Capítulo 34 - Advertência

128 8 0
                                    



--Olha é aquela lá! – Carla disse à Nanda no aeroporto.

--Sem essa! Aquela é a Ângela Vieira! – Carla riu.

--Não é nada! Para palhaça! – Nanda ainda não acreditava.

--Sério mesmo? Nossa sua mãe é a cara da Ângela vieira! Agora entendo porque você é tão linda Amor! – Desciam a escada rolante.

--Engraçadinha! Sei que não sou parecida com minha mãe! Ela diz que sou a cara do meu pai! Ele se mandou antes de saber que minha mãe estava grávida outra vez, e ela não quis contar. Vi ele algumas vezes no bar da rua onde morávamos, mas era um bêbado idiota. Ele passava pelo Leandrinho que ele sabia que era filho dele e nem cumprimentava. Minha Mãe não, esta é guerreira e sempre esteve lá pra gente, pra tudo! Amo esta minha velha! – Já chegavam ao encontro da senhora que de velha não tinha nada. Ela abraçou-se na filha. Trocaram muitos beijos. Mediu-a de cima abaixo.

--Tá magra! Muito magra! –Olhou Nanda e sorriu. – Então esta é a garota fantástica que explodiu o cofre onde guardou seu coração? Você é linda! Me dá um abraço! – Nanda a abraçou sorridente.

--Ouvi falar muito da senhora Dona Lena! – A mulher sorriu.

--Só você?! – caminhavam em direção ao carro. – Eu que ouvi falar de você! Ela me ligava toda noite com essa boca mal educada dela! "Mãe eu tô me apaixonando, Mãe eu tô na merda, Mãe eu tô fodida!" Era isso que dizia! – As duas riam, Carla viu que iam se dar bem demais para o seu gosto!

Já em casa Carla foi guardar as coisas da mãe no quarto de hóspedes. A mãe sempre acompanhava as finais, e aproveitava para passar um tempo com ela. Moraram juntas até Carla fazer dezessete, depois a mãe já confiava nela e decidiu voltar para o Brasil.

Assim que Carla subiu, sua mãe assumiu um semblante doce e um tanto mais sério.

--Nanda, vem comigo. Eu quero te mostrar uma coisa. – Pegou-a pela mão e levou-a até a sala de troféus. Lá se dirigiu até aquela estante onde havia a velha bola, o uniforme infantil e o álbum. – Estas coisas aqui, elas são de um filho que perdi! Doeu muito! E eu não perdi só este filho quando isto aconteceu... De alguma forma... Eu perdi Carla também! Ela ainda estava lá, mas a garotinha brincalhona e sorridente que tomava banho no tanque, e calçava meus sapatos, esta se foi com ele! No momento que ela vestiu esse uniforme, e chutava bola na parede com a cara determinada e fechada, eu soube que ela era uma nova pessoa. Tentei conversar com ela, mas se você falasse qualquer coisa sobre perder o irmão ela fugia por várias horas! Ela se trancou e virou outra pessoa para escapar de sua dor... E estes dias... – Os olhos dela ficaram marejados. – Ela estes dias me ligou, e com voz doce, disse que estava fazendo bolinhos de chuva pra você, e que o cheiro deles, dava saudade do irmão! Você trouxe a minha garota de volta! Ela... Ela diz que te deu o coração, mas não... Você deu novamente um coração a ela! – Abraçou Nanda. – Eu estou muito feliz, não dá pra explicar a felicidade que sinto por minha filha ter te encontrado, mas... Eu te peço! Não a magoe! Ela nunca se deu assim a ninguém, e ela não suportaria! Eu te peço por favor! Não machuque o coração que obrigou minha filha a usar outra vez! – Lágrimas banhavam o rosto das duas.

--Dona Lena, eu amo sua filha mais que tudo nesse mundo! Mais do que todo o universo que é tão importante pra mim! Se eu a magoasse, eu morreria de tanta dor! – As duas se abraçaram apertado. Limparam as lágrimas disfarçadas e sorriram, Carla já às procurava pela casa. – A senhora ainda segurou Nanda pelo braço.

--Nanda. É sério! Minha filha não parece, mas é muito sensível! Eu gostei muito mesmo de você, mas se você magoá-la sou capaz de qualquer coisa por ela! Nunca esqueça isto! – Nanda encarou-a assustada.

