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- Sim, pobrezinha! Quando a vi pela última vez ela estava adorável – disse meu pai. – Fiquei mais desolado e chocado do que posso dizer, caro amigo; sei o choque que aquilo foi para você.
Ele tomou a mão do General, e eles apertaram as mãos. Lágrimas se acumulavam nos olhos do velho soldado. Ele não tentou ocultá-las. Ele disse:
– Temos sido bons amigos; eu sabia que você sentiria por mim, que não tenho filhos. Ela se tornou objeto de meu grande afeto, e retribuiu meu cuidado com uma afeição que alegrou minha casa e tornou minha vida feliz. Agora, tudo isso acabou. Os anos que me restam na terra podem não ser muitos; mas pela graça de Deus espero prestar um serviço à humanidade antes de morrer, e servir a vingança dos Céus sobre os demônios que assassinaram minha pobre criança na primavera das suas esperanças e beleza!
– Você disse, agora mesmo, que pretendia contar tudo que aconteceu – disse meu pai. – Por favor, faça-o; garanto que não é mera curiosidade que me impulsiona.
Naquele momento, chegamos ao ponto no qual a estrada Drunstall, pela qual o General havia vindo, se separa da estrada que nos levaria a Karnstein.
– Falta muito para as ruínas? – perguntou o General, olhando ansiosamente à frente.
– Cerca de meia légua – respondeu meu pai. – Por favor, vamos ouvir a história que prometeu.

Carmilla - A Vampira de KARNSTEINOnde histórias criam vida. Descubra agora