo e lhe admiro Senhorita Mancini? – Pergunta com a voz rouca e sexy. Que faz minha calcinha parecer estar em uma cachoeira.
- Hoje ainda não. – Faço biquinho.
- Todos dizem que ações valem mais que palavras, então vou te provar que te amo em outra linguagem. – Diz me colocando sobre a cama e tirando a camisa.
E o nosso fogo acendeu totalmente.
Ele se deitou sobre mim e sua boca rapidamente se sobrepôs à minha, numa dança erótica e num ritmo que só existia para a gente, minha blusa voou rapidamente também e meus braços foram colocados para cima e Alec desferiu beijos pelo meu colo e meus seios. O tempo todo seus olhos vidrados no meu.
- Diga que me quer tanto quanto eu quero você. – Perguntou com a voz que parecia mais um trovão.
- Eu te quero mais que tudo! – Choraminguei.
Sua boca desceu até minha barriga, beijos molhados e lentos até o botão da minha calça. Com movimentos precisos ele tirou minha peça de roupa e voltou ao meu sutiã que foi o próximo a ir para um lugar do quarto que vou ter que procurar, logo minha calcinha.
Seus olhos se arregalaram ao olhar para meu corpo nu. Do mesmo jeito que a gravidez me deu novas curvas e mudou muitas coisas no meu corpo, algumas cicatrizes foram acrescentadas e eu o vi olhar, amar e beijar cada uma. A insegurança é inevitável, acho que é assim com muitas mulheres, o medo de rejeição ou de não atender mais os padrões postos pela sociedade. E claro, uma lágrima escorreu por meus olhos.
- O que foi amor? Está sentindo dor? Quer que pare?
- Não, está tudo bem. Só fiquei emocionada e ao mesmo tempo insegura. Acho que você percebeu que meu corpo mudou bastante. – Respondo corando e tentando me esconder.
- Sim, mudou bastante e está mais perfeito ainda. Você está linda amor, e só de saber que você está assim e com essas cicatrizes por trazer nosso filho ao mundo, quem deveria ficar emocionado sou eu.
- Eu te amo! – Digo com a voz embargada.
Fizemos amor a noite toda e eu não me lembro quando foi a última vez que dormi tão bem.













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Voltei, pedi pra não desistirem de mim.
Ai gente, eu tô emocionada
O nosso livros está chegando ao fim 🥺
Mas nada de chorororo agr, só vim deixar mais um cap quentinho aq pra vcs
Acabei de escrever.
Espero vocês no próximo.
Bjssss

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