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- O que é? – perguntei, começando a ficar assustada.
– Nada, minha cara jovem, além de um pequeno ponto azul, mais ou menos do tamanho da ponta do seu dedo mindinho; e agora – ele continuou, voltando-se para papai – a pergunta é: o que devemos fazer?
– Há algum perigo? – perguntei, receosa.
– Confio que não, minha cara – respondeu o médico. – Não vejo por que você não deva se recuperar. Não vejo por que você não deva começar a melhorar imediatamente. É nesse ponto que a sensação de estrangulação começa?
– Sim – respondi.
– E, lembre-se o melhor que puder, o mesmo ponto foi o centro daquela sensação que acabou de descrever, semelhante a uma corrente de água fria?
– Pode ser; creio que sim.
– Ah, vê? – ele acrescentou, voltando-se para meu pai. – Devo falar com Madame.
– Certamente – disse meu pai. Ele chamou Madame, e disse:
– Creio que minha jovem amiga aqui está longe de estar bem. Não é nada sério, espero; mas será necessário que sejam tomadas algumas providências, que explicarei aos poucos; mas enquanto isso, Madame, a senhora deverá ter a gentileza de não deixar a Senhorita Laura sozinha nem por um momento. Essa é a única instrução que devo dar no momento. Isso é indispensável.
acrescentou. – Sei que podemos contar com sua gentileza, Madame – meu pai
Madame disse enfaticamente que sim.
– E você, querida Laura, sei que obedecerá as ordens do doutor.
– Devo pedir sua opinião sobre outra paciente, cujos sintomas lembram ligeiramente os da minha filha – muito mais leves, mas acredito que do mesmo tipo. É uma jovem, nossa convidada; mas, como o senhor disse que virá para cá novamente esta noite, deve jantar conosco, e então poderá vê-la.

Carmilla - A Vampira de KARNSTEINOnde histórias criam vida. Descubra agora