--Eu prometo Dona Lena! Não vou magoá-la não! – Foram ao encontro de Carla.

Dona Lena deitou para descansar da viagem e Nanda e Carla foram assistir a um filme no quarto. Deitadas uma nos braços da outra trocavam cumplicidade, conversinhas melosas e carícias.

--Amor, o que achou da minha Mãe?! – Nanda riu.

--Gostei muito dela e... E ela me assusta! Disse que vai me matar se eu brigar com você! – Carla riu, sabia que Nanda estava brincando, mas a mãe devia ter mesmo dito algo parecido.

--Ei, é melhor você levar minha Mãe a sério! Já vi ela espancar um treinador! – Nanda ajeitou-se naquele abraço olhando para ela a esperar pela história. – Ah quer que conte? Então tá! Eu tinha dez anos. Já jogava em um time da liga e minha mãe ficava atenta a tudo que acontecia com os atletas. Então um dia o treinador quis me dar uma injeção, que já havia aplicado em quase todas as garotas, e eu me recusei. Disse que minha Mãe mandou que não tomasse nada que ninguém me oferecesse. Ele disse que era vitamina. Eu esperneei e saí correndo, peguei dois ônibus sozinha, cheguei em casa e contei tudo pra minha mãe! Ela voltou lá furiosa! Estapeou o homem, depois fuçou à força a mochila dele e achou as injeções. Eram anabolizantes, hormônio masculino. Ela enfureceu e espancou o cara, fez um escândalo ali e ele foi expulso da liga. Nunca vou esquecer daquilo! Ela afinou muito a voz e gritava "você quer que minha filha tenha bigode e um saco seu filho da puta!" – As duas riram. – Portanto aconselho que não brigue comigo amor! Minha mãe tem a mão pesada!

--Então se comporta direitinho. – Nanda disse beijando o pescoço. – Faz tudo que eu gosto! – Alisou o meio das pernas de Carla. – Faz assim bem gostoso e nunca vou brigar com você! – Suas mãos já despiam Carla. Subiu nela, beijando a boca deliciosa, desceu pelo queixo, pescoço, e tomou os seios, beijou, chupou e mordeu de leve deixando-a toda arrepiada. A boca deslizou para a barriga, enquanto as mãos arrancavam o short deixando-a só de calcinha. Por cima da calcinha beijou o sexo e aspirou o aroma delicioso. Há tanto tempo queria provar o sabor de Carla, e mesmo que estivesse um pouco insegura quanto ao que fazer já não podia esperar. Ela estava molhada e quente! Era tão gostoso! Nanda deslizava o rosto, beijando e esfregando sobre a calcinha, enquanto Carla sufocava os gemidos mordendo uma das mãos. Arrancou a calcinha dela sem mais poder esperar, e mergulhou com beijos quentes e exigentes naquele sexo que a chamava. Carla se contorcia e respirava difícil. Nanda deslizou a língua sobre o grelinho até a entradinha molhada sugando o sabor delicioso da sua mulher que abria as pernas e rebolava para ela tão entregue. Aquilo era delicioso! Seu sexo já pulsava enlouquecido entre as pernas, somente por sentir o prazer imenso que causava nela. As duas mãos seguravam firmes o quadril de Carla, soltou uma das mãos, e com dois dedos a penetrou, passando a esfregar a língua e dar pequenas sugadinhas no grelinho. Mergulhava nela com gosto enquanto já sentia o sexo quente comprimir seus dedos em espasmos. Carla retesou o corpo em um gozo forte, apertando sua cabeça com as pernas. Nanda já gozava, sentindo escorrer e sugando todo o prazer de sua linda mulher. Subiu e deitou nos braços de Carla, as duas amolecidas, trocaram beijos. Logo Nanda dormia com um sorriso bobo e lindo no rosto. Carla a olhava encantada. Estava sendo tudo tão rápido.

Era sério! Não havia mais nenhuma dúvida! Nanda visitava Augustã com ela quase todas as vezes, a agora conhecia sua mãe. Aquele amor estava se tornando maior, um amor imenso que ocupava e iluminava seu peito, e crescia a cada dia.

O Poder eo SonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora