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...e uma vez que a alcança, a segura pelos cotovelos.

- Mika, me escuta pelo amor de Deus!

A japonesa debate-se incansavelmente. Gabrielle a agarra com mais força, agora pela cintura.

- Solte-me! Deixe-me ir!

- Você não vai sair daqui sem ouvir minha explicação! Eu estava bêbada, Mika! Perdoe-me! - Gabrielle apertava-na de encontro ao peito.

- Que desculpinha mais esfarrapada, Gabrielle! Se estivesse, nem se lembraria do que aconteceu!

- Eu não sei o que houve, Mika! Apenas não consegui me controlar!

- Está admitindo que não se conteve aos encantos daquela vadiazinha? - Mika se remexia sem parar.

- Como pode exigir-me fidelidade, se você não tem o mesmo compromisso comigo? Você sumiu por vários dias, fiquei carente, pensando uma porrada de besteiras!

Mika engole seco. Gabrielle tem completa razão em justificar-se com o argumento, mesmo que seja doloroso de ouvir. Mas, não se dá por vencida. Seu orgulho fala em alto e bom tom:

- Então é simplesmente assim?! Enquanto eu zelo pela sua segurança, você não consegue me esperar e, aproveita para ir para cama com a primeira que surge?!

- Nem chegamos a tanto, na verdade. Nem precisei usar a boca. - conta em um dar de ombros despreocupado, sem sinal de culpa ou arrependimento.

Essa revelação ferve o sangue de Mika. Ela empurra Gabrielle e lhe dá outro tapa.

- Cretina!

Gabrielle leva a mão ao rosto e esfrega o lado da face que foi atingido:

- Pode me bater quantas vezes quiser, Mika. Isto não muda o fato de que você e eu nunca vamos passar disso aqui! Eu vou continuar sendo seu brinquedo, que você só pode usar entre quatro paredes! Ninguém é de ninguém, não é assim que vocês dizem? Eu estou só aprendendo a sobreviver no meio de toda essa merda!

- Cala a boca, Gabrielle! Você não é uma de nós! Não é como nós! E, eu não irei permitir que manche sua pureza. Você vai ser sempre a menina ingênua, verdadeira e sensível que chegou em Tóquio. Para que isso aconteça eu sou capaz até de me afastar, para dar lugar à outra mulher que seja pra você o que eu não posso e nunca serei. Alguém que te ofereça algo a mais e melhor do que temos.

- Você não entende, não é? Eu não ligo pra nada disto! Eu não me importo de ser usada desde que seja por você. Eu não quero outra mulher. O que houve com a Tomoyo foi em um momento de vulnerabilidade e não vai mais se repetir. Eu não quero te pressionar, nem exigir nada, Mika. Mesmo que todos digam que não temos futuro juntas, eu só espero que você não destrua minhas esperanças. Mas se você quiser me deixar, eu vou dar minha cara pra bater e superar mais essa.

Mika fica em silêncio por alguns instantes que parecem uma eternidade para Gabrielle. A lutadora dá às costas, e se esforça para reter as lágrimas que se formam e teimam em rolar.

Mika a abraça daquela forma, e sussurra em seu ouvido:

- Eu não posso te deixar, nem que quisesse, eu conseguiria. É tarde demais pra voltar e fugir disso. Eu te amo Elle e quero ficar com você. Me desculpe! Eu perdi a cabeça! Com você é assim; eu não sei me conter, nem raciocinar.

Gabrielle desfaz o laço, vira-se para a japonesa e segura sua face com as duas mãos:

- Eu também te amo, Mika. Preciso de você. Não me tire essa felicidade. Quero viver esse romance até o último momento. Desfrutar dele como nunca fiz em nada na minha vida. Quanto ao patrocínio do Mitsuo não há mais nada o que fazer. O que está feito, está feito.

Sexo, Ringue e Paixão em Tóquio Onde histórias criam vida. Descubra agora