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– Como se sente agora, querida Carmilla? Está realmente melhor? – perguntei.
Eu estava começando a ficar alarmada, pois ela parecia ter sido tomada pela estranha epidemia que havia invadido os campos ao nosso redor.
– Papai ficaria muito aflito – acrescentei – se achasse que você estivesse mesmo que só um pouco doente sem nos dizer imediatamente. Temos um médico muito habilidoso aqui perto, aquele que estava com papai hoje.
– Tenho certeza que sim. Sei como todos vocês são gentis; mas, minha querida criança, já estou bem novamente. Não há nada de errado comigo, além de um pouco de fraqueza. As pessoas dizem que sou lânguida; incapaz de me esforçar; mal posso andar a mesma distância que uma criança de três anos: e, ocasionalmente, a pouca força que tenho me falta, e fico como você viu. Mas depois me recupero facilmente; em um momento sou eu mesma de novo. Veja como me recuperei.
E de fato, ela se recuperara; nós conversamos muito, e ela estava muito animada; o resto da noite se passou sem nenhuma ocorrência do que chamo de “suas paixões”. Com isso quero dizer sua conversa e olhares estranhos, que me embaraçavam, e até mesmo assustavam.
Mas naquela noite ocorreu um evento que colocou meus pensamentos em uma nova direção, e que pareceu até mesmo transformar a natureza lânguida de Carmilla em uma energia momentânea.

Carmilla - A Vampira de KARNSTEINOnde histórias criam vida. Descubra agora