Capítulo 25 - Aos poucos

167 9 1
                                    


Carla arrastou Nanda para dentro envolvida em um beijo louco e cheio de desejo. A saudade só havia aumentado aquilo que sentia, e as conversas mais quentes pelo telefone deixaram Carla louca para senti-la pessoalmente. Puxou Nanda para dentro sem desgrudar de seus lábios e encostou-a na parede ao lado da porta.

Suas mãos já passeavam nas costas por dentro da blusa, naquela pele incrivelmente quente e macia de Nanda. Ela era maravilhosa! Gemia presa ao beijo de Carla. Então Nanda inverteu as posições prendendo-a na parede. Segurando Carla pela cintura colou ainda mais os corpos. Com uma das pernas de Carla entre as suas Nanda esfregava-se nela ofegante por aquele contato. Quando uma das mãos de Carla deslizou e agarrou possessiva seu seio Nanda desvencilhou dela rapidamente. Ainda estava ofegante. Ajeitou os cabelos procurando ar.

--Carla, a gente precisa conversar. – Carla a olhou confusa. Já estava se dando a ela totalmente! O que mais ela podia querer? Nanda a puxou para que sentasse no sofá. Sentou em seu colo, trocaram um beijo mais calmo. Trocaram um olhar.

--Então Nanda, já disse que nem meu coração quero de volta! Uma coisa que não dou nem parte a quase ninguém, o que falta pra entender que te quero?! – Nanda moveu a cabeça em negativa.

--Não funciona pra mim assim Carla. Por mais que eu esteja cheia de desejo de você, eu tenho meu tempo pra me entregar! Preciso que você respeite este tempo. Preciso do momento certo para me entregar a você! Não é como por telefone, é muito mais real! Eu preciso que tudo seja ao meu tempo entende? – Carla suspirou.

--Entender eu não entendo mas... – Nanda a interrompeu.

--Não quero que seja uma noite, uma noite qualquer, quero que seja muito especial! E... – Carla a interrompeu.

--O que quer para que seja especial? Podemos ir para onde quiser. Te compro rosas! Um roseiral todo! Te compro uma ilha e encho de rosas! Não... Espera, rosas não vai dar porque... – Nanda riu e interrompeu-a.

--Não! Sua boba, não é este tipo de especial planejado, só quero que aconteça aos poucos, no momento que eu me sentir segura. Entende isso? – Carla a olhou e acariciou de leve o rosto. Falou baixinho.

--Amor... Você é virgem? – Nanda riu e a estapeou.

--Claro que não né Carla! Se fosse teria perdido minha virgindade pelo telefone com você! Já tive um namorado. Ele se foi. Te disse um dia que eu perdi alguém. – Carla a acariciou o rosto.

--Sinto muito mesmo! Como isto aconteceu? Te incomoda falar disto? Se te incomoda não precisa...

--Não. Estou bem. Faz tempo. Foi como uma abdução. Avião desaparecido a caminho do Egito. Sem destroços, sem comunicação de falha nada! Oito horas depois do desaparecimento eu já sabia que nunca mais o veria. Ele era uma pessoa incrível! Depois dele fui pra cama com só mais um garoto, mas não tínhamos intimidade e foi horrível. Eu preciso de ligação, de sentimento. – Carla estava séria.

--Sinto muito por ele, mesmo! – Beijou-a com carinho. – E eu posso respeitar seu tempo. Não prometo controlar minha mão boba, nem desistir de ter você. Mas se não me provocar muito, e me ajudar a frear na hora certa acho que consigo suportar essa tortura boa! – Disse sorrindo e enfiando o rosto no pescoço de Nanda dando mordidinhas e fazendo-a arrepiada. Nanda a beijou. Segurou seu rosto com as duas mãos e olhou em seus olhos.

--Eu quero muito de você, quero você demais! Vai saber quando eu estiver pronta! – Carla beijou-a mais uma vez. Nanda sorriu.

--Nossa Nanda! Eu estava com muita saudade dessa boca e desse sorriso! Dorme comigo hoje? – Nanda a olhou em dúvida. – Vamos! Para com isso! Vou dormir com você, te acariciar, não vou fazer nada que não queira! – O medo de Nanda era exatamente o que poderia acabar querendo! Concordou com a cabeça ainda sorrindo. Carla continuou. – Ótimo. Amanhã pela manhã vai sair comigo. Tenho uma surpresa. – Nanda arregalou os olhos.

O Poder eo SonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora